RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas

imagemIron Maiden enche setlist de surpresas e estreias em primeiro show da "The Future Past Tour"

imagemNando Reis reflete sobre o grande amor de sua vida e diz que não quer voltar ao inferno

imagemO disco do Mutantes cheio de coisas obscenas na capa que a censura não percebeu

imagemO fabuloso álbum de rock nacional dos anos 80 incompreendido na época que virou um clássico

imagemIron Maiden toca a clássica "Alexander The Great" ao vivo pela primeira vez em sua história

imagemKerry King, do Slayer, é citado em novo episódio do programa "Choque de Cultura"

imagemIron Maiden toca "Caught Somewhere In Time" ao vivo pela primeira vez em 35 anos

imagemIron Maiden dá show nas redes sociais em dia do primeiro show da nova turnê

imagemA música menos ouvida de cada disco do Metallica no Spotify

imagemIron Maiden deixa "The Number Of The Beast" e outros clássicos fora do setlist em show

imagemA crise no Sepultura repete os clichês de tretas da história do rock and roll

imagemA opinião de Roger Waters sobre o Radiohead em seu auge criativo

imagemCinco clássicos do metal que fazem 40 anos em 2023

imagemAs 23 músicas que o Guns N' Roses tocou apenas uma vez ao vivo, segundo o Setlist.fm

imagemO hit da Legião Urbana que fala sobre o polêmico "grande relacionamento gay da Bíblia"


Stamp

Detonautas: A presença da diversidade em Goiânia

Resenha - Detonautas (Centro Cultural Oscar Niemeyer, Goiânia, 20/06/2015)

Por João Paulo Lopes Tito
Postado em 28 de junho de 2015

Demorou bastante até eu conseguir ir pela primeira vez em um show do Detonautas. Não por falta de vontade – virei fã da banda em 2011, depois de escutar, meio por acaso, o segundo álbum deles, "Roque Marciano" de cabo a rabo. Chegou a rolar uma oportunidade no Festival GO Music Rock em 2013, em Goiânia, mas a péssima organização do evento deixou uma má impressão.

O Detonautas Roque Clube é o tipo de banda que, como muitas, acaba se destacando na mídia com hits que nem sempre representam bem o conjunto da obra. Músicas como "Outro Lugar" ou "Quando o Sol se For" (que não são, nem de longe, minhas favoritas – mas que, compreendo, terão sempre seu lugar cativo no coração de Tico Santa Cruz e companhia) formaram a primeira impressão a ouvintes do Brasil todo que, até hoje, insistem em classificá-los como banda de revolta/amor adolescente – sem parar para ouvir pérolas como "No Escuro o Sangue Escorre", "Sabemos Fingir" e "Conversando com o Espelho".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Mas quando Tico Santa Cruz, Renato Rocha, Dj Cleston (tiro, porrada e bomba! BUM!), Phillipe, Fábio Brasil e Macarrão entraram no palco no Centro Cultural Oscar Niemeyer, no dia 20.06.2015, em Goiânia, já dava pra ver que a vibe era outra. Pouco mais de 3.000 pessoas prestigiavam o Festival Paralelo da Música e testemunharam um verdadeiro terremoto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Enquanto rolava a introdução instrumental da série Game of Thrones, a banda tomou seus lugares no set e, após, emplacou uma pesada performance de "Forever Alone", do último álbum ("A Saga Continua"). A letra, que dialoga com os cultuados "memes" das redes sociais, manda uma crítica direta à arrogância e insensibilidade que permeia os relacionamentos virtuais da atualidade. Performance na medida para levantar o público.

Em seguida, "Combate", mantendo a porrada constante e inserindo o já famoso elemento ativista, característico da postura politicamente ativa que a banda carrega. Emendando em "Ladrão de Gravata", na qual fazem uma jam com "No More Trouble", do Bob Marley, e uma variação bem sacada "Que País É Esse?", da Legião Urbana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Um aspecto muito bom de Detonautas é a presença da diversidade. No decorrer de todo o show, é possível familiarizar-se com pontos de vista políticos, sexuais, artísticos e religiosos diversos, sem que um esteja necessariamente em contradição com outro. No meio da canção seguinte, por exemplo, "Seja Forte Para Lutar", Tico rezou a oração do "Pai Nosso" completa, em um clima de mantra. Em diversos outros momentos, dança como num terreiro de candomblé e faz passos de capoeira. Tudo em respeito absoluto a crentes e crenças, ainda que misturados.

Após, engatam "Quando o Sol Se For", "Você me Faz Tão Bem" e "O Amanhã", numa sequência de hits que consagraram a banda nacionalmente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Terminado esse bloco de impacto inicial, a banda aproveitou para encaixar "Melhor Plantar o Bem", um reggae ainda não gravado oficialmente, mas já bastante trabalhado, facilmente lançável como single. Preferiram, entretanto, tratar a canção como um pequeno souvenir, exclusivo a quem teve a oportunidade de assistir ao show, ao vivo (De qualquer forma, merece uma versão de estúdio o mais rápido possível!)

Fizeram parte do repertório, ainda, a catártica "Send U Back", "O dia que não terminou" (sempre com presença marcante do guitar man Renato Rocha), "O Inferno São os Outros", a empolgante balada eletro-acústica "Só Nós Dois", "Quem É Você?", "Tô Aprendendo A Viver Sem Você", "Olhos Certos" e "Só Por Hoje". Menção especialíssima a "O Retorno de Saturno" (a qual, ao lado de "O Alienista", do último álbum, considero a obra-prima do repertório deles), levada só na voz e violão pelo frontman.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Outra característica muito boa da banda é a sessão de covers. No setlist da noite, teve "Tempo Perdido" (sempre um hino dos e aos legionários!) e "Tudo o que Ela Gosta de Escutar" do Charlie Brown Jr; a porrada do "Killing In The Name" (do Rage Against The Machine) e uma versão nervosa de "Highway To Hell", com o Phill nos vocais. Eu não sabia que o moleque cantava tanto! Excepcional.

O encerramento foi com "Outro Lugar", o xodó da turma. O repertório foi bastante parecido com o apresentado no João Rock Festival de Ribeirão Preto, e no Kazebre Rock Bar, em São Paulo, algumas semanas antes. E eu saí de lá devidamente exorcizado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Tendo assistido a uma performance fantástica, segura e convincente, fico me perguntando como e por quê ainda existe certa resistência da mídia e, muitas vezes, de parte do público em reconhecer o Detonautas como uma das grandes bandas brasileiras em atividade. Todos os elementos estão lá! É triste perceber que o público do rock nacional sobrevive embriagando-se de pérolas do passado para aguentar a pobreza do presente, enquanto bandas tão boas quanto esses caras matam um leão por dia para proporcionar uma apresentação fantástica como a que eu vi.

São quase 18 anos de estrada, muitas apresentações memoráveis (Rock In Rio, Planeta Atlântida, João Rock, Japão, um acústico, etc), álbuns cada vez mais sólidos (PsicodeliaAmorSexo&Distorção é excelente, do início ao fim!) e uma carreira construída ao reverso do que a indústria do entretenimento prega (do primeiro encontro em chats de internet, foram parar na Globo, vindo a ser, hoje, um dos raros casos de banda absolutamente independente e com presença constante na mídia de alto alcance).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeAdemir Barbosa Silva | Alexandre Faria Abelleira | Andre Facchini Medeiros | André Silva Eleutério | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Daniel Rodrigo Landmann | Décio Demonti Rosa | Efrem Maranhao Filho | Euber Fagherazzi | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Filipe Matzembacher | Gabriel Fenili | Henrique Haag Ribacki | José Patrick de Souza | Julian H. D. Rodrigues | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Reginaldo Tozatti | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Vinicius Valter de Lemos | Wendel F. da Silva |

Dentre outras, uma conclusão que chego é que, talvez, a primeira impressão deixada pelo Detonautas no público brasileiro não tenha sido a ideal. Ou já tenha se esgotado há muito tempo – lá atrás, na época do Tribalistas e CPM22. Muito mais amadurecidos atualmente, provavelmente se fizessem como os Beatles ou Foo Fighters, inventassem um nome psicodélico e saíssem tocando anonimamente por repúblicas estudantis e pubs selecionados país afora, estourariam de novo. Dessa vez, como a salvação do rock nacional. Enquanto isso, sorte de quem souber aproveitar!

Saravá!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Tico Santa Cruz: "O rock ficou muito bem comportado"

Tico Santa Cruz: sua opinião sobre Cid Gomes e os achacadores


publicidadeAdemir Barbosa Silva | Alexandre Faria Abelleira | Andre Facchini Medeiros | André Silva Eleutério | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Daniel Rodrigo Landmann | Décio Demonti Rosa | Efrem Maranhao Filho | Euber Fagherazzi | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Filipe Matzembacher | Gabriel Fenili | Henrique Haag Ribacki | José Patrick de Souza | Julian H. D. Rodrigues | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Reginaldo Tozatti | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Vinicius Valter de Lemos | Wendel F. da Silva |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal