Hangar: Mais um show da banda Hangar em Porto Alegre
Resenha - Hangar (Croco, Porto Alegre, 11/07/2003)
Por Paulo Finatto Jr.
Postado em 11 de julho de 2003
Fotos por Roberto Scliar
Na noite do dia 11 de julho, uma das noites mais frias de 2003 na cidade de Porto Alegre (RS), era o momento único para acompanhar mais um show da banda Hangar (uma das bandas do sul mais famosas no Brasil), e que por quase dois anos não realizou nenhum show por aqui. De quebra, haveria duas bandas de abertura, Scelerata e Moonlight. Por causa de atrasos, finalizando em uma decisão da banda Hangar, as duas tiveram que tocar por último, o que deixou a ordem de apresentações um
tanto quanto "estranha".
Após cerca de duas horas e meia de atraso, algo em torno de 300 ‘bangers’ estavam no interior da Croco para prestigiar o que seria o primeiro show, da banda que seria a atração principal, o Hangar. Michael Polchowicz (vocal), Eduardo Martinez (guitarra), Nando Mello (baixo), Fábio Laguna (teclado) e Aquiles Priester (bateria) subiram no pequeno palco da casa em meio à introdução "The Soul Collector", e abrindo de vez a sua apresentação com a música "Legions of Fate", do ótimo segundo álbum da banda, "Inside Your Soul".
Os atrasos que a equipe técnica da banda cometeu na passagem de som, para ter todo o equipamento 100% às ordens, não serviu de muito. De cara, nas primeiras músicas, o baixo estava "falhando" freqüentemente, mas após algumas músicas, voltou a sua normalidade.
Embalando grandes músicas que contaram com todo o apoio do público, seja com as faixas do primeiro álbum da banda, como "Absinth", "Voices" e "Angel of Stereo", além de outras do seu último álbum como "Savior" e "Living in Trouble" o show foi seguindo. Os momentos de maior agito foram na hora dos covers para "No Turning Back" (Stratovarius), "Eagle Fly Free" (Helloween) e "Man on a Mission" (Gamma Ray). Como surpresas, a banda ainda tocou "Hidden by Shadows" do projeto "Hamlet", a nova "Forever Will Be", além de um trecho de "Reign of Blood" (Slayer), antes do seu maior clássico, "To Tame a Land" – encerrando a apresentação com "Perfect Strangers" (Deep Purple), música em que os problemas técnicos afetaram (e muito) a guitarra de Martinez, que praticamente sumiu durante toda a música.
A lentidão da produção técnica do Hangar quanto ao desmanche do equipamento de palco para o que seria o show do Scelerata, acarretou um atraso de, novamente, mais duas horas. Por causa da demora, alguns músicos das outras bandas da noite estavam querendo o pescoço de um dos produtores do evento, que culpa nenhuma tinha quanto ao atraso. Se o Hangar pretende um dia ser uma banda muito grande como é o Angra (a outra banda de Laguna e Aquiles), é necessário uma equipe muito mais rápida e melhor preparada para este tipo de situação.
Superando as expectativas de como estaria o som naquele momento, com um público reduzido praticamente pela metade, o Scelerata subia ao palco com Carl Casagrande (vocal), Bruno Sandri e Rodrigo Velasco (guitarras), Gustavo Strapazon (baixo) e Francis Cassol (bateria), para realizar mais um show de uma das revelações do metal gaúcho. Com o ‘hit’ "My Paradise" (vale ressaltar que a música está um pouco diferente da sua primeira versão) o show abriu, passando por outras boas composições próprias, como "Eagle Eyes", a instrumental "Reborn from Darkness" e "Rock of Heart". A banda ainda aproveitou para demonstrar sua habilidade com covers – seja com "Carry On" (Angra), "I Want Out" (Helloween) e "Run to the Hills" (Iron Maiden) – sempre recebendo o melhor retorno possível dos presentes. Apesar de todos os problemas quanto ao atraso, acho que o Scelerata teve uma boa postura em cima do palco, passando por cima do que parecia ser negativo naquele momento.
A revelação da noite foi a banda seguinte, Moonlight, em que tocam Daniel Chahin (vocal), Lorenzo Credidio (guitarra), Daniel Becker (baixo) e Eduardo Baldo (bateria). Os músicos surpreenderam os poucos presentes, fazendo o que pode ser considerado uma belíssima apresentação de outra revelação do metal gaúcho. Além das músicas próprias como "Moonlight", "Adult’s Toy", "Cry for a Smile" e "Voices from the Past", a banda ainda demonstrou grande habilidade perante a covers como "2112" (Rush) e "Resurrection" (Halford). Muito animado, o público pediu algo mais, e a Moonlight respondeu tocando mais três músicas que não estavam programadas – "Burn" (Deep Purple), "Rock and Roll" (Led Zeppelin), "Néon Knights" (Black Sabbath) e a própria (e nova) "Poetry or Anguish".
De maneira enfática, repito que minha única desavença quanto ao evento acabou sendo o atraso demasiado desde o início, antes mesmo de começar o show do Hangar. Mas mesmo assim, não há como dizer que os shows foram ruins, muito pelo contrário, cada um melhor que o outro. Parabéns à Abstratti Produtora que soube encarar qualquer que fossem a circunstância negativa, agradecendo também a todos que de alguma forma, estiveram presentes no dia 11/07 colaborando com esta resenha.
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