Tempestilence: Sede de Death Metal!
Resenha - Supreme Denial of God - Tempestilence
Por Vitor Franceschini
Postado em 11 de novembro de 2015
Nota: 8
Sede de Death Metal. É isso que o Tempestilence mostra em seu mais recente trabalho. O trio Fabio Lupus (vocal/guitarra, Mortage), Chicão (baixo) e Cleirton Ceará (bateria) mostram em "Supreme Denial of God" o que de melhor o estilo tem a oferecer, além de flertar com o Black Metal mais rústico, enraizado.
Em nenhum momento a banda dá brechas para tendências e/ou modernidades, sendo que isso não significa que o trabalho é datado, pelo contrário, é atemporal. Mesclando peso, brutalidade com o lado mais obscuro do estilo, as três composições aqui presentes unem o lado fúnebre e blasfemo do Metal da morte.
É importante ressaltar que o Tempestilence não é o tipo de banda que entende agressividade apenas por velocidade desmedida. Isso fica evidente na primeira faixa após a intro, Maligna, que é rápida mas já inclui uma quebrada no final. Mais latente ainda, a cadência aparece em Renaissance In Putrescence, que é a melhor faixa do trabalho, com riffs memoráveis e uma levada interessante, que faz falta ao Death Metal dos dias de hoje.
Com menos de dois minutos, a faixa Grinding Hearts traz a brutalidade de volta e fecha o trabalho de forma caótica. A única ressalva fica para a produção um pouco embolada, apesar de não atrapalhar a avaliação do trabalho. Em termos de composição e conhecimento de causa no estilo, o Tempestilence se mostra mestre no assunto e com alguns ajustes já pode lançar seu mais que merecido debut. Death Metal!
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