RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Offspring
Stamp

Dave Lombardo: "bandas atuais são arrogantes"

Por César Enéas Guerreiro
Fonte: Blabbermouth
Postado em 26 de outubro de 2006

Mike Baronas, do site GASPetc.com, entrevistou recentemente o baterista do SLAYER, Dave Lombardo. Alguns trechos desse papo:

GASPetc: Eu entrevistei Paul [Bostaph] quando o G.A.S.P. ainda era uma revista impressa (edição #6) e perguntei se a banda queria que ele modificasse seu estilo para que ficasse parecido com o seu.

Lombardo: No caso de uma banda tão original como o SLAYER, a bateria é uma parte muito importante da música. Mas ele se saiu bem. Ele fez quase tudo certo, já que eu não faria algumas das coisas que ele fez. Por outro lado, ele não fez algumas coisas que eu faria, mas ele se esforçou bastante. Hoje em dia eu gosto de tocar ao vivo algumas das músicas que ele gravou. Isso é ótimo. Eu sinto como se fossem minhas, pois eu as toco do meu jeito. O estilo é parecido, mas eu não colocaria rulos em algumas partes, como ele fez.

Slayer - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

GASPetc: Além de ser um membro original, o que Dave Lombardo pode trazer para o SLAYER que ninguém mais pode?

Lombardo: Ok, na música há um certo caos, mas é um caos controlado. Eu já disse isso antes, mas acho que há um elemento "punk" no meu estilo de tocar que o torna um pouco "sujo". Quando toco ao vivo, eu não uso sempre os mesmos rufos. Eu modifico esses rufos, o que faz com que fiquem mais interessantes e mantêm a empolgação dos guitarristas. Por exemplo, no final de "Raining Blood", onde há um "Da-dunt, da-dunt, da-dut, da-dunt" eu faço mais dois toques. Então, quando os outros entram, ao invés de fazer a batida, ainda estou na parte do bumbo. Isso é algo novo que criei para esta turnê, e que ficou bem legal. Em algumas partes eu começo um rufo de bumbo um pouco antes e os caras não sabem se vou entrar no tempo certo. Não tenho essa intenção, mas parece que é isso que acontece, e acho que assim você presta mais atenção no que está fazendo. E faz com que os outros fiquem mais atentos, além de tudo ficar mais sujo e interessante. Acho que é um pouco maçante tocar exatamente como nos discos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

GASPetc: Qual a sua participação no processo de composição do SLAYER atualmente?

Lombardo: Quer saber? Eu gostaria de ter uma participação maior, mas não tenho. A minha participação está relacionada com a estrutura das músicas. Não com os riffs, mas como as partes se encaixam entre si. Às vezes gostaria de poder chegar pros caras e dizer "Não, isso está errado", mas não posso. Não é minha função. Mas o controle que tenho é, digamos, escolher o rufo do bumbo ou encontrar a batida certa quando Jeff [Hanneman, guitarra] me traz uma demo com uma batida comum com dois bumbos e caixas. Aí eu coloco mais "groove", mais ritmo e realço a essência da música. É um estilo diferenciado, então eu tenho que encontrar o "groove" certo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Uma vez eu estava ouvindo uma gravação ao vivo de "South of Heaven" que fizemos e pensei "Caramba!". Há tanto "groove" naquela música. Eu disse pros meus filhos "Escutem isso! Sintam o "groove" dessa música!". E é pesada. Então é isso o que eu faço.

GASPetc: Mudando de assunto, seria o "Reign In Blood" um dos melhores álbuns de metal, se não o melhor?

Lombardo: Sim, porque não havia computadores e foi gravado por um bando de moleques. Literalmente, um bando de moleques. Quando lembro disso eu penso "Caramba! Eu tinha 20 anos!".

GASPetc: E tinha garra e determinação.

Lombardo: É mesmo! Isso também não diminuiu. Sabe a parte mais legal disso tudo? Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para nos promover quando começamos. Veja só, nós íamos aos colégios, pulávamos as cercas e colávamos pôsteres em todos os armários dos alunos. Trazíamos nossas próprias luzes para os shows porque éramos o SLAYER. Também trazíamos nossos efeitos de fumaça, a parte pirotécnica e, no caso das luzes, saíamos e roubávamos lâmpadas de algumas casas – aquelas coloridas – e fazíamos nosso próprio show de luzes com aquelas coisas. Tínhamos muita determinação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Eu e Kerry [King, guitarra] chegávamos nos prédios e dizíamos "Ei, a gente gostaria de alugar seu prédio para um show de rock", então éramos nossos próprios promotores. Também íamos aos fliperamas que tinham um pequeno espaço para bandas e pedíamos para tocar. Éramos assim mesmo. Isso, às vezes, você não vê nas bandas de hoje. Eles tocam em algum clube e automaticamente acham que ficaram famosos. Eles se tornam arrogantes e ficam se achando os reis da cocada preta. Na verdade, é preciso muito mais do que isso. Você precisa correr atrás e não esperar ser paparicado. Éramos sempre eu, o Kerry e algum outro amigo que ficávamos com um grande megafone dizendo "Venha ver o SLAYER nesta escola, neste horário", e ficávamos percorrendo as ruas de carro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Kaledonia


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Gustavo Godoi Alves | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre César Enéas Guerreiro

Nascido em 1970, formado em Letras pela USP e tradutor. Começou a gostar de metal em 1983, quando o KISS veio pela primeira vez ao Brasil. Depois vieram Iron, Scorpions, Twisted Sister... Sua paixão é a música extrema, principalmente a do Slayer e do inesquecível Death. Se encheu de orgulho quando ouviu o filho cantarolar "Smoke on the water, fire in the sky...".
Mais matérias de César Enéas Guerreiro.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS