O truque dos sertanejos que ajudou o Pearl Jam e é desprezado pelo Metal brasileiro
Por Bruce William
Postado em 04 de dezembro de 2024
Muitos dizem que um dos principais problemas do Rock/Metal no Brasil é a falta de união que existe no meio, e que isto é um dos fatores que faz com que os gêneros não ganhem destaque na grande mídia como acontece com outros, principalmente o sertanejo. Até o jornalista e crítico musical Regis Tadeu já comentou isto em mais de uma ocasião, tal qual quando ele conversou com Marcelo Negrão, do Projeto Attitude.
"Ninguém é solidário com ninguém. Nenhuma banda está a fim de ajudar a outra. Isto é utopia, é cada um por si, não tem essa, isso é uma história da carochinha você achar que uma determinada banda atinge um determinado sucesso, ela vai ficar puxando outras bandas... banda não tem obrigação nenhuma de fazer isso".
Depois de citar o caso do Sepultura, que quando se tornou um nome conhecido internacionalmente foi acusado de não apoiar as bandas brasileiras, algo que para Regis não fazia sentido algum, ele citou a fama de união que tem o pessoal do Sertanejo, inclusive com outros gêneros, com uma ressalva de que se trata de uma atitude corporativa e mercantilista: "Fazem isso porque gostam? Não, (fazem) porque é necessário. Um atinge um público diferente do que atingiria. Uma dupla sertaneja chamando uma Ludmilla da vida, ambos vão ganhar, porque o público sertanejo vai atingir o público da Ludmilla e ela vai chegar num público que não chegaria normalmente".

E durante participação no podcast The Rock, Mike McCready, guitarrista do Pearl Jam, refletiu a importância da camaradagem dos músicos da cena de Seattle, que gerou boa parte das bandas que se destacaram na era Grunge, incluindo aí no pacote Nirvana, Soundgarden e Alice in Chains. A transcrição é do Ultimate-Guitar.
"A cena era muito pequena. A gente ia nas festas uns dos outros, os caras do Punk, do Metal, e todos nos conhecíamos. Nos apoiávamos de diferentes maneiras. Havia uma competição saudável, mas também era algo como: 'Vamos todos aos shows uns dos outros porque é muito difícil organizar apresentações em Seattle'", disse McCready.
O guitarrista explica ainda que a necessidade acabou fazendo com que eles se unissem de forma criativa: "Se você tivesse menos de 21 anos, como a maioria de nós, não podia tocar em bares. Então, você tinha que organizar seus próprios shows, o que significava que, se quisesse fazer isso legalmente, precisava de uma apólice de seguro milionária, alugar um policial de folga... Havia vários obstáculos. Às vezes, fazíamos isso, e, às vezes, simplesmente tocávamos nas casas das pessoas. Isso nos tornou muito independentes e criativos."
Então o entrevistador comentou como a cena de Seattle transmitia um senso de comunidade maior do que em outras cidades, e McCready respondeu: "Eu conversei uma vez com o falecido e lendário Johnny Ramone, e ele disse: 'Vocês, de Seattle, são muito legais! Nós estávamos tentando ferrar todo mundo o tempo todo!' Essa era a mentalidade da cena de Nova York, a cena que eu admirava. Mas nós não éramos assim. Quando éramos o Mookie Blaylock, tentando nos estabelecer como banda, saímos em turnê com o Alice in Chains. Abrimos para eles. Eles nos levaram, assim como costumavam abrir para o Mother Love Bone. Todos nós nos ajudávamos, de novo, porque a cena era muito pequena. Era realmente uma localidade pequena e provinciana."
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