Dead Fish: Cativando um bom número de fãs aos seus shows
Resenha - Dead Fish (Mirage Eventos, Limeira, 22/02/2014)
Por Bruno Martim
Postado em 24 de fevereiro de 2014
Divulgando seu último trabalho, o DVD "20 Anos - Ao vivo no Circo Voador", lançado em 2012 pela DeckDisc, os capixabas do DEAD FISH se apresentaram, no último sábado, 22, em Limeira/SP, na Mirage Eventos. Um dos principais nomes da cena independente nacional, a banda havia passado pela cidade há um ano. Agora, resta aguardar por um novo trabalho de inéditas. A produção do evento foi do Kingston Rock Bar.
Sem lançar um álbum de inéditas desde 2009, seria natural que o DEAD FISH sustentasse uma relação de desgaste com os seus fãs, que há, pelo menos, cinco anos, cantam as mesmas músicas e vão aos shows para assistir as mesmas canções. O que há de indiferente nessa relação é que, show após show, turnê após turnê, o público da banda continua aumentando, como foi possível notar na apresentação do último sábado, 22, em Limeira, na Mirage Eventos. A passagem pela cidade aconteceu menos de um ano após a última visita, em abril de 2013.
Apesar de distante do mercado fonográfico brasileiro com o lançamento de material novo, a banda tem colocado nas prateleiras de lojas especializadas discos e vídeos mais recentes, como o DVD "20 Anos - Ao Vivo no Circo Voador", lançado em 2012 pela DeckDisc, que recicla parte da carreira do grupo, criado em 1991, em Vitória, no Espírito Santo, em comemoração ao seu aniversário de 20 anos (nota: a gravação foi realizada em 2011). O registro continua sendo o último e empresta seu nome para a atual turnê dos capixabas. O motivo que leva, a cada apresentação, mais pessoas para conhecer o som da banda, in loco, é que, hoje, o grupo é, certamente, um dos expoentes máximos da cena hardcore brasileira.
Na quente noite limeirense, a apresentação da trupe, bastante objetiva, estreitou os laços com o público da casa. E com aquilo que tem de melhor: energia, acordes rápidos e letras conscientes. Nada impediu que vários mosh pits e rodas de pogo fossem vistas a todo instante. No palco, o grupo tocou por cerca de 1h30, sem deixar suas músicas mais conhecidas e outras 'lado B' de fora, como: "A Urgência", "Autonomia", "Queda Livre", "Você", "Zero e Um", "Tão iguais", "Viver", "Proprietários do Terceiro Mundo", "Armadilhas Verbais" e "Mulheres Negras" (nota: não consegui anotar todo o setlist).
A abertura da apresentação, em Limeira, ficou por conta de algumas bandas da cena independente da cidade e do interior do Estado de São Paulo, como 19D, DJAMBLÊ, ATLAS, HURRY UP, PAPO RETO, EVEREI e STUPID. Todas deram uma boa mostra de que a cena de música pesada continua intensa no interior do Estado e que, além disso, podem galgar seu espaço no cenário alternativo brasileiro, representando as vertentes do hardcore melódico e do metalcore. O evento teve organização do Kingston Rock Bar, que vem trazendo, mais recentemente, nomes de peso da cena nacional para a cidade, como FORFUN e os santistas da BAYSIDE KINGS.
De forma geral, o DEAD FISH é uma banda que cativa um bom número de fãs aos seus shows e mostra, a cada ano, melhorar o resultado da sua performance em palco, mesmo com a troca recente de guitarristas na sua formação - o que culminou, nessa apresentação, com um som mais pesado. Nos seus lançamentos de estúdio, fica nítido a crescente da banda em aprofundar questionamentos e dilemas sociais nas letras – que apontam para o inconformismo cidadão com assuntos como violência, corrupção e pragmatismo político, melhorando a cada álbum. Também, é evidente que a qualidade dos resultados alcançados em estúdio são cada vez melhores em termos de melodias e produção – fruto do reconhecimento do grupo após o lançamento de "Zero e Um", em 2004. Agora resta aguardar o lançamento de um novo material que coroe a nova fase da banda.
Fotos: Hugo Fagundes
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