A banda que é o "Led Zeppelin do rock alternativo", segundo Taylor Hawkins
Por Gustavo Maiato
Postado em 14 de agosto de 2025
Taylor Hawkins, eterno baterista do Foo Fighters, nunca escondeu que antes de ser um rock star, sempre foi um fã apaixonado pela música. Entre todos os ídolos que conheceu e tocou ao longo da vida, um grupo em especial ocupava um lugar quase sagrado para ele: o Jane’s Addiction.
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Em entrevista à Rhythm em 2003 (via Far Out), Hawkins foi categórico: "Na minha opinião, o Jane’s Addiction salvou o rock’n’roll". Naquele ano, o Foo Fighters dividia o line-up do festival Big Day Out com a banda de Perry Farrell, e Hawkins aproveitava cada momento para conviver com os músicos que o inspiraram.

"Eles eram o nosso Led Zeppelin do rock alternativo. Desde o vocal até as linhas de baixo, guitarras incríveis e psicodelia, esses caras foram meus professores", contou Hawkins anos depois ao canal de Aaron G.
O baterista relembrou que sempre quis trabalhar com os integrantes para aprender diretamente como criavam. Essa aproximação resultou em colaborações reais: Perry Farrell subiu inúmeras vezes ao palco com o Foo Fighters, Stephen Perkins gravou percussão em músicas da banda, e Hawkins chegou a se apresentar como "Perry" em um show especial do seu cover band Chevy Metal, que chamou de Chevy’s Addiction.

Mais do que idolatria, havia uma defesa clara da importância histórica da banda. "Não tenho problema nenhum em divulgar o Jane’s Addiction. Faço isso porque amo a banda e acho que a linhagem é importante. É essencial saber de onde tudo veio. Se o Robert Plant pudesse conviver com Elvis, ele teria feito isso. Então, por que eu não iria passar tempo com o Perry Farrell?", disse.
Para Hawkins, o Jane’s Addiction foi um pilar que ajudou a moldar a cena alternativa dos anos 1980 e início dos 1990, antecedendo nomes como Nirvana e Soundgarden e surgindo em meio à efervescência de grupos como Red Hot Chili Peppers, Fishbone e Minutemen.
Essa admiração também estava carregada de histórias de bastidores. Hawkins recordou ter visto o grupo no primeiro Lollapalooza da história, em Phoenix, e contou um episódio relatado por Dave Navarro: na estreia do festival, ele e Perry brigaram feio na lateral do palco, e Navarro acabou jogando sua guitarra para a plateia.

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