Deep Purple: eles ainda têm muito para fazer pela música
Resenha - Now What?! - Deep Purple
Por Junior Frascá
Postado em 12 de maio de 2013
Nota: 9 ![]()
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Falar da importância do DEEP PURPLE para a música pesada em geral é ficar chovendo no molhado, pois mesmo diante dos vários problemas pelos quais a banda passou ao longo de sua carreira, em especial em relação à saída de alguns de seus principais integrantes, o fato é que a banda sempre se manteve relevante, e completando 45 (!!!) anos de carreira, ainda tem fôlego para colocar no mercado um novo disco de inéditas!
Confesso que, já há algum tempo, deixei de acompanhar a carreira mais recente da banda. Assim, ao receber o promo desse novo disco, não criei grandes expectativas. Porém, para minha surpresa, "Now What?!" se mostrou um excelente registro, o melhor da banda em anos, e provando que Ian Gillan e seus comparsas ainda têm muito para fazer pela música.
Mas não adianta o ouvinte vir com toda a sede do mundo ao pote, esperando por outro clássico absoluto como "Machine Head", por exemplo, até porque os tempos são outros, a banda mudou, e está em uma fase menos "furiosa", mas mais introspectiva.
Assim, o que faz de "Now What?!" um ótimo disco é a capacidade dos músicos de criarem boas músicas, com grandes melodias e arranjos belíssimos, fazendo aquela união de hard e classic rock com blues e até algo de metal tradicional de forma bem orgânica e intensa, e até trazendo um outro lado mais progressivo e viajado.
Um dos destaques do álbum, Steve Morse mostra todo seu talento nas seis cordas, com riffs muito inspirados, e solos bem encaixados e repletos de melodias marcantes. Já Don Airey forjou alguns de seus melhores arranjos desde que entrou na banda, seja na utilização do famoso órgão hammond, seja nos momentos mais sinfônicos e bombásticos (ouça "Weiirdstan" e "Uncommon Man" - em que o instrumental em certos momentos lembras as cornetas aclamando a chegada de um rei - e comprove).
Ian Gillan também dá uma aula de competência, colocando-se dentro de suas limitações atuais, sem exageros, com interpretações dignas de sua história dentro da música pesada.
Algumas faixas mais diretas e marcantes, como "Hell to Pay" e "Après Vous" até remetem à fase intermediária da banda, mas é nos momentos mais diversificados, como em "Out of Hand" (bem pesada e com ótimos toques de blues), "Blood from a Stone" (viajada e intimista) e "Vincent Pride" (com riffs hipnóticos de Morse, e Ian mostrando todo seu talento), que a banda realmente se destaque e mostra toda a sua força de sua atual formação.
A produção do material também é excelente e contribui muito para a qualidade final das faixas, graças ao trabalho do produtor Bob Ezrin, famoso por trabalhar com artistas como ALICE COOPER, PINK FLOYD E KISS, dentre outros..
Além disso, o álbum é dedicado ao saudoso mestre John Lord, que nos deixou à pouco tempo, mas que ficou marcado na história da música como um de seus maiores gênios, sem sombra de dúvida.
E vale citar que, além da versão simples do disco, a Hellion Records também está lançando a versão digipack com uma faixa bônus (a ótima "It II be Me", um "bluesão" da melhor qualidade) e um DVD. Corra já atrás do seu, pois sem dúvida vale cada centavo da aquisição! Agora é torcer para o PURPLE seguir ativo, nos trazendo sempre lançamentos dessa qualidade, pois nossos ouvidos agradecem!
Now What?! – Deep Purple
(2013 –Hellion Records - Nacional)
Formação:
Ian Gillan - Vocals
Ian Paice - Drums, Percussion
Roger Glover - Bass, Vocals
Steve Morse - Guitars, Vocals
Don Airey - Keyboards
Track List:
1. A Simple Song
2. Weirdistan
3. Out of Hand
4. Hell to Pay
5. Body Line
6. Above and Beyond
7. Blood from a Stone
8. Uncommon Man
9. Après Vous
10. All the Time in the World
11. Vincent Price
Bonus Track:
12. It ll Be Me
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