Queen: Banda já mostrava sua pura e intocável originalidade
Resenha - Queen II - Queen
Por Matheus Cavalheiro
Postado em 12 de agosto de 2012
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Falar de algumas bandas, as vezes é ao mesmo tempo satisfação e ao mesmo tempo, dificuldade. As vezes, são tantas as qualidades, histórias, canções e momentos brilhantes, que temos que escolher as palavras corretas sobre o que vamos escrever. Falar sobre 4 músicos de ponta que formaram uma das bandas de mais inestimável importância tanto para o Rock quanto para a música em geral, exige palavras sábias, diretas e honestas. Poucas pessoas comentam de como o Queen surgiu e sobre os seus primeiros discos, pois elas conhecem mais discos como 'A Night At The Opera' e 'News Of The World'. Em minha opinião é perfeitamente justificável, mas lembrem-se que é nescessário que tenhamos um conhecimento maior sobre as bandas, e seguindo este raciocínio conheci um dos meus 5 discos favoritos: o 'Queen II'.
Bom, a situação era a seguinte: a banda tentava se superar após o lançamento de seu debut, que apesar de ótimo não chamara nada a atenção das pessoas, uma vez que o som se igualava muito ao Deep Purple e ao Led Zeppelin. Tais comparações acabaram fazendo com que o Queen levasse muitos NÃOS de algumas gravadoras, onde estas diziam: "... a última coisa que queremos é outro Led Zeppelin!". Mas o Queen não se abalava e lançava seu segundo disco e começavam aí a escrever uma das páginas mais importantes na história do Rock N' Roll.
O álbum não só tem músicas extremamente marcantes, mas como mostrava a banda começando a criar seus moldes, seus traços absolutamente originais e as clássicas performances vocais de Freddie Mercury acompanhado por Brian May, John Deacon e Roger Taylor. A banda ousou e evoluiu muitíssimo apesar do curtíssimo intervalo entre 'Queen II' e seu primeiro disco. O disco é recheado de fantasia, melancolia, romance e canções de mais puro bom gosto, aliados a diversos instrumentos como sinos, violas, cítaras, pianos criando aí a sempre marcante diversidade musical da banda, que a acompanhou até os últimos dias antes do falecimento de Freddie.
O interessante é que o disco é dividido em duas partes: as composições de Brian May de um lado, e as de Freddie Mercury no outro com apenas uma canção de Roger Taylor. John Deacon ainda não compunha com a banda, mas começaria logo depois em 'Sheer Heart Attack'. Muitas músicas já mostravam o Queen ousando sem o menor medo, como por exemplo a melancólica "White Queen (As It Began)" e a marcante "The March Of The Black Queen" que curiosamente tem uma certa ligação entre si se analisarmos a letra, onde a primeira nos passa a idéia de uma rainha se despedindo para o retorno triunfal na segunda canção. Não só esta como por exemplo na incrível "The Fairy Feller's Master-Stroke" que junto com a lindíssima "Nevermore" formam um dos grandes números no álbum. Já a parte mais rockeira fica por conta de "Father To Son" que nos remete bastante a alguma canção do Led Zeppelin, principalmente pelas linhas de guitarra de Brian May, que apesar de semelhantes com as de Jimmy Page, faziam bonito no álbum.
Apesar da ousadia a banda quis ir em frente com o lado mais comercial em "Seven Seas of Rhye" que talvez seja a mais conhecida do disco, que fez com que o Queen começasse a ganhar a atenção do público emplacando-a em primeiro lugar no topo das paradas britânicas na época. O álbum também trazia números excelentes como a folk "Some Day One Day" cantada por Brian May, "The Loser In The End" composta e cantada por Roger Taylor relatando a vida de um adolescente fugindo de casa, "Ogre Battle" e "Funny How Love Is" que marcam pelas performances inusitadas nos vocais da banda, assim como a já citada "The March Of The Black Queen".
Com 'Queen II' a banda começava a ganhar espaço, prestígio e respeito que seriam um prelúdio para uma carreira brilhante de belíssimas canções e álbuns como 'A Night At The Opera', 'News Of The World', 'Jazz' e 'Live Killers'. Infelizmente, uma vida agitada tanto nos palcos como fora dele, silenciou Freddie Mercury para sempre em 1991, levando ao encerramento de atividades do Queen.
É um disco que tenho o prazer de lhes recomendar. Ouçam com carinho e muito gosto!
TRACKLIST:
01. "Procession" - (1:12)
02. "Father To Son" - (6:14)
03. "White Queen (As It Began)" - (4:34)
04. "Some Day One Day" - (4:23)
05. "The Loser In The End" - (4:02)
06. "Ogre Battle" - (4:10)
07. "The Fairy Feller's Master-Stroke" - (2:40)
08. "Nevermore" - (1:15)
09. "The March Of The Black Queen" - (6:08)
10. "Funny How Love Is" - (3:17)
11. "Seven Seas of Rhye" - (2:50)
http://estacaovoodoo.blogspot.com.br/
Outras resenhas de Queen II - Queen
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Dave Mustaine fala sobre "Ride the Lightning" e elogia Lars Ulrich: "Um excelente compositor"
Os 5 discos de rock que Regis Tadeu coloca no topo; "não tem uma música ruim"
A banda que fez Jimmy Page passar vergonha; "eu não queria estar ali"
A melhor música do AC/DC de todos os tempos, segundo o ator Jack Black
Motörhead "salvou" baterista do Faith No More de ter que ouvir Ted Nugent
O maior cantor de todos os tempos para Steven Tyler; "Eles já tinham o melhor"
Dave Mustaine cutuca bandas que retomaram atividade após turnês de despedida
O melhor guitarrista base de todos os tempos, segundo Keith Richards
O padrão que une todos os solos da história do Iron Maiden, segundo Adrian Smith
The Gathering publica mensagem de despedida para vocalista
Os trabalhos do Guns N' Roses que Slash evita rever; "nem sei o que tem ali"
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
Wolfgang Van Halen diz que as pessoas estão começando a levar seu trabalho a sério
O que Max Cavalera não gostava sobre os mineiros, segundo ex-roadie do Sepultura

O rockstar que Brian May sempre quis conhecer, mas não deu tempo: "alma parecida com a minha"
A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Brian May do Queen
Queen oferece presente de Natal aos fãs com a faixa inédita "Polar Bear"
Brian May dá presente de Natal especial a Tony Iommi: réplica da Red Special para canhoto
O megavocalista que Axl Rose teve como seu maior professor; "eu não sei onde eu estaria"
Os 20 álbuns de classic rock mais vendidos em 2025, segundo a Billboard
A banda de rock que todo mundo que não gosta de música adora, de acordo com André Barcinski
Coldplay: Eles já não são uma banda de rock há muito tempo


