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Carlinhos Brown: ele diz que provocou garrafadas no Rock in Rio 2001 e explica razão

Por Igor Miranda
Postado em 15 de janeiro de 2021

A terceira edição do Rock in Rio, realizada em janeiro de 2001, contou com um dos momentos mais bizarros da história do festival: uma chuva de garrafadas em direção a Carlinhos Brown, que estava abrindo um dia de shows cujos headliners eram Guns N' Roses, Oasis e Papa Roach.

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Há quem culpe a intolerância dos fãs de rock, que hostilizaram o cantor por fazer seu típico show de axé e música brasileira. O próprio Carlinhos Brown dizia, em cima do palco, que o público estava agindo de forma desrespeitosa - e declarava que as garrafas atiradas em sua direção não iriam atingí-lo de verdade.

Veja, a seguir, o vídeo em que o músico é hostilizado no festival.

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Entretanto, anos depois, Brown reconheceu que teve a sua parcela de culpa por aquela situação e explicou seus motivos. Em entrevista ao programa "Pânico", da rádio Jovem Pan, em fevereiro de 2020, ele disse que a demonstração de repúdio dos fãs de Guns N' Roses e Oasis foi "necessária", pois ele agiu como "um provocador".

"No caso do Rock in Rio, aquilo era necessário, porque eu também provoquei aquilo. Eu sou um provocador. Eu precisava provocar aquilo", declarou, na ocasião.

Em seguida, Brown refletiu sobre o seu senso de provocação: "Quando eu cantava 'segue o seco sem sacar que o caminho é seco, sem sacar que o espinho é seco, sem sacar que o seco é o ser sol' (da música 'Segue o Seco'), eu falava da desertificação. De um país que chove, como choveu em São Paulo, e todo mundo fica: 'São Paulo está inundado'. Opa! Pior do que isso é não carrear essa água que nos oferecem. Nós precisamos de um movimento de carreamento para aproveitamento de água. Isso é muito difícil. Eu carreguei água na cabeça a vida inteira para ajudar meu pai e minha mãe".

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O artista completou: "O que o rock fala é sobre atitude. Eu estava no Rock in Rio no lugar certo. Sim: com minhas deficiências... peguei uma roupa para imitar o Guanabara, porque eu queria parecer com ele, que tinha uma saia daquele jeito e um cocar. Foi ótimo que tenha sido um choque cultural".

Carlinhos Brown apontou que os fãs de rock no festival fizeram com que ele se tornasse "conhecido no mundo inteiro", devido à reação hostil naquele dia. "Só que o roqueiro não esperava que anos depois*, esse movimento me traria para o Sepultura e nós faríamos um crossover para o heavy metal, no disco 'Roots'", declarou.

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* Nota do redator: embora realmente tenha tocado no álbum "Roots", mais especificamente na música "Ratamahatta", colaborando com vocais, berimbau, timbau, wood drums, djembê, xequerê e surdo, Carlinhos Brown se confundiu ao dizer que a reação no Rock in Rio 2001 o traria "anos depois" para o Sepultura. O disco "Roots", que traz "Ratamahatta", foi lançado em 1996 - ou seja, cinco antes do show no festival.

Por fim, na visão de Brown, o show no Rock in Rio e a participação com o Sepultura mostraram que ninguém deve se prender a um estilo musical. "Esse não é um país de um estilo, mas de diversidade e compreensão. Eu dizia naquele momento (no Rock in Rio) que eu jogo amor, não jogo latas nas pessoas. Aquilo condizia com o discurso do Roberto Medina (criador do Rock in Rio): um mundo melhor. E isso às vezes precisa ser mostrado de forma diferente e até pela dor. Eu estava pronto para aquilo e pedi para que jogassem", afirmou.

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Assista, abaixo, ao trecho da entrevista em que Carlinhos Brown fala sobre as garrafadas no Rock in Rio 2001.

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Sobre Igor Miranda

Jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital pela Universidade Estácio de Sá. Começou a escrever sobre música em 2007 e, algum tempo depois, foi cofundador do site Van do Halen. Colabora com o Whiplash.Net desde 2010. Atualmente, é editor-chefe da Petaxxon Comunicação, que gerencia o portal Cifras, Ei Nerd e outros. Mantém um site próprio 100% dedicado à música. Nas redes: @igormirandasite no Twitter, Instagram e Facebook.
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