O Megadeth conseguiu deixar sua marca no mundo do heavy metal — e nos corações dos fãs
Por Mateus Ribeiro
Postado em 14 de agosto de 2025
Mais um grande nome da música pesada está prestes a encerrar suas atividades. Nesta quinta-feira (14 de agosto), a banda de thrash metal Megadeth anunciou sua turnê de despedida e seu último álbum de estúdio, o décimo sétimo da discografia.
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"Há tantos músicos que chegaram ao fim da carreira, seja acidental ou intencionalmente. A maioria deles não consegue sair do topo em seus próprios termos, e é aí que estou na minha vida agora. Viajei o mundo e conquistei milhões e milhões de fãs, e a parte mais difícil de tudo isso é dizer adeus a eles", afirma Dave Mustaine, guitarrista, vocalista, principal compositor e líder incontestável do Megadeth desde a criação da banda.

A história do Megadeth começou em 11 de abril de 1983, quando Mustaine foi expulso do Metallica, que ainda estava longe do estrelato mundial. Cheio de ressentimentos, ele embarcou em uma longa viagem de volta para casa e, no meio do trajeto, decidiu fundar sua própria banda, lançando as bases de uma carreira que marcaria profundamente o thrash metal.
Mustaine rapidamente consolidou seu caminho e colocou o Megadeth no mapa do gênero. Com riffs afiados e sua voz inconfundível, liderou a criação de obras que se tornaram referência, como "Peace Sells… But Who's Buying?" (1986) e "Rust in Peace" (1990).

Ao longo das décadas, o Megadeth passou por diversas mudanças de formação, uma marca registrada do grupo. Talentoso e temperamental, Mustaine contratou e dispensou inúmeros músicos. Entre os que deixaram sua marca na história da banda estão Marty Friedman, Chris Poland, Kiko Loureiro, Chris Broderick (guitarra), David Ellefson (baixo), Gar Samuelson, Nick Menza e Chris Adler (bateria).
Não foram apenas as formações que mudaram. Nos anos 1990, o thrash metal veloz e intrincado cedeu espaço a ritmos mais cadenciados e melodias acessíveis. Essa transformação rendeu sucessos como "Countdown to Extinction" (1992) e "Youthanasia" (1994), mas se mostrou controversa em 1999 com o álbum "Risk", que inclui a faixa "Crush 'Em", música que Mustaine admitiu não gostar.

O Megadeth tentou retornar às raízes em "The World Needs a Hero" (2001), mas o resultado não atendeu às expectativas. Em abril de 2002, Mustaine decidiu encerrar temporariamente as atividades da banda.
Felizmente, o Megadeth retornou em 2004 e, desde então, lançou novos discos, enfrentou desafios e manteve sua essência. Quinze anos depois, Mustaine encarou outro grande obstáculo: o diagnóstico de câncer na garganta. O frontman superou a doença e criou o ótimo "The Sick, the Dying… and the Dead!" (2022).

Quatro décadas se passaram desde a saída de Mustaine do Metallica. Hoje, é seguro afirmar que, com o Megadeth, ele alcançou o sucesso e se consolidou como uma das figuras mais importantes da história do thrash e do heavy metal.
Dave Mustaine deixou sua marca no mundo do metal — e no coração dos fãs. Como parte desse grupo, só posso agradecer ao rabugento mais talentoso do metal e ao Megadeth por tantas memórias inesquecíveis e por escreverem grande parte da trilha sonora da minha vida. Obrigado!

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