RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

As três melhores músicas dos anos 1970, segundo Roger Daltrey do The Who

Site americano aponta três vocalistas acusados de copiar Robert Plant do Led Zeppelin

Por que Slash não conseguiu se conectar tanto com Michael Jackson, segundo o próprio

A cantora que Sammy Hagar admite ser melhor que Van Halen: "Uma das maiores"

Como foi escolher substituto de Chester Bennington do Linkin Park, segundo Mike Shinoda

A importância de "Thriller" do Michael Jackson para cantor do Grave Digger

Por que Tony Iommi ficou "muito chateado" com "Seventh Star", segundo Glenn Hughes

A canção onde o Foo Fighters "surrupiou" um trecho de clássico do Rush

O clássico que Engenheiros do Hawaii gravou errado e ouviu do produtor: "Estamos F*!"

Vince Neil revela que sofreu um AVC em 2024, e precisou reaprender a andar; "95% recuperado"

Sharon Osbourne se pronuncia e agradece apoio dos fãs de Ozzy Osbourne

Fabio Lione detona Joey DeMaio: "Fui constrangido a assinar o contrato no Rhapsody"

Cantor do Grave Digger se faz de desentendido e diz que banda não vai acabar

A banda que Jimi Hendrix disse que ninguém poderia criticar; "Eles são demais"

Megadeth posta fotos de suas formações e quase estoura limite do Instagram


Stamp

Entre o eletrônico e o acústico, brinca a MPB!

Postado em 08 de maio de 2004

Desculpem-me os fãs de musica tecno, eletrônica, etc, etc, mas acontece que ao mesmo tempo em que sinto uma imensa necessidade de ouvir trabalhos novos, arejados e inéditos (como se isso fosse plenamente possível), também me incomodam alguns recursos tecnológicos modernos como samplers, pro-tools, guitarras sintetizadas e tudo o mais que signifique uma distância maior entre o músico de carne e osso e os instrumentos que o mesmo utiliza.

Essas premissas fizeram-me adotar um preconceito muito forte em relação à esses gêneros, o que naturalmente me faz torcer o nariz para essa corrente evolutiva da música em geral que, afinal, faz parte da história da cultura ocidental assim como a Internet e o forno microondas. Além do mais, fazer música nova no âmbito da música popular é impossível, como já opinei nesta coluna anteriormente, mas assim mesmo é sempre saudável ouvir as propostas e idéias recicladas de músicos jovens e desbravadores, sejam eles adeptos de uma formação instrumental rústica (e acústica, para fazer trocadilho) ou eletrônica. O mais notável é captar o artista no afã de experimentar, ousar e arriscar, e tais características geralmente se imprimem naqueles que circulam nos selos independentes, e que escapam, felizmente, do "controle de qualidade" (sic) das grandes gravadoras e dos egos inflamados dos próprios músicos, conseqüência de um súbito sucesso e exposição intensos na mídia. Esses dois sentimentos –surpresa por romper um preconceito e satisfação pelo novo-, pegaram-me de cheio quando ouvi o mais recente CD do grupo paulistano de música eletrônica Bojo e da maravilhosa Maria Alcina, "Agora" (Outros Discos, 2004). Se você é daqueles que odeiam qualquer artista que nunca fora rotulado como "roqueiro" e sempre pareceu limitar-se à um só gênero (no caso, MPB de salão ou música carnavalesca), pode mudar de opinião; Maria Alcina não é só aquela cantora de voz grave e trejeitos "a lá Carmem Miranda" que invadiu os palcos de festivais e programas de TV nos anos 70 com a canção "Fio maravilha". É na verdade uma grande artista e uma cantora despojada de preconceitos, cuja voz transcende qualquer limitação, adaptando-se brilhantemente a qualquer estilo de música. O Bojo, por sua vez, está na estrada há 6 anos e partiu dos princípios da música eletrônica sem limitar, no entanto, suas possibilidades criativas apenas nesta esfera. No ponto onde a monotonia e a frieza eletro podem deixar o ouvinte num mundo pintado com cores metálicas, maquinais e repetitivas, o grupo -formado por Maurício Bussab (teclados e voz), DJ Fe Pinatti (efeitos), Kuki Stolarski (bateria) e Du Moreira (baixo)- imprime diversidade e criatividade, jogando aqui e ali com fórmulas melódicas delicadas e um instrumental dividido entre o acústico e o eletrônico ("Nervokalm") e MPB setentista forrada com ritmo quase hipnótico ("Sangue Latino", dos secos & Molhados) e na inspiradíssima "Kataflan", além de outros excelentes momentos. Há, na entonação de Alcina e nas letras do grupo uma ironia fina que jamais beira o exagero ou um deboche agressivo; em algumas faixas o rumo parece ausentar-se um pouco e as batidas tecno persistem, mas nada que comprometa o resultado final, revelador de uma musicalidade exuberante com conseqüências benéficas ao vasto horizonte desenhado entre o primitivo e o moderno no terreno do pop nacional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Bem, outro dia um amigo que se dedica a garimpar o mercado de discos independentes me emprestou um CD de uma certa Alda Rezende, uma cantora mineira de voz quente e encorpada como a de Maria Alcina, que lançou, no já longínquo ano de 2001, o álbum "Samba Solto", com apoio da empresa de telefonia de Minas e da prefeitura de Belo Horizonte. O título já diz tudo, ou seja, Alda transita no terreno mais familiar da MPB criada a partir do Clube de Esquina, sem esconder um timbre vocal e um estilo em alguns momentos parecidos com os de Zélia Duncan e Nana Caymmi. A moça tem um vozeirão quentíssimo, de arrepiar! O que me deixou interessado, além deste precioso detalhe, foi o rigor dos desenhos melódicos das canções, coisas fortíssimas como "Movediça" (de Kristoff Silva e Renato negrão) e "O Cego" (Cristiano Vianna e pedro Portella), sem falar das composições emprestadas por John, do Pato Fú ("Ínsistência" e "a Faca"), e a inevitável versão de uma faixa de Milton Nascimento ("Pai Grande"). Os arranjos e execuções instrumentais privilegiam a sonoridade acústica, suave, cheia de sons da natureza, arranjos de cellos, tablas e instrumentos exóticos como ‘unhas de lhama’, sem transformar o resultado em algo linear e monótono como uma produção que simplesmente reproduz texturas sonoras padronizadas, pois cada canção tem sua própria roupagem e clima. Em um ou outro trecho de música, há um solo sombrio e denso de cello ou violino que quebra a doçura do clima, trazendo uma súbita e interessante tensão ao resultado final. Em "Samba do Desenredo", vibrafone e marimba de vidro contrastam lindamente com a voz rouca de Alda e com o ritmo de samba levado pelo surdo e pelo tamborim. Enfim, um fino produto de MPB com arranjos fortes e músicos competentes como o mesmo Kristoff Silva (violões), Décio Ramos (percussões), Daniela Rennó (vibrafone) e a cantora paulistana Ná Ozetti, entre outros. resta conferir se Alda já lançou outros discos e se continuou nesta trilha que se mostrou promissora com "Samba Solto".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


70000TonsOfMetal


publicidadeRogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS