A banda que alcançou 1/3 da fama dos Beatles, mas John Lennon dizia que só copiavam o Fab Four
Por Bruce William
Postado em 14 de junho de 2025
Na virada dos anos 1960 para os 1970, poucas bandas chegaram tão perto de repetir a explosão de popularidade dos Beatles. Mesmo com uma geração inteira tentando imitar a fórmula, só alguns nomes conseguiram vender milhões de discos, lotar estádios e provocar histeria comparável. Mas um grupo, em especial, virou alvo direto de John Lennon.
O alvo era ninguém menos que os Bee Gees. Antes de se tornarem reis das pistas de dança com "Saturday Night Fever", o trio já era conhecido por baladas românticas e vocais que lembravam muito a fase inicial dos Beatles. Em 1980, numa entrevista à Playboy (via Far Out), Lennon soltou o verbo sem rodeios: "Toda música é reaproveitamento. Existem apenas algumas notas. São apenas variações sobre um tema. Tente dizer aos jovens dos anos 70, que gritavam para os Bee Gees, que a música deles era só os Beatles refeitos."

Para Lennon, não passava de uma cópia, ainda que bem feita: estimativas apontam que os Bee Gees venderam entre 150 e 220 milhões de álbuns, conforme a Chartmaters, cerca de um terço dos 500 a 600 milhões atribuídos ao Fab Four, também de acordo com a Chartmasters. Mas, para ele, tudo o que faziam era reciclar acordes e harmonias que os Beatles já haviam apresentado ao mundo.
Apesar da crítica, o público nunca pareceu ligar para o suposto "plágio". O som dos Bee Gees virou trilha de filmes, festas e rádios pelo mundo, criando um legado que se espalhou por décadas. Hits como "Stayin' Alive" e "How Deep Is Your Love" ainda tocam sem parar, mostrando que às vezes o que importa é fazer todo mundo cantar junto, originalidade à parte.
E, no fim das contas, essa "cópia" deu tão certo que se tornou única à sua maneira. Mesmo com Lennon torcendo o nariz, os Bee Gees provaram que na música pop não existe regra imutável: se a melodia é boa e faz o público dançar, o resto é detalhe. E milhões de fãs continuam agradecendo até hoje por essa semelhança improvável, que talvez só Lennon enxergava.
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