Exxótica: Hard em português sem medo de ser tachado de farofa
Por Erick Tedesco Gimenes
Postado em 19 de março de 2003
Sem demora, vamos direto ao assunto, assim como é a proposta musical desta banda: O Exxótica ataca com seu Hard Rock cantado em português sem medo de ser tachado de "farofa" ou desatualizados, visto que o uso das letras cantados em português sempre foi a intenção dos caras. As primeiras idéias e aspirações surgiram em dezembro de 2000 pelos integrantes do Dr. Love (Kiss Cover), Marcelo Rossi (baixo e vocal), Daniel Iasbeck (guitarra e vocal) e Leonardo Tomazelli (bateria). De lá pra cá, ensaiaram bastante, trocaram de baterista (entrou Espectro), produziram um CD (Estranhos no Ninho) e ainda não pararam de fazer shows. Entrevistamos o guitarrista Daniel para conversar sobre a carreira do Exxótica, sobre até quanto existe humor e seriedade nas músicas seus futuros planos com a banda.
VALHALLA - Desde os primórdios o Exxótica cantava em português?
DANIEL IASBECK - Sim, isso nem chegou a ser conversado mas a ambição da banda sempre foi a de cantar as nossas músicas em português, já que pensamos e falamos em português a vida inteira. E eu acredito muito que é possível se fazer qualquer música (de qualquer estilo) soar bem na língua portuguesa, desde que se tenha disposição para trabalhar na adaptação das melodias. Como a gente toca rock, obviamente as nossas referências são, na maioria, bandas que cantam em inglês e você praticamente ouve as frases em inglês, quando começa a compor. Mas uma vez que você tem a melodia na cabeça você pode, escolhendo as palavras certas, manter as mesmas acentuações que teria numa frase em inglês. Nós preferimos nos expressar na nossa língua.
VALHALLA - Quando a verdadeira identidade de Espectro será revelada? Ele não se sente rejeitado por não ter seu nome vinculado?
DANIEL - Ele não se sente rejeitado. Ele é o Espectro! :-) E é muito bem resolvido quanto a isso! (risos)
VALHALLA - Diversão, mulher e bebedeira são as idéias que se tem enquanto o CD "Estranhos no Ninho" está rolando, o que sem dúvida alguma é a intenção da banda, não? Qual é sua concepção de música, você acha que a música existe para distrair e apenas se divertir?
DANIEL - Não. Eu concordo que há putaria no CD, mas em uma só faixa. Acho que se as pessoas param para prestar atenção no que você diz em uma letra de música (e é por isso que a gente canta em português), é bom você aproveitar para se expressar de todas as maneiras. É muito bom passar alegria e divertimento, mas é interessante escrever coisas que façam as pessoas pensarem. No nosso caso, a gente tenta falar de tudo de um modo mais descontraído e alegre.
VALHALLA - A música Meia Noite/ Sexta feira é um verdadeiro grito de guerra das baladas rockeiras! Ao compor esta música você por acaso imaginou um carro cheio de moleques bebendo e cantando indo para uma festa sedentos por mulheres?
DANIEL - Hahaha... Foi o Marcelo que fez essa letra e pode parecer estranho, mas ele escreveu sobre ele mesmo! Ele até deu uma amenizada na letra... mas se você prestar atenção no final da música, quando o volume vai abaixando, pode ouvir como ela era originalmente.
VALHALLA - A letra de "Eu Quero Deixar (Você Fugir de Mim)" é engraçada e original, ainda mais combinada com o hard rock contagiante do instrumental. Você sente falta de letras como essa no cenário do Rock atualmente?
DANIEL - É uma letra sincera, sobre uma situação até triste, mas que eu quis falar desse jeito, dando uma zoada aqui e ali... eu não costumo falar "sério"... e é legal que você tenha achado ela engraçada, pois pouca gente conseguiu entender! Hehehe
VALHALLA - O que vocês acham da lendária banda gaúcha de hard/glam Savannah?
DANIEL - Eu nunca ouvi o som deles, mas já vi fotos e li a respeito. É uma banda que chama a atenção sempre que aparece em alguma revista, pois usam um visual exagerado, assim como a gente. Acho eles espertíssimos por isso! (risos)
VALHALLA - Qual a importância da maquiagem para a banda? Ajuda a construir um clima de magia e alegria que sua música expressa?
DANIEL - Sim. É isso mesmo. Eu sempre fui fã de bandas e artistas que usavam um visual forte para criar esse clima: Kiss, Slade, Sweet, Todd Rundgren, David Bowie, Alice Cooper, WASP, Twisted Sister e muitos outros. A lista é grande.
VALHALLA - Depois de um tempo que o CD fora lançado, a banda está tendo boas oportunidades para fazer shows, não? Já houve convite para tocar fora de São Paulo?
DANIEL - Já. Já tocamos em outras cidades e a gente recebe e-mails de pessoas de vários estados querendo ver a banda. Desde Rio Grande do Sul até Amazonas! Isso é muito bom! Espero poder tocar para cada pessoa que quer nos assistir.
VALHALLA - Conte-nos algum fato interessante ou engraçado que aconteceu com o Exxótica ano passado durante algum show.
DANIEL - Meu Deus, tem bastante coisa... uma que eu lembrei agora foi quando a gente estava tocando "Detroit rock city" do Kiss e o som do baixo sumiu... aí quando eu olho para o lado tá o Marcelo dançando com duas meninas que subiram no palco. Teve uma vez que a cobra que a gente leva nos shows caiu do pedestal e foi parar no meio da galera... e também tem os "quase tombos", mas isso eu prefiro nem falar... (risos)
VALHALLA - Já sofreram preconceitos em alguma apresentação, por algum fã ou mesmo outra banda por serem uma banda de hard rock que toca pintado e canta em português?
DANIEL - Que eu saiba não. Todas as bandas que tocaram com a gente nesse tempo foram muito legais... e a galera que vai assistir o show também respeita bastante. Com exceção de um viadinho que uma vez jogou uma garrafa de plástico no palco...hahahaha
VALHALLA - O Exxótica já tocou no tradicional Hard and Heavy Party? Se sim, como foi?
DANIEL - Já tocamos sim. Na terceira edição, que rolou em abril de 2001, quando a formação da banda era bem diferente. O interessante é que eu e o Marcelo nos conhecemos na festa anterior, no show da banda Kefren! E na festa seguinte lá estávamos nós com a nossa própria banda!
VALHALLA - Há planos para um próximo álbum? Será na mesma linha?
DANIEL - As músicas já estão prontas e a pré-produção quase concluída. A gente quer entrar no estúdio logo para poder lançar esse segundo disco no meio do ano.
VALHALLA - Muito obrigado pela entrevista, e agora este espaço é da banda! Agora é o momento do Espectro dizer suas primeiras palavras!
DANIEL - Quero agradecer a você Erick e ao site Whiplash pela força e gostaria de agradecer a todas as pessoas que estão apoiando a banda, comparecendo aos shows, ouvindo o Cd e escrevendo para nós...isso nos motiva muito a seguir em frente com a banda. Hehehe, quanto ao Espectro... ele tá mandando um "?!" para você! (risos) Valeu!
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