Kiske/Somerville: Desafiando o desdém dos "true-skull"
Resenha - Kiske/Somerville - Kiske/Somerville
Por Ben Ami Scopinho
Postado em 15 de janeiro de 2011
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Os últimos anos foram marcados por uma frustrante carência de lançamentos de álbuns Hard Rock no mercado brasileiro. Tantos registros se limitaram apenas às prateleiras gringas... Mas a situação está se revertendo graças à inédita parceria entre os conhecidos selos nacionais – Rock Brigade, Die Hard, Voice Music e Rock Machine – para liberar incríveis discos do gênero por aqui. Esse é o caso do W.E.T. ("W.E.T.") e de Kiske / Somerville ("Kiske / Somerville"), títulos originalmente lançados pela europeia Frontiers Records.
Michael Kiske - Mais Novidades
Bastante aguardado pelo público, o projeto envolvendo o alemão Michael Kiske (Helloween, Place Vendome) e a norte-americana Amanda Somerville somente foi possível graças a Serafino Perugino, presidente da Frontiers. Perugino é um verdadeiro mestre na arte de unir estrelas para que resultem em trabalhos realmente marcantes. Kiske já é personagem influente no meio musical e, aos que desconhecem Amanda, vale lembrar que a cantora já colaborou com o After Forever, Edguy, Kamelot, Epica, Avantasia, etc, além de possuir na bagagem os solos "In The Beginning There Was..." (00) e "Windows" (09).
Para tornar este álbum uma realidade, recrutaram como principais compositores ninguém menos do que os veteranos Mat Sinner (Primal Fear, Sinner) e Magnus Karlsson (Starbreaker, Primal Fear), o que automaticamente injeta uma indiscutível promessa de qualidade ao projeto. Musicalmente, o resultado combina os mais variados estilos, mesclando Hard Rock, AOR, atmosferas bem pop, inúmeras peças orquestradas e, ainda que haja ocasiões mais pesadas como a abertura "Nothing Left To Say", evita-se penetrar no agressivo território do Heavy Metal propriamente dito.
Além de toda a sofisticação melódica e da louvável individualidade entre as faixas, é inegável que o foco de "Kiske / Sommervile" seja o constante dueto entre ambos os vocalistas, e com coros enormes. Assim como o Kiske pós-Helloween, Amanda também possui uma orientação vocal mais acessível, porém tudo possui energia e substância mais do que suficientes para não soar piégas, como é o caso do single "Silence", "If I Had A Wish", "Don´t Walk Away" e "Devil In Her Heart", que alcançam tal sintonia a ponto de envolver completamente o ouvinte.
Oras, somente a fonte de desdém, típica de um incansável "true-skull", poderia encontrar uma música ruim por aqui... Em suma, esqueça os títulos e subgêneros tão em voga. Aqui temos um repertório que está à altura da excelência - pois é isso que se espera de cada um dos músicos envolvidos -, e repleto de ocasiões para agradar a um público rock´n´roll bastante amplo. Confira sem temor!
Contato: http://www.frontiers.it/album/4746/
Músicos:
Michael Kiske - voz
Amanda Somerville - voz
Magnus Karlsson - guitarra
Sander Gommans - guitarra
Mat Sinner - baixo
Martin Schmidt - bateria
Rami Ali - bateria
Kiske / Somerville – Kiske / Somerville
(2010 - Frontiers Records / Rock Brigade Records / Die Hard Records / Voice Music / Rock Machine Records - nacional)
01. Nothing Left To Say
02. Silence
03. If I Had A Wish
04. One Night Burning
05. Arise
06. End Of The Road
07. Don´t Walk Away
08. A Thousand Suns
09. Rain
10. Devil In Her Heart
11. Second Chance
Outras resenhas de Kiske/Somerville - Kiske/Somerville
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
Por que o Kid Abelha não deve voltar como os Titãs, segundo Paula Toller
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
O chef demitido após fazer foto com Axl Rose; "Valeu, vale e vai valer até meu último dia"
Por que versão do Megadeth para "Ride the Lightning" não é um cover, de acordo com Dave Mustaine
A reação de Dave Mustaine quando se ouviu cantando pela primeira vez
Robert Plant tem show anunciado no Brasil para 2026
O clássico do metal oitentista inspirado em Toto, desastre do Titanic e Monsters of Rock
Lynyrd Skynyrd é confirmado como uma das atrações do Monsters of Rock
A banda que serviu de inspiração para o Eagles: "Até os Beatles curtiam o som deles"
A capa do Iron Maiden que traz nove bandeiras de países envolvidos na Guerra Fria
O guitarrista que, segundo Slash, "ninguém mais chegou perto de igualar"
A poderosa mensagem passada pelo Arch Enemy em "Nemesis", clássico escrito em ônibus de turnê
A melhor gravação de bateria de todos os tempos, segundo Phil Collins
O pior disco de cada banda do Big Four do thrash, segundo Mateus Ribeiro
A mentira sobre "Sweet Child O' Mine" que Slash desmentiu 35 anos depois
A banda brasileira que na opinião de Regis Tadeu é "o Luciano Huck do rock"
Raul Seixas explica por que chamou Paralamas do Sucesso de "Para-choques do Fracasso"

A grande diferença entre Michael Kiske e Andi Deris, segundo Fabio Lione
Michael Kiske afirma que não precisa compor músicas para o Helloween
Michael Kiske afirma que sem Andi Deris o Helloween não teria sobrevivido
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman



