Savatage - o show que todo mundo queria mas já tinha perdido as esperanças
Resenha - Savatage (Monsters of Rock, São Paulo, 19/04/2025)
Por Diego Camara
Postado em 24 de abril de 2025
Se algum indivíduo ainda tinha a esperança de ver (ou rever) o Savatage em sua vida, essa pessoa sem dúvidas estava mentindo. Todo mundo já tinha perdido essa esperança há muito tempo. O Savatage é um ioiô musical, que a gente sabe que vai, mas a gente não tem certeza se algum dia volta, ou como fazemos para ele voltar.

A morte de Paul O’Neill parecia ter sepultado de vez esta chance, e agora os vastos problemas de saúde de Jon Oliva deixaram todos apreensivos da chance de que o retorno aos palcos não fosse novamente acontecer. Mesmo sem Jon Oliva presente, a banda anunciou sua presença no Monsters of Rock, para a euforia dos fãs e até mesmo de quem sequer conhecia a banda.

É fato de que todo mundo estava curioso para ver o que iria acontecer no palco faltando 10 minutos para as 16 horas, e o Allianz já estava cheio quando a banda começou a tocar (sem tape) a música "The Ocean", seguida por um trecho introdutório da antiquíssima "City Beneath the Surface", de 1983. Quando "Welcome" começou, os fãs cantaram muito junto com Zak Stevens: agora era certeza, estava mesmo acontecendo.


O som do palco representou muito, desde o solo de guitarra de "Jesus Saves", extremamente bem executado, até as melodias impressionantes de "The Wake of Magellan", o Savatage ganhou o público com sua força de vontade e o prazer de tocar - não houve, neste Monsters, uma banda que estava tão feliz em poder subir ao palco quanto esses caras.


Quando a chuva, humilde, começou a cair sobre a cabeça do público, a banda tocou "Handful of Rain". Tudo parecia fazer sentido, e os fãs cantaram muito essa enquanto Zak Stevens veio para frente do palco se molhar junto com todos na pista. "Chance" e seu lindíssimo cânone que puxou o público para cantar muito junto com toda a banda.

O Savatage deu um exemplo enorme de como ganhar um público com facilidade: o setlist foi focado naquilo que os fãs queriam ouvir, e venceu fácil o público. "Gutter Ballet" levou o público à loucura desde as primeiras notas de piano, fazendo todo mundo cantar junto, uma apresentação lindíssima da banda.


"Edge of Thorns" era uma das mais esperadas do dia, e o público reconheceu também desde o início, cantando junto cada verso. Zak Stevens aqui pegou algumas bolas de futebol, autografadas pela banda, e chutou elas para a pista durante o solo da música.


Se as surpresas não eram poucas, Zak apresenta Jon Oliva, que aparece no vídeo para uma grande surpresa: ele inicia, nos seus vocais e no piano, a primeira parte de "Believe", que fez muita gente na pista ir as lagrimas. A banda entra na segunda parte da música, cantando junto com o público, e Oliva e Stevens finalizam em um dueto lindíssimo.

Fechando o show, a banda ainda lançou dois sucessos: "Sirens", outra grande surpresa do show, e "Hall of the Mountain King", que não poderia faltar. O público ganhou cinco minutos adicionais de apresentação para o grand finale, e sem dúvidas não há ninguém que esteve presente que poderia dizer algo de ruim do que foi apresentado.

Savatage setlist:
The Ocean (com trecho de "City Beneath the Surface")
Welcome
Jesus Saves
The Wake of Magellan
Dead Winter Dead
Handful of Rain
Chance
Gutter Ballet
Edge of Thorns
Believe
Sirens
Hall of the Mountain King
















Monsters Of Rock Brasil 2025
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