A grande diferença entre Michael Kiske e Andi Deris, segundo Fabio Lione
Por Gustavo Maiato
Postado em 02 de setembro de 2025
O Helloween é uma das bandas mais influentes da história do power metal, responsável por clássicos como "Future World", "I Want Out" e "Eagle Fly Free". Dois nomes foram fundamentais para a identidade do grupo: Michael Kiske, que brilhou nos anos 1980 e início dos 1990, e Andi Deris, que assumiu os vocais a partir de 1994 e permanece até hoje.
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Em entrevista ao podcast Ibagenscast, o vocalista do Angra, Fabio Lione, destacou a diferença entre os dois cantores, ressaltando que a personalidade de cada um se reflete diretamente no estilo vocal. "O Deris é meu amigo, gosto quando ele chega, fumamos juntos um cigarro. Conheci ele dessa maneira, pedindo cigarro pra mim. Ele é um cara solar, aberto, muito comunicativo", contou.
Já a primeira impressão com Kiske foi completamente distinta. "Conheci o Michael em um festival no Brasil. Vi ele sozinho no backstage por uns 40 minutos. Fui falar com ele e ele me disse: ‘Desculpa, nunca conversamos. Eu sou tímido. Aqui ninguém fala inglês, ninguém fala alemão, então não sei com quem conversar’. Você vê a personalidade dos dois vocalistas completamente diferente. O Deris é solar, e o Michael é mais introspectivo, mais tímido", relatou.
Apesar de preferir estilos mais progressivos e experimentais, Lione não deixou de reverenciar o legado do Helloween. "Eu não sou um cara que gosta muito do power metal, mas se é bem feito, eu escuto. Quando você ouve músicas como ‘I Want Out’, ‘Future World’ ou aquela balada incrível (cantarola ‘If I Could Fly’), você percebe a força da composição. O Helloween está lá, e quantas bandas tentaram copiar sem conseguir?", declarou.
Confira a entrevista completa abaixo.
Helloween, Michael Kiske e Andi Derris
Em entrevista ao canal El Cuartel del Metal, publicada em 2022, Andi Deris relembrou como foi conhecer Kiske pessoalmente anos após tê-lo substituído. "Percebemos que era uma pena não nos conhecermos há décadas, porque quando você vê que se encaixa, que tem os mesmos assuntos e uma filosofia de vida compatível, se pergunta: ‘Por que não conheci esse cara antes?’", contou o vocalista, destacando que rapidamente surgiu uma amizade genuína entre eles.
O encontro entre os dois foi incentivado pela própria equipe do Helloween. Kiske viajou até Tenerife, onde Deris mora, com a intenção de discutir arranjos vocais para a fase de reuniões da banda. No entanto, a dupla acabou priorizando a convivência fora do estúdio. "Disseram para a gente se sentar e falar sobre música, mas nunca fizemos isso. Estávamos sempre viajando. Dei meu Porsche para ele dirigir e passamos duas semanas indo de praia em praia. Foi perfeito", recordou Deris, entre risos.
Se Deris lamenta não ter conhecido o colega antes, Kiske não poupa elogios ao sucessor. Em entrevista ao Blabbermouth, o cantor afirmou que a entrada de Andi foi decisiva para a sobrevivência da banda. "Se ele não estivesse lá, a banda não existiria. Assim que Kai [Hansen] saiu, nada mais funcionava. Estávamos brigando o tempo todo. Não era divertido", revelou, acrescentando que a energia de Deris trouxe equilíbrio ao grupo.
Kiske também destacou a postura de liderança de Andi nos anos em que comandou o Helloween. "Ele é um trabalhador, assume o controle e diz: ‘Temos que fazer isso, temos que fazer aquilo’. Ele é um líder nato, e era disso que a banda precisava naquela época. Eles fizeram ótimos discos, e hoje posso ouvir essas coisas sem ressentimentos", declarou o vocalista, que voltou à banda em 2017 ao lado de Kai Hansen.
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