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Treat: Hard rock épico brilhante da banda sueca

Resenha - Coup De Grace - Treat

Por Felipe Kahan Bonato
Postado em 03 de fevereiro de 2011

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Primeiro álbum de inéditas desde a volta do TREAT, que ocorreu em 2006, "Coup De Grace" tem sido aclamado por muitos críticos de hard rock como um dos melhores lançamentos de 2010. Com grande expectativa, decidi conferir por mim mesmo a novidade dos suecos. E, para minha grande surpresa, dessa vez concordo com os críticos. "Coup De Grace" é um grande álbum de hard rock que, além de apresentar muito bem o gênero, consegue de maneira única elevá-lo a um patamar épico.

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O disco é aberto com uma mensagem até que grande trazida em um prelúdio, sucedido pelas guitarras estridentes de "War Is Over". Com um andamento diferenciado e um vocal mais próximo ao metal, tal faixa já dá dicas do que o TREAT faz nas faixas seguintes. "All In", em contrapartida, tem um refrão repetitivo, tipicamente hard rock, e conta ainda com boas guitarras e um baixo bem marcante. "Paper Tiger" consegue aliar o lado épico intensificado pelo teclado com a modernidade da composição.

Em "Roar", há novamente os traços de metal melódico tanto nos instrumentos como na condução dos vocais no refrão que, lento, garante uma beleza singular à canção. Por falar em beleza, "A Life To Die For" é outra faixa com tal característica, tendendo mais a uma balada rock bem comercial, mas muito boa.

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"Tangled Up" é um hard rock mais simples, vazio instrumentalmente, o que destaca ainda mais os vocais. O riff de guitarra também é muito bom, mas fica meio sumido na faixa. Por outro lado, as guitarras se soltam nos solos da bem orquestrada "Skies of Mongolia". "Heaven Can Wait" é outra faixa pegajosa, pelo refrão mais leve e fluido, além da boa dobra entre o baixo e vocal. "I’m Not Runnin’", por sua vez, mescla linhas vocais modernas, mais emotivas, com o épico trazido pelo teclado e alguns efeitos e o peso das guitarras.

Os instrumentos simplistas voltam em "No Way Without You", outro rock convencional com pitadas de hard rock. Vale destacar que faixas nesses moldes funcionam bem pelas boas performances de Robert Ernlund e dos backings. Já o clima das baladas retorna em "We Own the Night" e em "All For Love", sendo a segunda mais melódica e bem trabalhada. "Breathless" é uma faixa que vai se repetindo enquanto vai trazendo novos elementos a cada ciclo, retomando muito bem o hard rock grandioso que os suecos nos brindam. Por fim, "Turn The Dial" encerra o excelente disco apresentando um hard mais convencional, centrado nas guitarras.

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Assim, ao final de quase uma hora de audição, é quase uma ofensa rotular tal álbum como hard rock, tamanha profundidade e versatilidade das faixas. Muito bem produzido e composto, com a presença de faixas memoráveis e de uma banda muito competente e entrosada, "Coup De Grace" tem tudo para cumprir seu propósito de inserir o TREAT novamente no mercado. Um disco altamente recomendado a todos amantes do rock sem fronteiras!

Integrantes:
Robert Ernlund - vocais
Anders Wickstrom - guitarras, backings
Jamie Borger - bateria
Nalle Pahlsson - baixo
Patrick Appelgren - teclado, guitarra, backings

Faixas:
1. Prelude – Coup de Grace
2. The War Is Over
3. All In
4. Paper Tiger
5. Roar
6. A Life To Die For
7. Tangled Up
8. Skies of Mongolia
9. Heaven Can Wait
10. I'm Not Runnin'
11. No Way Without You
12. We Own the Night
13. All for Love
14. Breathless

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Gravadora: Frontiers Records


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Sobre Felipe Kahan Bonato

Felipe Kahan Bonato: Nascido em 88, há mais de 10 anos - por enquanto - escuta praticamente qualquer subgênero de rock e metal, explorando principalmente bandas mais desconhecidas. Teve contato tardio com a guitarra, seu instrumento preferido, optando então em seguir a carreira de Engenheiro de Produção e em contribuir esporadicamente com resenhas no Whiplash.
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