O ídolo que Elton John sentiu pena ao conhecer: "Espero que isso nunca aconteça comigo"
Por Gustavo Maiato
Postado em 14 de agosto de 2025
Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, Elton John construiu uma trajetória marcada por músicas inesquecíveis, figurinos extravagantes e uma personalidade artística única. Mas, segundo o próprio cantor, um encontro com um de seus ídolos mudou completamente a forma como ele encarava sua vida e carreira.
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No início, Elton se destacava tanto pelo talento quanto pela imagem. Com roupas cheias de brilho, óculos enormes e presença de palco impossível de ignorar, ele se tornou um dos grandes nomes da música pop nos anos 1970. Ao lado do parceiro Bernie Taupin, compôs sucessos que marcaram época, unindo sofisticação musical — fruto de sua formação clássica — a refrões pop irresistíveis.
Entre suas influências estava Elvis Presley, ícone máximo do rock para qualquer jovem da época. "Ele tinha um talento tremendo. A melhor voz", recorda Elton. Para ele, assistir Elvis cantar "Heartbreak Hotel" era como ver a definição de rebeldia e carisma.
No entanto, quando conheceu "O Rei" no fim da vida, Elton ficou chocado. "Ele parecia muito doente e eu senti muita pena dele. Pensei: ‘Meu Deus’. Não quero dizer isso de forma ruim, mas disse: ‘Espero que isso nunca aconteça comigo’. Não estou em posição de julgar o que aconteceu. Só acho trágico o que houve." A entrevista foi publicada pela Far Out.

O encontro serviu como alerta. Assim como Presley, Elton enfrentou batalhas pessoais e momentos criativamente desafiadores — como na época do álbum "Victim of Love", que ele considera um ponto baixo de sua carreira. Mas, diferentemente de seu ídolo, conseguiu se reerguer e seguir produtivo até hoje, protagonizando uma das grandes histórias de superação da música.
Elvis Presley e Elton John
Em entrevista publicada pelo canal Elvisistheman, Elton John fala mais sobre o Rei: "Ele mudou a vida de todo mundo. Sem dúvida, não haveria Beatles, não haveria Hendrix, não haveria Dylan. Ele foi o homem que mudou a música, sem questionamento. Quando a Rolling Stone fez uma pesquisa sobre as pessoas mais influentes do rock and roll, acho que os Beatles ficaram em primeiro lugar. Mas eu disse: ‘Não. Elvis foi o número um’. Sem Elvis, nunca teríamos bandas, nunca teríamos pegado uma guitarra".

Ele continuou: "Eu sei que ele foi influenciado pelo gospel, pelo blues, pela música country e pela música negra americana, mas ele era o rei e começou tudo. A primeira vez que o vi, eu era um garotinho, numa barbearia em Pinner Green. Vi uma Life Magazine antiga com uma foto dele e pensei que ele era de Marte ou algo assim. No mesmo fim de semana, minha mãe trouxe para casa Heartbreak Hotel, e aquilo mudou minha vida. Eu o vi em Las Vegas, quando ele estava fantástico no Hilton. Mas a única vez que o conheci foi muito rapidamente, antes de um show em Washington D.C., um ano antes dele morrer. Foi muito triste. Minha mãe estava comigo e disse: "Ele não vai durar muito, vai?". Era triste, porque ele era o ídolo dela e o meu.

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