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Queen: Segundo trabalho é um dos melhores da banda

Resenha - Queen II - Queen

Por Adriano Luiz da Fonseca
Postado em 10 de março de 2012

Com problemas relacionados ao gerenciamento da banda, o atraso do lançamento do primeiro álbum do grupo fez com que os rapazes começassem a escrever material para um novo disco. Sendo algumas destas canções compostas imediatamente após o primeiro álbum - outras até mesmo antes, este trabalho contem traços que se tornariam uma assinatura no som da banda como harmonias vocais e estilos musicais variáveis, aliados a um Rock sinfônico com letras intrincadas utilizando verbetes complexos.

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Gravado em 1973 no mesmo Trident Studios sob a batuta de Roy Thomas Baker e Robin Cable e lançado em Março de 1974, Queen II tem como diferencial ter os lados (no caso do vinil) nomeados como White Side (Lado Branco) e Black Side (Lado Negro), ao invés do tradicional Lados 1 e 2, com fotos correspondentes do grupo vestido de preto sobre um fundo preto na capa e vestido de branco sobre um fundo branco na contracapa formando um conceito de canções mais emocionais no primeiro lado e mais fantásticas e até sombrias no segundo lado.

White Side

1. Procession (May) – Uma curta marcha fúnebre executada por Brian May em uma Guitarra Multi-track com um amplificador customizado por John Deacon (Deacy Amp), utilizando partes sobrepostas com o batera Roger Taylor utilizando um Bass Pedal.

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2. Father to Son (May) – O peso e a melodia andam juntos nessa canção onde os mesmos recursos de Guitarra Multi-track com o Deacy Amp foram utilizados. Essa música foi imediatamente incluída no setlist da banda até 1975.

3. White Queen (As it Began) (May) – Essa música alterna entre o sinfônico, o acústico e o peso aliados um coro de vozes que agrada os ouvidos logo na primeira audição.

4. Some Day One Day (May) – Brian May que além de estrear sua voz nessa canção utiliza guitarras acústica e elétrica, implementando uma arranjo complexo de guitarras com três solos além da maliciosa presença do Baixo de John Deacon.

5. Loser in the End (Taylor) – Roger Taylor coloca sua voz rouca nessa sonzeira pesada que fecha o lado White, preparando o ouvindo para a tempestade que viria no lado seguinte.

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Black Side

1 - Ogre Battle (Mercury) – A introdução sinistra seguida por um poderoso riff fazem desta a melhor do álbum, com Mercury narrando uma batalha de Ogros faz com o ouvinte sinta o arrepio característico de quem frente a frente de um clássico. Essa canção foi parte do setlist da banda até 1978. Fantástica...

2 - The Fairy Feller's Master-Stroke (Mercury) – O arranjo complexo dessa música deu a ela o apelido de "o maior experimento estéreo já feito" devido ao uso intricado de efeitos na mixagem com Mercury utilizando um cravo e Roy Baker utilizando castanholas. A complexidade desta talvez seja o motivo de jamais ter sido tocada ao vivo.

3 – Nevermore (Mercury) – Uma balada executada com maestria por Mercury ao piano. Alguns fãs a consideram a precursora de Love of My Life.

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4 – The March of the Black Queen (Mercury) – Outra canção difícil de ser executada ao vivo devido a sua complexidade. No entanto a banda costumava incluí-la em medleys nos concertos por toda a década.

5 – Funny How Love Is (Mercury) – Essa música foi criada em estúdio e foi produzida utilizando uma técnica conhecida como "Wall Sound (Parede de som). Esta também nunca foi tocada ao vivo devida à exigência pelas notas altas executadas por Mercury.

6 – Seven Seas of Rhye (Mercury) – A vinheta gravada no primeiro álbum, fica maior e ganha voz dando ao Queen o 10° lugar nos Charts ingleses se tornando o seu primeiro hit sendo executada ao vivo por quase toda a carreira do grupo.

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Esse trabalho é talvez o mais desconhecido da carreira do grupo, porém, os fãs mais ardorosos - como este que vos escreve, o colocam entre os melhores. Exemplos não faltam, Axl Rose, Billy Corgan, Ian Hill e Steve Vai.

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Sobre Adriano Luiz da Fonseca

Começou ouvindo rock ainda garoto no fim dos anos 70, do lado de fora do quarto do irmão mais velho que não o deixava entrar - coisas de irmão de pirralho. Depois comprando discos do Queen e Iron Maiden, foi ao Rock in Rio para ver os ídolos de perto e não parou mais. Curte do Blues ao Jazz, do Country ao Funk - o verdadeiro, do Rock ao Metal. Não sabe tocar instrumento algum, mas tem uma guitarra velha chamada Sarah Lee - cortesia do Foghat. Aprecia um vinil bem chiado.
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