Spirit Heaven: Uma nova fase e oportunidades para se fortalecer
Por Erick Tedesco Gimenes
Postado em 11 de junho de 2002
Oriunda de Pirassununga, terra da "Caninha 51" e da "Esquadrilha da Fumaça", a banda Spirit Heaven, mesmo pouco conhecida nacionalmente, tem lá seus fãs em São Paulo, principalmente pela região de sua cidade. Ano passado lançou pela Megahard Records seu álbum de estréia, Aria’s Kingdom, que recebeu boas críticas de revistas e fanzines especializados, além de contar com a participação do renomado tecladista Fábio Laguna, atualmente no Angra.
O CD contém 11 faixas, sendo uma cover do Saxon, "Princess of the Night". O som encaixa-se num heavy metal ora melódico ora tradicional, porém, com muita garra e personalidade. No começo de 2002 aconteceram mudanças no line-up: o baixista André Pozzoba casou-se e foi morar na Espanha, enquanto o guitarrista Samuel se formou em Direito e afastou-se da música para exercer a profissão. Imediatamente foram chamados Antonio e César Brinatti nos respectivos instrumentos. E parece que as oportunidades enfim estão aparecendo para a banda, pois enfrentarão a missão de abrir o show do Nightwish, além de participar de outros eventos metálicos. Confira a entrevista e conheça um pouco mais sobre o Spirit Heaven. Completam a banda: Paulo Braz (V), Guilherme Gaspar (D) e Rodrigo Jóia (G).
Valhalla - Como a banda chegou até os novos integrantes, Antônio e César Brinatti?
Paulo - O pessoal de Araras (cidade vizinha de Pirassununga) sempre comentava sobre o Antonio, então quando o Samuel saiu, a banda já tinha a intenção de convidá-lo. O César já foi diferente, pois ele já era amigo nosso e foi diretamente indicado pelo antigo baixista, o Pozzoba.
Valhalla - Quais as esperanças dos novos membros para a banda?
Paulo - Esperamos que a banda fique mais unida, forte e pesada.
Valhalla - César e Antônio, vocês já acompanhavam o trabalho da banda?
Antônio - Conhecia pouco sobre a banda, só quando gravaram o CD que conheci alguma coisa do som deles.
César - Primeiro conhecia a banda pelo Guilherme, de quem sou amigo desde criança, mas depois acabei conhecendo o restante e há mais de cinco anos os acompanho, em shows e ensaios.
Valhalla - O que vocês podem acrescentar à banda?
César - Pretendo trazer peso e melodia à banda, além de continuar o trabalho que o Pozzaba vinha fazendo, que é complexo e bem criativo.
Valhalla - Para a gravação dos teclados do primeiro álbum, Aria’s Kingdom, foi convidado Fabio Laguna, atual Angra. Qual foi a importância de sua participação?
Paulo - Primordial! Na época que começamos a gravar nosso CD, o Samuel já o conhecia, ele só não entrou para a banda porque na ocasião estávamos com o Juliano, que é amigo nosso, e achamos chato ter que despedi-lo. Quanto a sua participação, ficamos assustados tamanha a sua habilidade e profissionalismo. Trabalhamos todos juntos, mas com certeza sua participação foi boa para o crescimento da banda.
Valhalla - Pretendiam mantê-lo como membro permanente?
Paulo - Sim, gostaríamos que isso acontecesse, porém, ele acabou sendo chamado para integrar o Angra e não podia deixar escapar essa oportunidade. O Fábio é uma ótima pessoa.
Valhalla - A banda já chamou outro tecladista?
Antônio - Estamos em fase de testes. Enquanto isso, nós mesmos compomos as linhas de teclado, só nos shows que contamos com a ajuda de um tecladista convidado.
Valhalla - Existe oportunidade de shows tanto no interior como na capital paulista?
Rodrigo - É mais na capital. No interior temos certos problemas. Quando conseguimos arrumar um local e comparece algum público, ou dá problema de polícia ou alvará. A prefeitura, além de não apoiar, arruma confusões. Por isso que procuramos levar nosso show para São Paulo, ou em cidades maiores do interior, onde o público é maior também.
César - Há problema também por causa do preconceito com o Heavy Metal. Se você não toca o que o povo gosta, não há público, acaba vendendo pouco. Em São Paulo é mais fácil porque lá o acesso a esse tipo de som é maior, mesmo por rádios especializadas.
Antônio - E lá as casas de shows fazem uma divulgação devida para que o espetáculo aconteça sem problemas.
Valhalla - Em Julho, a Spirit Heaven foi convidada para ser a banda de abertura para o Nightwish, em Brasília. Como rolou a oportunidade?
Paulo - Foi o seguinte: o Márcio, da nossa gravadora, Megahard, resolveu pela primeira vez arrumar alguma coisa grande pra a banda. Ele ligou perguntando se estávamos interessados em abrir para o Nightwish, só que em Brasília. Aceitamos na hora!
Rodrigo - Esperamos que este seja o primeiro de muitos shows!
Valhalla - Outra grande oportunidade que apareceu para a banda é um festival tributo ao Angra que vai acontecer em São Paulo. Conte mais sobre o evento.
Paulo - Vai ser um festival onde cada banda tocará uma música de cada CD do Angra. Como uma das bandas convidadas não poderia tocar, imediatamente nos indicaram para fazer parte do evento. Agora estamos escolhendo as músicas. Talvez o show contará com a presença de um integrante do Angra.
Valhalla - Como poderia ser definido o som do Spirit Heaven?
Paulo - Não gostamos de ficar presos a um só estilo, nos classificamos apenas como Heavy Metal. Nossa proposta não é se parecer com outras bandas, as influencias variam com cada integrante, e esta mistura resulta no som da Spirit Heaven.
Valhalla - Até o momento, com o lançamento do primeiro CD e shows, vocês acham que banda teve um retorno de acordo com o esforço e trabalho desenvolvido?
Paulo - Não. Principalmente por termos saído do estúdio sem uma estrutura montada para fazer shows e divulgar o material. Foi tudo de forma independente. Mesmo o contato com a Megahard aconteceu somente para a distribuição, o processo de gravação aconteceu com financiamento interno da banda. Outro problema foi que um tempo depois de sair o CD, tivemos a saída do Pozzaba e do Samuel, o que de certo modo também nos atrapalhou.
Valhalla - E sobre a divulgação da Megahard?
Paulo - A Megahard lança muitas bandas, ficaria difícil para eles fazerem uma divulgação adequada para cada uma, pois cada banda pede um certo tipo de promoção. Porém, no momento tivemos que assinar com eles, pois foi a melhor oferta.
Rodrigo - Esperávamos poder fazer mais shows, não queríamos depender de shows em Pirassununga e região. A Megahard tem contato com o pessoal influente de São Paulo, com as casas de shows e poderia ter nos indicado, ou mesmo um show de estréia num lugar mais conhecido. Na verdade iria ajudar a eles mesmos, porque estariam vendendo CDs.
Valhalla - O que é preciso para uma banda crescer e se fortalecer no cenário metálico brasileiro?
Paulo - Precisa ter determinação, amar o tipo de som que está tocando, pois não é fácil tocar metal. O estilo exige muitos ensaios.
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César - Outro lance importante que rola atualmente é o QI, "quem indica". Infelizmente isso acontece. Se a banda conhece alguém de renome e influente que faça a divulgação da banda, com certeza irá ser conhecida e convidada para festivais, para abrir shows.
Valhalla - Planos para um futuro lançamento?
Antônio - Já temos composições novas. Esperamos nos próximos meses nos trancar em casa para compor mais musicas e pensar no direcionamento musical.
Paulo - Podemos adiantar que o som vai ser mais pesado, talvez com menos teclados, e buscando sempre inovar.
Arquivo Valhalla
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