Iron Maiden: O gigantesco "Dance of Death"
Resenha - Dance of Death - Iron Maiden
Por Gabriel Tognolli Martins
Postado em 03 de setembro de 2015
Nota: 9
Depois do lançamento do grande "Brave New World" em 2000, do lançamento do duplo ao vivo "Rock in Rio", da coletânea "Edward the Great" e além do box trazendo várias raridades ao vivo, nomeado de "Eddie’s Archive", a grande banda de Metal chamada "Iron Maiden" atira no mercado da música mais um gigantesco álbum chamado "Dance of Death".
Foi gravado em Londres e novamente como produtor estava Kevin Shirley, a capa que deixaria um desenhista como Derek Riggs muito chateado foi feita por David Patchett, é considerada uma das piores capas do Heavy Metal, mas em compensação as músicas superam especulações e faz com que a capa seja esquecida rapidamente.
A faixa encarregada de abrir os trabalhos é a famosa "Wildest Dreams" que também é o primeiro single do álbum, é uma música típica de abertura do Maiden, não é uma canção com muita duração e com poucas variações, mas mostra muito entrosamento entre as guitarras de Murray/Smith/Gers além de um refrão bastante empolgante.
Em seguida vem uma trinca muito boa, composta por "Rainmaker", "No More Lies" e "Montségur". A primeira da trinca é o segundo single do álbum,é composta por Dave Murray, com as três guitarras novamente se destacando e com muita simplicidade em sua letra que trata do criador trazendo a chuva para o deserto, é considerada uma ótima música. Em seguida vem "No more lies" foi composta por Steve Harris e logo no inicio tem uma bela orquestração trazendo de volta um pouco do "The X Factor" mas há algo nela que poucas bandas sabem fazer, sair do ritmo lento e cadenciar um ritmo bem pesado, a letra remete ao Espiritismo, falando sobre a vida após a morte e a reencarnação. "Montségur" foi composta por Gers/Harris/Dickinson, particularmente é uma das minhas preferidas do álbum, com inicio avassalador e com as guitarras bem forte, foi muito bem composta, de maneira épica a música fala sobre o Massacre dos Cátaros no castelo de montségur na França.
Eis que a próxima música é a faixa título do álbum, "Dance of Death" é uma música empolgante e a mais longa do CD, foi escrita por Gers/Harris, a música começa em um ritmo lento e logo sobe para um ritmo pesado, Bruce de maneira impecável acompanha o ritmo e usa sua arma mortal que é diminuir e elevar seu tom vocal sem nenhum problema. Conta uma excelente história de um homem vagando em um pântano até que mortos vivos "o convidam" para a dança da morte. Ótima música que faz valer a pena comprar e óbvio ouvir o álbum.
Logo no inicio da próxima música chamada "Gates Of Tomorrow", já da para perceber a presença da guitarra de Adrian Smith, com sua forma melódica e sem peso algum cadencia a música, até a chegada do baixo e guitarras auxiliares e logo depois a bateria deixa a música mais empolgante, alguns podem pensar que as duas vozes que cantam, uma seja do Bruce e a outra do Adrian, mas não, ambas são do Bruce, mais uma ótima música preenchendo o álbum.
A próxima música chamada "New Frontier" é marcada pelo aparecimento de Nicko McBrain na lista de autores da faixa, além de Smith/Dickinson, não querendo desmerecer mas não é uma das minhas prediletas, poderia ser uma faixa de abertura também, pois não há muitas variações, porem é bastante pesada.
"Paschendale" foi escrita por Smith/Harris e já se inicia com uma bela linha de guitarra de Adrian Smith, mostrando que seu estilo de tocar influencia demais no som do Maiden, e que sem duvidas é um dos melhores guitarristas, nessa vasta lista de guitarristas no Rock/Metal. A letra também épica retrata sobre a Batalha de Passchendaele na França,e novamente você entra na história e pode imaginar como foi uma das batalhas da Primeira Guerra Mundial.
Não é por acaso que a maioria das músicas da Donzela de Ferro fale sobre algum contexto histórico no mundo, pois temos Harris e Dickinson sendo bacharéis em História Mundial.
Agora o álbum se caminha para o fim, são só mais três músicas, a próxima é chamada de "Face in The Sand" escrita por Smith/Harris/Dickinson, tem um começo à là "Blood Brothers", mostra mais momentos orquestrados e uma novidade na música é que Nicko usa um pedal duplo em sua bateria(algo raro de se acontecer no Miaden), depois dos momentos orquestrados, as guitarras entram com força total e novamente Adrian se destaca com um solo magnifico.
Mais uma música que contém alguns traços do "Brave New World" é a "Age of Innocence", escrita por Murray/Harris faz parte do recorde pessoal de Dave Murray que escreve três músicas para o álbum, é uma música mais calma para o padrão Maiden de música, em algumas partes o riff pesado até aparece mas fica claro que essa música não era para ser tão pesada e sim mais melancólica, certamente não esteve incluso nos set-list da turnê.
Para fechar o álbum de 11 músicas com 'chave de prata' está "Journeyman", escrita pelos gênios Smith/Harris/Dickinson, novamente da para ouvir muitas orquestrações e pela primeira vez não há linhas de guitarra tão elaboradas igual ocorreu no álbum todo (por isso não merece o título de 'chave de ouro'), mais uma música que não merece estar no set-list da banda.
Enfim mais um grande CD do Maiden foi escrito em nossas listas imaginárias ou não de belos clássicos do Heavy Metal, algumas composições diminui o ritmo do CD e não são as minhas favoritas, mas a grandiosa banda britânica sabe muito bem o que faz e encaixou muito bem essas músicas.
TRACK LIST:
1. "Wildest Dreams"
2. "Rainmaker"
3. "No More Lies"
4. "Montségur"
5. "Dance of Death"
6. "Gates of Tomorrow"
7. "New Frontier"
8. "Paschendale"
9. "Face in The Sand"
10. "Age of Innocence"
11. "Journeyman"
TEMPO TOTAL: 68,05
LINE-UP:
Bruce Dickinson (vocal);
Dave Murray (guitarra);
Adrian Smith (guitarra);
Janick Gers (guitarra);
Steve Harris (baixo);
Nicko McBrain (bateria).
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