Tudo no Shuffle: 5 álbuns novos para conhecer
Por Guilherme Cardoso
Fonte: Tudo no Shuffle
Postado em 19 de setembro de 2018
Selecionamos 5 bons álbuns de vários gêneros lançados nos últimos meses.
Confira todas as listas feitas em:
https://tudonoshuffle.blogspot.com.br/
No spotify, temos uma playlist com todas as bandas citadas e outras mais que lançaram bons álbuns em 2018:
Banda: Alkaline Trio
Álbum: Is This Thing Cursed?
Lançamento: 31 de Agosto
Gênero: Punk Rock/Pop Punk
Para fãs de: Green Day, Samiam
5 anos separam "Is This Thing Cursed?" de seu antecessor. Nesse meio tempo, Matt Skiba, um dos vocalistas do Alkaline Trio, assumiu os vocais do Blink-182 após a saída de Tom DeLonge. Mas é com sua banda principal, ao lado do outro vocalista Dan Andriano, que ele se sente mais a vontade. Nela, as músicas tem um clima mais sombrio e gótico, principalmente nas letras, mas as melodias e refrões mantém a acessibilidade do pop punk, ainda que fiquem bem distante do nível pop do Blink-182 (ainda bem). Verdade que a banda não tem mais a mesma intensidade e velocidade punk de seus primeiros anos de carreira mas, agora com mais de 20 anos de existência, o Alkaline Trio mostra maturidade tanto lírica quanto musical em "Is This Thing Curse?".
Banda: Bird Streets
Álbum: Bird Streets
Lançamento: 10 de Agosto
Gênero: Power Pop/Alternative Rock
Para fãs de: The Beatles, The Connels, Fastball
Bird Streets é um projeto de John Brodeur e Jason Falkner. Os dois participaram do processo de composição e gravação mas é John Brodeur quem canta todas as músicas. Com 11 faixas totalizando 45 minutos, o álbum é uma coleção de músicas simples e agradáveis, recheadas de melodias beatlenianas misturadas com rock alternativo ao estilo Teenage Fanclub. A produção do álbum ajuda a capturar o clima amigável e ameno dos vocais e dos solos de guitarra. Os grandes destaques de "Bird Streets" são a dobradinha "Betting on the Sun" e "Direction", com estilos diferentes de refrões mas igualmente grudentos, e a faixa de encerramento "Until the Crown", com um pegada de rock anos 90 e um tom introspectivo nas letras.
Banda: Massive Wagons
Álbum: Full Nelson
Lançamento: 10 de Agosto
Gênero: Hard Rock/Rock'n'Roll
Para fãs de: Airbourne, Black Stone Cherry, UFO
Massive Wagons é uma banda inglesa formada em 2009 com quatro álbuns lançados. "Full Nelson" é o mais recente deles e o melhor até aqui da banda. É rock'n'roll/hard rock feito da forma mais simples e direta: ótimos vocais, músicas altamente melódicas e animadas com grandes refrões e guitarras com timbres impecáveis. Para manter a tradição dos álbuns do estilo, há também a típica balada ("Northern Boy") com partes acústicas, solos e vocais emotivos. "Ratio" e "Tokyo", que já haviam sido lançadas em trabalhos anteriores da banda, finalizam o álbum com dois senhores refrões difíceis de não cantar.
Banda: Rain Devil
Álbum: The Joyful Apocalypse
Lançamento: 16 de Abril
Gênero: Stoner Metal/Grunge
Para fãs de: Black Pyramid, High on Fire, Soundgarden
Rain Devil é uma banda norte-americana do estado de Washington. Em seu primeiro álbum, o grupo faz um stoner metal que agradará a fãs de bandas como High on Fire, Wo Fat e Black Pyramid. O curioso é que a banda, no seu facebook, cita como principais influências só bandas de grunge (Soundgarden, Pearl Jam, Mother Love Bone, Temple of the Dog, Mudhoney, Green River e Mad Season). Mas é difícil pensar em grunge após ouvir durante quase 35 minutos riffs pesadíssimos de guitarras cheias de distorção típicas do stoner. Ainda assim, por vezes, os riffs trazem um pouco de Soundgarden à mente (justamente a banda grunge menos grunge e mais stoner). O momento do álbum em que percebe-se de forma mais clara a influência do grunge (principalmente de Alice in Chains) é na calma última música "My Own Hell".
Banda: System of Hate
Álbum: There Is No Madness Here
Lançamento: 17 de Agosto
Gênero: Post Punk/Industrial
Para fãs de: Killing Joke, Ministry, New Model Army
Para finalizar a lista, vem o segundo álbum do "System of Hate", banda formada em 2012 mas que conta com veteranos (ou tiozões) em sua formação. O site jurássico da banda denuncia ainda mais a idade dos integrantes da banda. Mas, idades à parte, o grupo mostra muita vitalidade para fazer um álbum intenso, pesado e sombrio mas ao mesmo tempo dançante. Para isso, o System of Hate mistura post punk, industrial e gothic rock. As linhas de baixo pulsante e a bateria feroz ditam o ritmo dançante das músicas, os teclados dão o clima sombrio e gótico enquanto as guitarras assumem um papel até secundário mas são importantes para dar um pouco de melodia em meio ao caos criado pelo ritmo marchante de baixo/bateria. Por fim, os vocais são, na maior parte do tempo, em tom agressivo. Em geral, os refrões baseiam-se na filosofia "menos é mais" se limitando a apenas cantar o título das músicas, o que funciona surpreendentemente bem dando força aos mesmos. O álbum inteiro é digno de uma audição cuidadosa mas os destaques são "We Who Walk With God", em que a bateria se destaca ainda mais e "III Are the Cursed", a música mais dançante e acessível do álbum (tanto que nela os vocais deixam de lado o tom agressivo).
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps