Iron Maiden - A era Blaze Bayley e o peso de "The X Factor"
Resenha - X Factor - Iron Maiden
Por Michel Sales
Postado em 20 de julho de 2025
"The X Factor" (1995), é o décimo álbum de estúdio da banda britânica Iron Maiden. Ele marcou a saída temporária de Bruce Dickinson (vocalista clássico) e a entrada de Blaze Bayley (ex-Wolfsbane) como novo vocalista.
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A bolachinha controversa na discografia do grupo caracterizou um clima mais "dark" para a banda, tanto na sonoridade quanto na estética, refletindo um período difícil na vida de Steve Harris, que estava passando por problemas pessoais.

E sendo menos acelerado do que os álbuns clássicos da década de 1980, The X Factor trouxe músicas mais longas, climáticas e cheias de variações, se aproximando de uma pegada progressiva e pesada.

A capa icônica do disco foi criada por Hugh Syme (em vez do artista tradicional Derek Riggs), mostrando a mascote Eddie em uma cena grotesca de vivissecção, reforçando a atmosfera sombria do álbum que contou com com 11 músicas, incluindo:
"Sign of the Cross" – Uma épica de 11 minutos, considerada por muitos como a melhor música da era Blaze Bayley. "Lord of the Flies" – Inspirada no livro homônimo de William Golding. "Man on the Edge" – Baseada no filme Um Dia de Fúria (Falling Down), "The Edge of Darkness" – Inspirada no filme Apocalypse Now. "Fortunes of War" e "The Aftermath" – Canções que refletem sobre as consequências da guerra.

Todavia, alguns fãs criticaram a mudança de vocalista e o tom mais lento, enquanto outros consideram o álbum subestimado, com ótimas composições. Mas hoje, o álbum é visto como uma fase experimental e corajosa da banda, com composições densas e letras profundas.
Já a turnê de "The X Factour" trouxe um setlist evidentemente mais sombrio, mas Blaze enfrentou críticas por dificuldades em cantar músicas da era Dickinson devido ao alcance vocal diferente.
FAIXA A FAIXA
1. Sign of the Cross - A letra remete à Inquisição e ao fanatismo religioso, abordando o sofrimento humano causado por falsas interpretações da fé. É uma música épica (11 minutos) que explora o conflito entre fé e medo, com imagens de penitência e julgamento divino.

2. Lord of the Flies - Inspirada no livro "O Senhor das Moscas" (William Golding), fala sobre a brutalidade que surge quando a civilização entra em colapso, mostrando o lado selvagem do ser humano.
3. Man on the Edge - Baseada no filme "Um Dia de Fúria" (Falling Down), com Michael Douglas, a letra narra a explosão de um homem comum que não aguenta mais a pressão da vida moderna.
4. Fortunes of War - Reflete sobre a destruição e o sofrimento causados pela guerra, tanto para os soldados quanto para os civis, mostrando que "vitórias" sempre vêm acompanhadas de perdas.
5. Look for the Truth - Uma reflexão sobre descobrir a verdade interior, superando dores, ilusões e dificuldades. É uma música lenta, quase introspectiva.

6. The Aftermath - Complementa "Fortunes of War", mostrando o que acontece depois de um conflito: destruição psicológica e o vazio deixado pelos horrores vividos.
7. Judgment of Heaven - Questiona se Deus ou forças superiores estão nos testando ou nos punindo, refletindo sobre a fé em meio ao sofrimento humano.
8. Blood on the World’s Hands - Fala sobre as consequências das ações humanas, como guerras e destruição, colocando "o sangue nas mãos do mundo" – ou seja, a culpa é coletiva.
9. The Edge of Darkness - Inspirada no filme "Apocalypse Now", mostra o desespero e a insanidade de soldados em conflito, com foco no colapso psicológico.
10. 2 A.M. - Uma das músicas mais melancólicas da banda, fala sobre noites de insônia, crises existenciais e a sensação de estar perdido na vida.

11. The Unbeliever - Explora a dúvida em relação à fé e ao propósito da vida, sugerindo que a busca espiritual é pessoal e muitas vezes cheia de incertezas.
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