O Big 4 do rock progressivo, de acordo com Ian Anderson, do Jethro Tull
Por Bruce William
Postado em 19 de julho de 2025
Na visão de Ian Anderson, o rótulo "rock progressivo" é mais amplo do que muita gente costuma pensar. Em entrevista ao Vintage Rock onde fala sobre a então nova geração do prog, o líder do Jethro Tull reconheceu que existem boas bandas na cena, mas que, quando o assunto é a história do gênero, há quatro nomes que realmente definiram a essência do estilo.
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"O grande arquétipo do prog rock começou mesmo com o Pink Floyd lá em 1967, com 'The Piper at the Gates of Dawn'", afirmou. Mas, segundo ele, quando se fala da cena clássica, quatro grupos se destacam: King Crimson, Genesis, Emerson, Lake & Palmer e Yes. "Esses são os que realmente marcaram aquele momento histórico dos anos 70."
Sobre o Genesis, Anderson reconheceu o talento do grupo, embora nunca tenha sido fã. "Nunca fui fã do Genesis, mas a musicalidade deles é impressionante." Elogio que se estendeu também ao King Crimson, especialmente pela força de "21st Century Schizoid Man": "Foi uma daquelas coisas que explodiram no palco do Marquee Club… É uma grande faixa até hoje."

Em relação ao Emerson, Lake & Palmer, Ian comentou: "Eu, pessoalmente, considero o mundo um lugar melhor por ter ELP e Yes, porque a música deles era bem elevada. Eram grandes músicas e um jeito inovador de tocar. Mas, claro, muita gente achava meio excessivo. Alguns viam aquilo como exibicionismo musical."
Do Yes, Anderson destacou as performances de Steve Howe. Ele lembrou da época em que as duas bandas saíram em turnê juntas e disse que os solos do guitarrista pareciam "coleções de trechos que ele juntou ao longo dos anos". E completou: "Era meio que para aparecer. Todos nós tivemos um pouco disso... Mas também temos nossos momentos de cabeça baixa e testa franzida, tocando algo realmente difícil."

Apesar de reconhecer o valor dessas bandas, Ian Anderson explicou que o Jethro Tull nunca se prendeu ao formato mais rígido do prog clássico, embora, segundo ele, a banda até pudesse ser associada ao gênero, "mas só se você usar esse termo ‘rock progressivo’ num sentido bem amplo e geral". Para Anderson, o Tull sempre preferiu manter um estilo mais livre e improvisado, justamente para não cair no risco de se tornar previsível ou exageradamente refinado.

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