A opinião de Renato Russo sobre o sucesso dos Mamonas Assassinas
Por Gustavo Maiato
Postado em 08 de janeiro de 2024
Legião Urbana e Mamonas Assassinas não apenas dividiram a mesma gravadora – a poderosa EMI – como também se viram com enorme sucesso em meados dos anos 1990. No dia 2 de março de 1996, o avião dos Mamonas caiu em São Paulo, matando todos a bordo.
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No livro "Renato Russo – O Trovador Solitário", Arthur Dapieve explica como a morte dos Mamonas impactou o vocalista da Legião Urbana, que via neles um sopro de vitalidade que já lhe faltava devido ao avanço da AIDS.
"Renato ficou comovido, pois admirava naqueles cinco garotos de Guarulhos uma energia vital que já lhe escapava. Mandou publicar nos jornais um anúncio no qual se despedia dos colegas de gravadora: 'Adeus, Mamonas, um abraço sincero da Legião'. Era mais um dos seus gestos de generosidade, como doações a instituições de caridade e a grupos de auto-ajuda. 'Os mamonas não eram inseguros como nós, não eram melancólicos. Eram cheios de vida, queriam fazer bagunça mesmo. E aconteceu o sucesso. Depois pensei muito sobre isso', disse Renato".
Legião Urbana e Mamonas Assassinas
A melancólica canção "Clarisse" da Legião Urbana, saiu n o álbum "Uma Outra Estação", lançado após o falecimento de Renato Russo. Em um vídeo disponível em seu canal no YouTube, Júlio Ettore detalhou os motivos que levaram a banda a vetar essa peça musical do álbum "A Tempestade", o último lançado enquanto o vocalista ainda estava vivo.
Russo expressou que o país enfrentava um período difícil, e lançar uma música tão visceral poderia intensificar certas emoções em um momento já delicado. Russo considerava a letra demasiadamente explícita para ser compartilhada com os fãs, temendo que, assim como as letras explícitas dos Mamonas Assassinas, pudesse estimular a depressão e o suicídio entre os adolescentes.
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