Unisonic: transita livre entre o Hark Rock e o Heavy Metal
Resenha - Unisonic - Unisonic
Por Júlio César Tortoro Ribeiro
Fonte: Blog Its Electric
Postado em 25 de novembro de 2012
Nota: 8
Faz uns bons anos que Michael Kiske voltou a cena Hard Rock/Heavy Metal, porém sempre com projetos e participações especiais, tais quais Place Vendome, Avantasia, Kiske & Somerville, todos com um caráter temporário, porém entre 2010 e 2011 as coisas mudaram para esse grande vocalista.
Ao se juntar com o baixista e produtor Denis Ward montou a banda Unisonic, que em 2011 recebeu um ilustre membro, Kai Hansen, como guitarrista e back vocals, reativando a parceria que alavancou a fase de ouro do Helloween nos anos 80.
Unisonic, o debut da banda de mesmo nome, transita livremente entre o Hard Rock/AOR e o Heavy Metal que consagrou Kiske e Hansen, não esperem aqui vocais super agudos, bumbos duplos e solos de teclados , a banda tem uma essência musical ampla que vai além do Power Metal, e isso é de grande valia no cenário atual.
O grupo é competente, tem um bom time de compositores e claro, um vocalista soberbo, Kiske canta muito e sabe como transmitir suas emoções nas músicas, as guitarras de Kai Hansen e Mandy Meyer funcionam muito bem, pode-se ouvir camadas sonoras que formam arranjos convincentes e alguns duetos bem colocados, a cozinha que consagrou o Pink Cream 69 com Denis Ward e Kosta Zafiriou (também do Place Vendome) é sólida e dita o ritmo com muita habilidade e desenvoltura.
A faixa título, Unisonic é um tema bem Heavy Metal tradicional, impossível não se empolgar com o refrão e a levada do baixo de Ward e a bateria de Zafiriou. Sem tempo para respirar Souls Alive (composta por Meyer e Ward) mantém o álbum em alta, com uma excelente melodia, Kiske, consegue explorar muito bem seu timbre e alcance vocal, talvez seja momentos como esse que os fãs do agora careca, esperavam todos esses anos, uma grande canção, talvez o melhor momento do álbum.
O bom trabalho nos arranjos das guitarras de Hansen e Meyer é uma constante no debut, o bom gosto dos solos sobrepõe as escalas e notas rápidas, como em I've Tried. A cadenciada Renegade, tem um refrão cantado em coro e mais guitarras com muita classe, em My Sanctuary, ouvimos uma linha vocal que lembra bastante o trabalho de Kiske em Pink Bubbles Go Ape no Helloween, outro grande momento do Unisonic.
Entretanto nem tudo é perfeito, falta ainda um pouco de regularidade, e algumas canções não foram bem exploradas, como Star Rider, que apesar de boa, falta-lhe dinâmica e torna-se monótona, King for a Day lembra as partes mais cadenciadas dos trabalhos atuais do Gamma Ray, e pouco acrescenta para o resultado final. No One Ever Sees Me segue bem o trabalho solo de Michael Kiske, uma balada, acústica, com toques orquestrais, características que particularmente gosto bastante, mas pode desagradar alguns ouvintes.
O balanço geral é muito positivo, e como é bom ouvir Michael Kiske cantar! Kai Hansen mantém um clima bom dentro da banda tem muita experiência e versatilidade, Ward é um líder nato, e sabe muito de produção, engenharia de som além de ser um ótimo baixista e compositor. Toda essa atmosfera faz os fãs esperarem por trabalhos ainda mais consistentes desse grupo que tem muita história dentro da cena da música pesada.
Ano de Lançamento: 2012
Track List
01. Unisonic
02. Souls Alive
03. Never Too Late
04. I've Tried
05. Star Rider
06. Never Change Me
07. Renegade
08. My Sanctuary
09. King For A Day
10. We Rise
11. No One Ever Sees Me
A banda é formada por:
Michael Kiske (Vocais)
Denis Ward (Baixo)
Kai Hansen (Guitarra)
Mandy Meyer (Guitarra)
Kosta Zafiriou (Bateria)
Outras resenhas de Unisonic - Unisonic
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps