Clemente Magalhães homenageia Luiz Schiavon e lamenta que RPM não teve reencontro
Por Gustavo Maiato
Postado em 15 de junho de 2023
O podcaster e produtor Clemente Magalhães, do canal Corredor 5, publicou um texto de homenagem ao grande Luiz Schiavon, tecladista do RPM, que nos deixou nesta quinta-feira, 15 de junho.
Ele lamentou o fato de não ter entrevistado o músico e explicou que seria muito interessante se o RPM tivesse se reunido, como aconteceu com os Titãs.
"Hoje perdemos Luiz Schiavon e, infelizmente, não tive a honra de sentar com ele no Papo com Clê...
Eu posso afirmar com absoluta certeza que se não tivesse existido o RPM eu talvez não estivesse aqui trabalhando com música. Meus "The Beatles" quando eu era um menino foram os caras do RPM. Escolhi tocar baixo (ainda que mal) por influência do Paulo Ricardo, conheci Caetano Veloso, The Door e Secos & Molhados através do repertório do Rádio Pirata Ao Vivo. Imagino a quantidade de tecladistas que não surgiram por conta do Luiz. Quem viveu isso tudo sabe como era emocionante quando ele disparava aqueles sons malucos com aquele computador gigante no palco. Gênio ️
Eu fui em praticamente todos os shows dessa tour nas matinês do Canecão e sabia cada detalhe daquele espetáculo.
E quando tocava "Louras Geladas" e "Olhar 43" nas matinês das boates?? Era uma época dezcriança, de beijos não dados, crush's não realizados, e tudo rolava só dentro da nossa cabeça, mas quando tocava "London London" você chamava a menina pra dançar a tal música lenta. Lembra @luciomaurofilhooficial das suas festas memoráveis na Circus do Leblon?
Que criança aos 10 anos naquela época não queria ser o Paulo?
Ninguém conta , mas eram poucos os que não tinham o cara como referência em meados dos anos 80.
Talvez por conta da carreira meio engraçado do Paulo, o RPM não tenha o reconhecimento das pessoas que deveria como estamos vendo com os Titãs nesse emocionante reencontro.
O Branding não poupa ninguém quando mal feito...
Saudade de quando "London London" era a música pop mais tocada no Brasil.
Não é saudosismo, é constatação: o que toca no rádio hoje e ocupa o top 50 é de uma pobreza musical e poética lastimável".
Morte de Luiz Schiavon
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