Unisonic: O EP dá uma impressão incorreta
Resenha - Unisonic - Unisonic
Por João Renato Alves
Fonte: Van do Halen
Postado em 29 de março de 2012
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Se há uma palavra que pode definir o Unisonic, é expectativa. Desde o anúncio do projeto, com seu line-up, passando pela adição posterior de Kai Hansen e culminando no EP Ignition, que deixou todos na expectativa pelo full-length. Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que, apesar de ser o trabalho da carreira de Michael Kiske que mais se aproxima de seus áureos tempo com o Helloween, há diferenças substanciais na sonoridade. O background de Mandy Meyer, Dennis Ward e Kosta Zafiriou já deixaria isso bem claro, visto que são músicos oriundos do Hard Rock europeu e suas melodias bem afiadas. Portanto, espere um híbrido de tudo que essa união realmente poderia representar.
Isso dito, vamos ao que interessa. A faixa que dá nome ao álbum e ao grupo já havia mostrado seu poder de fogo anteriormente. É um Heavy com vibração Rock and Roll da melhor qualidade, daquelas que empolgam desde a primeira escutada. Tem tudo para virar um clássico. Na sequência, "Souls Alive", que também já era conhecida, mas em sua versão demo. Mais encorpada, mostra todo seu brilho, se tornando ainda mais apreciável. Agora sim, vamos a uma novidade. "Never Too Late" traz aquela sensação de algo familiar, remetendo àqueles b-sides do Helloween com abordagem mais divertida, que eram presença garantida antigamente.
Uma batida assustadoramente acessível dá início a "I’ve Tried", fazendo os conservadores arrepiar. Sua melodia lembra os trabalhos do Place Vendome, que serviu como uma espécie de embrião para a situação atual. A mistura de estilos fica ainda mais clara na grandiosa "Star Rider", que não chega ao peso do Heavy, mas está um passo além do Hard. Destaque para os backing vocals, muito bem encaixados. O lado mais Pop dá as cartas em "Never Change Me", que poderia tranquilamente figurar em alguma rádio FM mais aberta ao contexto. Um dos melhores riffs do play está no início de "Renegade", mais cadenciada.
O peso volta na também já conhecida "My Sanctuary", com seu ótimo e grudento refrão. "King For A Day" mantém o alto nível, com Kai Hansen mostrando o que melhor sabe fazer em passagens de guitarra que são a sua cara. O começo de "We Rise" faz parecer que a música irá decolar, mas logo ela cai um pouco e fica nessa variação em toda sua duração. Para fechar, a bonita "No One Ever Sees Me" repete a tradição da baladinha com base acústica e orquestrações ao fundo. Lembra um pouco o Chameleon em sua construção.
Quem espera um novo Keeper vai cair o maior tombo do cavalo de sua vida. O Unisonic transita pelas variadas vertentes do Rock pesado, sem se prender a nada. Aliás, fica claro que escolheram algumas das mais pesadas para o EP, justamente para não assustar os mais radicais. Aqueles que tiverem a mente aberta para o fato encontrarão um disco bem divertido e com um punhado de ótimas canções. Vai de cada um.
Michael Kiske (vocals)
Kai Hansen (guitars)
Mandy Meyer (guitars)
Dennis Ward (bass)
Kosta Zafiriou (drums)
01. Unisonic
02. Souls Alive
03. Never Too Late
04. I’ve Tried
05. Star Rider
06. Never Change Me
07. Renegade
08. My Sanctuary
09. King For A Day
10. We Rise
11. No One Ever Sees Me
Outras resenhas de Unisonic - Unisonic
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
Blackberry Smoke confirma quatro shows no Brasil em 2026
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
Será que ele curtiu? O dia que Adrian Smith tocou na guitarra de Kirk Hammett
A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
Jane's Addiction anuncia que membros fizeram as pazes e comunica fim das atividades
Steve Harris admite que sempre foi "acumulador" de coisas do Maiden, e isso salvou novo livro
Regis Tadeu coloca Deep Purple no grupo de boybands ao lado do Angra
Após assassinato do diretor, Spinal Tap suspende último filme
10 bandas que encerraram suas atividades em 2025
Moonspell celebrará 30 anos de "Wolfheart" com show especial no Brasil
A profunda lição que Rick Wakeman aprendeu com um adolescente brasileiro
"Que desgraça é essa?"; quando Tim Maia não aprovou o trabalho de um roqueiro brasileiro
Dave Grohl comenta sua banda brasileira favorita de todos os tempos: "O Brasil é insano!"

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



