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Vomepotro: Toneladas de riffs definem a sonoridade

Resenha - Liturgy of Dissection - Vomepotro

Por Leonardo M. Brauna
Postado em 27 de outubro de 2013

Desde 1996 fazendo barulho na terra dos canários, VOMEPOTRO segue como uma banda de ‘Brutal Death Metal’ das melhores safras brasileiras. Nem mesmo uma "indefinida" pausa que durou de 2000 a 2003 conseguiu lacrar permanentemente as atividades deste grupo que em 2006 lançou o seu ‘debut’, ‘Zombie Gore Vomit’ pelo selo alemão, ‘Obskure Domain Productions’. Revitalizados, os compatriotas fecham com a norte americana, ‘Sevared Records’ e soltam o próximo álbum, ‘Liturgy of Dissection’ que foi lançado em janeiro de 2009 – empreitando uma turnê européia em seguida.

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Toneladas de riffs definem a sonoridade de ‘Liturgy of Dissection’. Bases velozes, mortais e que hora surpreende o ouvinte com "paradas" milimétricas, destacando a pulsação do peso, merecem ser marca registrada do quarteto. Porém tal característica não é uma constante, pois os rapazes têm muito mais a mostrar.

O baixo de MAURO SANTIAGO (que não está mais na banda) consegue unir o rigor e o vigor dentro de cada canção sem abrir brechas para o vácuo, porém o único "remendo" que ele faz, tocando um curto solo na faixa ‘Carnivore Necropsy’, possa reafirmar a sua brutalidade. Ainda recomendo uma audição precisa em ‘Buried in Collective Grave’.

O seu companheiro de cozinha e fundador da banda, ANDRÉ MARTUCHI, na maioria das vezes, despreza execuções cadenciadas e bota pra castigar mesmo a cervical do banger, investindo severamente em ‘blast beats’ sem economizar também nas pedaladas duplas. Se é que podemos encontrar uma melhor performance, ouvi em ‘Assassin Psycopath’ um belo exemplo.

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‘Liturgy of Dissection’ foi aquela que me fez acionar a tecla ‘repeat’. A faixa título realmente mereceu o destaque do álbum. Bem posicionada na sexta posição da sequência, ela serve como ponte e não deixa o tempero amargar. CRISTIANO MARTINEZ, que estreou em 2004 com a demo, ‘List of the Dead’, acrescenta mais agressão com seus guturais que parecem rochas rolando montanha a baixo, ao mesmo tempo em que segura nas bases.

KLEBER MARTINEZ, que também não está mais no elenco, fez uma contribuição importantíssima nesse ‘play’. Os elementos que unem o baixo e as duas guitarras, com certeza fazem da sonoridade uma cadeia progressiva nos riffs, mas os solos de KLEBER chegam a cotar o ar, injetando nas músicas algo "tenebroso" que é bem vindo para os temas ‘gore’. Destaque para o solo de ‘Horror Humanufature’, o mais longo.

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Talvez não fosse necessária a inclusão das faixas bônus que são dois covers, ‘Mass Hypnosis’ (SEPULTURA) e uma versão demonstrativa que eles fizeram para ‘Dominate’ (MORBID ANGEL) – digo isso por que as nove faixas autorais já exprimem toda a violência e competência desses paulistanos que souberam mandar o recado direitinho para o mundo, porém, se é desejo da banda homenagear os seus ídolos, que seja feita a festa – até porque as duas versões na linguagem musical do VOMEPOTRO ficaram extremamente poderosas. Aguardamos o próximo trabalho.

Formação:

ANDRÉ MARTUCHI: Bateria;
MAURO SANTIAGO: Baixo;
CRISTIANO MARTINEZ: Guitarra, Vocal;
KLEBER MARTINEZ: Guitarra Solo.

Faixas:

01. Incorruption;
02. Cephalic Fast Food;
03. Defaced by Pestilence;
04. Buried in Collective Grave;
05. Assassin Psycopath;
06. Liturgy of Dissection;
07. Horror Humanufature;
08. Carnivore Necropsy;
09. Posmortiis Rectaliation;
10. Mass Hypnosis (Sepultura cover);
11. Dominate (Versão Demo: Morbid Angel cover).

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Contatos:

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E-mail: [email protected]


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Sobre Leonardo M. Brauna

Leonardo M. Brauna é cearense de Maracanaú e desde adolescente vive a cultura do Rock/Metal. Além do Whiplash, o redator escreve para a revista Roadie Crew e é assessor de imprensa da Roadie Metal. A sua dedicação se define na busca constante por boas novidades e tesouros ainda obscuros.
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