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Rock in Rio 2001: 20 curiosidades sobre a 3ª edição do festival

Por Windson Alves
Postado em 08 de agosto de 2018

A terceira edição do festival Rock in Rio foi realizada nos dias 12, 13, 14, 18, 19, 20 e 21 de Janeiro de 2001. É também o primeiro grande evento musical do século 21. Vejam aqui 20 curiosidades sobre o evento.

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1) Uma nova Cidade do Rock

O anúncio do Rock in Rio permitiu que uma nova Cidade do Rock fosse erguida no mesmo terreno onde aconteceu a primeira edição em 85, dessa vez sem Leonel Brizola para atrapalhar. No primeiro Rock in Rio o político gaúcho era governador do estado do Rio e tinha atritos com a família Medina e mandou demolir a Cidade do Rock e impediu a sua reconstrução em 91. O evento veio também com o lema "por um mundo melhor", fazendo o Roberto Medina entrar na era beneficente. A nova Cidade do Rock apresentou novidades como tendas alternativas com o intuito de aquecer o público para as atrações mais aguardadas no agora chamado Palco Mundo. Teve a Tenda Eletro (música de boate), Tenda Por Um Mundo Melhor (onde o público debatia com personalidades sobre ideias do lema do evento), Tenda Raízes (artistas musicais estrangeiros de médio porte) e Tenda Brasil (artistas musicais brasileiros). O setor dos camarins era no pavilhão de exposições Riocentro, ao contrario da primeira edição, que ficavam atrás do palco.

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2) Festival na internet

O principal patrocinador do Rock in Rio foi o provedor americano de internet American Online. Na época era padrão o globo azul do festival dividir espaço com o logo do provedor, que é um triangulo e dois arcos, que cercam um círculo. Para esse festival o triangulo virou verde e os arcos viraram amarelos. O globo do festival já dividiu espaço com outra logomarca de uma multinacional, que foram com as listras da Coca-Cola no Rock in Rio 2 em 1991. Essa foi a primeira edição do Rock in Rio a ser transmitida ao vivo pela internet, que na época ainda era muito restrita para os brasileiros e estantes da America Online foram erguidas em cada canto do Palco Mundo. Os shows viraram inúmeros bootlegs graças ao Napster. No mesmo ano de 2001 a America Online uniu forças com a poderosa Time Warner.

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3) Rádio e televisão

Essa edição teve um momento histórico logo no primeiro dia de show em 12 de Janeiro. Após a Orquestra Sinfônica Brasileira abrir os trabalhos no Palco Mundo, uma menina de 4 anos chamada Holly May deu três badaladas em um sino para anunciar três minutos de silencio, onde estações de rádio e TV no Brasil saíram do ar onde se lia uma mensagem (no rádio em áudio e na TV em vídeo) sobre uma reflexão do que poderia resultar em um mundo melhor. As rádios FM que cobriram o Rock in Rio 3 foram a Jovem Pan e a Rádio Cidade, essa última na época tinha uma parceria com a 89 FM de São Paulo. As câmeras de TV que geraram as imagens do festival foram da DirecTV, que transmitiu o evento na integra, inclusive os shows na Tenda Brasil. O canal Multishow só transmitiu as apresentações do Palco Mundo. Velha conhecida do Rock in Rio, a TV Globo só fazia um resumo de cada noite com um programa de 1 hora de duração apresentado por Marcio Garcia e era exibido no inicio da madrugada. Ela só transmitiu dois shows na integra, do Guns N’ Roses e do Iron Maiden.

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4) Comes e bebes

Na Cidade do Rock não tinha McDonald’s e nem Bob’s. A única cadeia alimentícia de renome presente no festival foi a rede de pizzarias Mister Pizza, que vendia também um copo de 1000 ml, também chamado de copão. Esse copão foi um item muito exibido pelo público nos shows do festival. O copão foi criado pelo Bob’s em 1990 e também foi item do público no Rock in Rio 2 em 1991, fora que foi mania no Brasil na década de 90. A Coca-Cola perdeu o seu espaço no logo do Rock in Rio, mas foi o refrigerante oficial do festival. A cerveja oficial do evento foi a Schincariol (hoje chamada de Nova Schin), que vendeu também garrafinhas plásticas de água e distribuiu lenços com a inscrição "ROCK SchINcaRIOl". O trailer das bebidas tinha no teto uma bola vermelha da Coca-Cola, enquanto que o da comida tinha uma bola azul (Mister Pizza tinha o seu próprio no mini-shopping) e nesse vendia o biscoito Club Social, sanduiche de presunto e lasanha (só para citar alguns).

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5) Noite teen

Após o anuncio do Rock in Rio 3, Roberto Medina agora tinha em sua parceria de trabalho a filha Roberta. As primeiras atrações confirmadas foram representantes da música pop na virada do século como a cantora Britney Spears e as boy-bands Five e N’Sync. O anúncio causou polemica dentro do público carro-chefe, no caso os roqueiros e não é de hoje que existem reclamações em cima do Rock in Rio, que já recebeu artistas fora do rock nas duas primeiras edições em 85 e 91. As três atrações tocaram no dia 18 de Janeiro junto da dupla Sandy & Junior, do cantor Aaron Carter e de Moraes Moreira acompanhado do trio elétrico. Data essa conhecida na época como "noite teen", cuja a ultima palavra inglesa significa jovem (como se não tivesse jovens o bastante nas datas roqueiras).

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6) Boicote das seis bandas nacionais

Faltando três meses para o festival começar, seis grupos que representavam o rock e o pop brasileiros dos anos 90 já confirmados pro evento decidiram mudar de ideia. Tudo começou quando O Rappa recusou se apresentar em plena tarde no Palco Mundo na ultima noite do festival, que seria encerrada pelo Red Hot Chili Peppers. O quinteto carioca resolveu sair do Rock in Rio e ganhou o apoio dos conterrâneos Cidade Negra, do brasiliense Raimundos, do paulista Charlie Brown Jr. e dos mineiros Skank e Jota Quest. Da turma que representou essa geração só estiveram presente no festival a cantora Cássia Eller e os grupos Pato Fu e Pavilhão 9, embora pudesse ter chamado o Planet Hemp também. O boicote das seis bandas acabou sendo benéfica para os veteranos Sepultura e Capital Inicial, que a principio estavam fora do Rock in Rio 3. Ironicamente o mesmo grupo O Rappa se apresentou na primeira edição do festival Lollapalooza Brasil em 2012 em plena luz do dia. Acabou que o Rock in Rio 3 deu o melhor tratamento as atrações brasileiras, queimando a língua dos sexteto desertor.

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7) Ausências gringas

Por incrível que pareça teve artistas internacionais que foram convidados, mas não tocaram no Rock in Rio 3. Um deles era o guitarrista mexicano Santana, que já havia tocado no festival em 1991. Ele estava em alta por conta do disco Supernatural, mas o musico pediu um cachê muito alto para as finanças do festival. Roberto Medina tentou chamar o Rush, mas o power-trio canadense tava parado realizando os seus projetos paralelos. Mark Knopfler, The Who e Pink Floyd foram outras atrações sondadas, mas as negociações não foram adiante.

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8) Escalada do Rock

Roberto Medina promoveu um concurso chamado Escalada do Rock, para dar oportunidade as bandas de rock no mercado independente do Brasil. O seu vencedor ganharia a oportunidade de se apresentar no Palco Mundo. Esse concurso ocorreu na extinta boate Rock in Rio Café, que ficava atrás do Barra Shopping, zona oeste do Rio de Janeiro. Quem venceu a Escalada do Rock foi o grupo brasiliense Diesel, que abriu os trabalhos no Palco Mundo na última noite do festival. O Diesel depois mudou o seu nome para Udora, sem contar que a banda revelou o baterista Jean Dolabella, que depois tocaria no Sepultura. Os grupos que perderam o Escalada do Rock tiveram como prêmio de consolação se apresentarem na Tenda Brasil.

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9) Marketing legionário

É bem verdade que artistas participantes do Rock in Rio não resistiram e fizeram cover de alguém em suas apresentações. Mas nesse evento entre as atrações brasileiras do rock era quase que uma lei fazer um cover da Legião Urbana. É de conhecimento geral que o finado vocalista Renato Russo não queria o seu grupo em festivais que tivessem bandas gringas. O pontapé inicial desse marketing legionário foi dado no segundo dia do festival (dia 13) pela cantora Cássia Eller, que mandou no Palco Mundo a faixa Por Enquanto, que ela havia regravado em seu primeiro disco solo em 1990. Depois foi a vez do Barão Vermelho, que no mesmo palco mandou Quando o Sol Bater Na Janela do Teu Quarto, que o quinteto carioca regravou no disco Balada MTV (1999). No terceiro dia (dia 14) o Ira! tocou no Palco Mundo a canção Teorema, que eles haviam regravado no seu disco de covers Isso é Amor (1999). O marketing legionário foi encerrado na última noite do festival (dia 21), primeiro com o grupo mineiro Tianastacia, que tocou Faroeste Caboclo em sua apresentação na Tenda Brasil. No Palco Mundo os brasilienses do Capital Inicial tocaram Que País é Esse?. Alias o Capital Inicial e a Legião Urbana devem as suas existências ao grupo punk Aborto Elétrico.

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10) Ilustres desconhecidos

Por ter ajudado a popularizar o Faith No More através do Rock in Rio 2 em 91, Roberto Medina resolveu apostar em bandas desconhecidas do grande público. Trouxe para o festival dois expoentes do nu-metal, como os grupos americanos Papa Roach e Deftones, que não agradaram. Outro grupo desconhecido que esteve no Rock in Rio foi o também americano Queens of The Stone Age, que só ficou conhecido pela nudez de seu então baixista Nick Olivieri. Durante o show o musico foi xingado de "viado" pelo público, botou uma calça, mas após o seu termino ele foi preso por atentado ao pudor e em seguida liberado após revelar que se inspirou em fotos de pessoas nuas no carnaval brasileiro. Outro que não emplacou no Rock in Rio foi o cantor americano Beck, cujo repertório é adequado para festivais de médio porte tipo o hoje extinto Free Jazz Festival. Prova de que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar.

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11) Noite do metal

Sem dúvida nenhuma é a mais conhecida da data do Rock in Rio. Afinal de contas é a primeira a ganhar nome. Na noite do metal do Rock in Rio 3 foi em uma sexta-feira, no dia 19 de Janeiro e teve uma turnê sendo iniciada e uma outra terminando. A que estava iniciando era a de Nation, nome do oitavo disco do grupo mineiro Sepultura, que foi o nome nacional mais gritado pelo público da Cidade do Rock. A que estava terminando era o Brave New World, décimo-segundo disco do Iron Maiden, que foi o primeiro com três guitarristas e marcou a volta de Bruce Dickinson e Adrian Smith. Além do mais o sexteto inglês anunciou em entrevista para a revista brasileira Showbizz que iria gravar o show e transforma-lo em DVD, fora que já no Brasil a banda confirmou que o show viraria também disco ao vivo. Ambos foram lançados em Março de 2002 e levam o nome do festival carioca. Quem também tocou na mesma noite foi o inglês Rob Halford, que após dois projetos fora do metal, regressou ao gênero que o tornou conhecido sendo vocalista do Judas Priest ao lançar em 2000 o seu primeiro disco solo Resurrection. Claro que no show não faltou sucesso de seu antigo grupo como Breaking The Law, que encerrou sua apresentação. Assim como o Iron Maiden, Rob Halford lançou o show em CD e DVD ao vivo, sem contar que ele regressou ao Judas Priest em 2003. Quem também se apresentou nessa data foi o grupo pernambucano Sheik Tosado e os já mencionados Pavilhão 9 e Queens of The Stone Age.

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12) Recreio dos bandeirantes

Ignorados nas duas primeiras edições, os grupos paulistas Ira! e Ultraje a Rigor finalmente bateram ponto no Rock in Rio em uma apresentação conjunta. Ambos estavam na turnê de seus respectivos discos ao vivo, o Ira! com o recém-lançado MTV Ao Vivo e o Ultraje com o 18 Anos Sem Tirar (1999). O show conjunto foi aberto pelo Ira!, que começou com Gritos da Multidão com direito ao Nasi gritando "eu quero ver os gritos do Rock in Rio". O show deles também teve a participação de Fernanda Takai (do Pato Fu), que cantou com eles o cover de Telefone da Gang 90 e que o Ira! regravou no já citado Isso é Amor. Durante o show o Ira! chamou os membros do Ultraje a Rigor e juntos mandaram apenas Should I Stay or Should I Go, cover do The Clash. Logo após Roger e cia tomaram de assalto o Palco Mundo e recheou o repertório de sucessos dos anos 80. A única exceção foi à inédita Nada a Declarar, que ficou um espetáculo com o Ultraje deixando a plateia gritar o palavrão "cú" do refrão da faixa que abre o citado disco ao vivo. Fora que eles mandaram o cover de Paranoid do Black Sabbath. Depois de encerrar o show com Inútil e Nós Vamos Invadir Sua Praia, os integrantes do Ultraje se despediram do público mostrando as suas nádegas, inspirados no topless da Cássia Eller no dia anterior. Nove anos depois o show conjunto entre Ira! e Ultraje a Rigor realizado no dia 14 virou DVD e CD ao vivo.

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13) A primeira vez no Brasil

Essa edição do festival trouxe grandes ícones ao Brasil pela primeira vez. Na segunda noite no dia 13 tiveram presentes os grupos americanos Foo Fighters e R.E.M., esse último foi a atração principal da noite. Liderado por Dave Grohl, o Foo Fighters teve shows marcados no Brasil em Fevereiro de 2000 cancelado, após descobrirem que um deles seria exclusivo para clientes de uma companhia telefônica. Durante a apresentação do Rock in Rio o vocalista fez aniversário e ainda ganhou um abraço da cantora Cássia Eller (que tocou horas antes), fora que antes reviveu os tempos em que foi baterista do Nirvana onde fez duelo com Taylor Hawkins. O R.E.M. fez também uma apresentação de encher os olhos e até o seu vocalista Michael Stipe tomou caipirinha no Palco Mundo. O cantor e guitarrista canadense Neil Young também veio ao Brasil pela primeira vez. Ele iria tocar no Hollywood Rock em 92, mas cancelou após saber que o nome do evento era de uma marca de cigarro. Acompanhado da banda de apoio Crazy Horse, o cantor foi a atração principal da noite do dia 20, que antes teve Sheryl Crow, Dave Matthews Band, Kid Abelha, Engenheiros do Hawaii e os primos Elba & Zé Ramalho.

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14) Tenda Brasil

Um dos espaços alternativos no Rock in Rio, a Tenda Brasil teve apresentações elogiosas pelo público. Os trabalhos dela se abriram no primeiro dia com o grupo de rock gospel Oficina G3. Sucesso no Brasil na virada do século, os grupos Penélope, Los Hermanos e Tihuana agradaram tanto que muitos disseram que eles mereciam estar no Palco Mundo. Na noite do metal o grupo Rumbora teve o seu baterista Bacalhau (hoje no Ultraje a Rigor) mitando ao criticar Carlinhos Brown, que se referiu o público roqueiro de ignorantes e lembrou que no mesmo dia a Tenda recebeu o show elogioso dos guitarristas baianos Pepeu Gomes e Armandinho. O local também foi responsável por revelar os grupos como o carioca Autoramas e o mineiro Tianastacia. Tendo destaque nos anos 90, os grupos Virguloides e Nação Zumbi também se apresentaram na Tenda Brasil.

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15) Garrafadas

A organização cometeu uma enorme gafe ao escalar o cantor de axé Carlinhos Brown em uma das noites carro-chefe, o dia 14. Fizeram isso acreditando que o público roqueiro o enaltecia por ter ajudando o Sepultura na gravação de Roots e pela ponta que fez no filme Velocidade Máxima 2. O cantor mal subiu no Palco Mundo e foi recebido com vaias pela plateia. Quando tocou o seu maior sucesso solo "A Namorada", Carlinhos Brown foi para o corredor que dá acesso a torre de som do Palco Mundo e recebeu uma chuva de garrafinhas plásticas e desabafou "eu sou da paz, eu só jogo amor e não jogo nada em ninguém". Em seguida ele cantou a capela o hino nacional brasileiro segurando uma guitarra desplugada. Carlinhos Brown voltou ao corredor e gritou "podem jogar o que vocês quiserem, que eu sou da paz e nada de atinge" e em seguida centenas de garrafinhas voaram em sua direção, fora que soltou mais uma pérola "não adianta gostar de nada quando se é ignorante". A última da pérola dele foi "vocês que gostam de rock tem muito o que aprender na vida, dizer não para a violência... e agora o dedinho podem enfiar no traseiro". Essa saia justa foi culpa da organização do evento, mas o cantor quis carregar um pouco dessa culpa por que a todo momento ele queria esfregar o seu repertório na cara do público que o vaiava. Se os Medina escalasse o Carlinhos Brown na primeira noite, com certeza essa história teria um final feliz, mas o botou na mesma noite em que tocaram Pato Fu, Papa Roach, Oasis, Guns N’ Roses e os já citados Ira! e Ultraje a Rigor.

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16) Cássia Eller

2001 foi realmente o ano da cantora carioca. Seu show no festival era válido pela turnê do disco Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo, que foi produzido pelo titã Nando Reis. Na coletiva Cássia Eller declarou que o Rock in Rio é o seu Woodstock. No Palco Mundo ela fez uma apresentação impecável e teve a participação do grupo Nação Zumbi. Desbocada de carteirinha, ela mostrou os seios durante o cover de Come Together dos Beatles. Meses depois Cássia Eller lançou o DVD e CD Acústico MTV, que se tornou o disco que mais vendeu na sua carreira, cerca de 1 milhão de cópias. Amante inveterada do palco, a cantora não recusava shows e a turnê do Acústico deu a ela a maior carga de apresentações de sua carreira. Cássia só não esperava que esse excesso de shows lhe rendesse um ataque cardíaco que tirou a sua vida aos 39 anos no dia 29 de Dezembro de 2001. Ela foi sepultada no cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Sulapac, zona oeste do Rio de Janeiro. Em 2006 o show de Cássia Eller no Rock in Rio 3 foi lançado no mercado em formato CD e DVD.

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17) Caim e Abel na Cidade do Rock

Considerada a maior banda de rock inglesa dos anos 90, o Oasis fez o seu primeiro show no século 21 no Rock in Rio 3. O grupo liderado pelos irmãos Liam (voz) e Noel Gallagher (guitarra e voz) já estiveram no Brasil antes em Março de 1998 e nele, além dos irmãos, restou o baterista Alan White. Há dois meses de tocar no festival o grupo de Manchester lançou o seu primeiro DVD e CD ao vivo Familiar To Millions, que foi gravado na antiga estrutura do Estádio de Wembley, na capital britânica Londres e marcou a estréia de dois novos integrantes Gem Archer (guitarra) e Andy Bell (baixo), substitutos de Paul Arthurs e Paul McGuigan respectivamente. Os irmãos Gallagher aprontaram, primeiro com o Liam, que assediou sexualmente uma aeromoça da British Airways. Na coletiva era de praxe a imprensa brasileira sempre perguntar pros artistas o que era um mundo melhor e quando a pergunta veio para o Oasis, o seu líder Noel Gallagher respondeu "um ar mais puro e nada de armas... e rosas". Acostumados a fecharem a noite de vários festivais naquela época, eles não gostaram de saber que eram atração de abertura do pseudo-Guns N’ Roses e de proposito tocaram com o som baixo. Pra piorar os malas axletes gritavam GUNS N’ROSES sem parar. Mas o show teve momentos mágicos como em que Noel Gallagher bota a Cidade do Rock para cantar o refrão de Don’t Look Back in Anger e antes de tocar Rock ‘N’ Roll Star o vocalista Liam Gallagher cutucou "essa vai para o senhor Rose, o próprio". Fazendo valer a pontualidade britânica, o Oasis entrou e saiu do Palco Mundo no horário, ao contrario do pseudo-Guns N’ Roses, que atrasou em duas horas a sua apresentação no Rock in Rio e em nove anos o lançamento de Chinese Democracy (anunciado em 1999 e lançado em 2008). Aos gunners que leram isso me desculpe, mas eu não vejo aquilo como um autentico Guns N’ Roses, por que o Axl usurpou a marca para ele.

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18) Brock eternamente

Representantes do rock brasileiros anos 80 mostraram o seu poderio de fogo nesse Rock in Rio. Na Tenda Brasil teve os grupos Biquíni Cavadão e Plebe Rude, além de artistas-solo como Silvinho Blau Blau e Supla. Presentes nas duas primeiras edições, Paralamas do Sucesso e Titãs estavam de férias, mas seus integrantes marcaram presença em seus projetos paralelos, foi o caso do baterista João Barone com o grupo The Silvas. O Titãs foram representados com as carreiras solo de Nando Reis, Sérgio Britto e o ex-integrante Arnaldo Antunes, fora o Branco Mello com o grupo S-Futurismo. No Palco Mundo o Brock foi representado por Barão Vermelho, Ira!, Ultraje a Rigor, Engenheiros do Hawaii, Kid Abelha e Capital Inicial. Na carreira solo Fernanda Abreu não tem nada de rock, mas no Palco Mundo matou a saudade do passado quando era vocal de apoio da Blitz cantando Você Não Soube Me Amar ao lado do ex-colega de grupo Evandro Mesquita.

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19) Grande público na última hora

250 mil pessoas, esse era o número total de pessoas que cabiam dentro da antiga Cidade do Rock. Porém esse número só apareceu no último dia do festival, 21 de Janeiro e a Cidade do Rock tava tão entupida que ninguém conseguia andar direito. Mas isso não quer dizer que as outras data não lotaram. Pior foi na entrada, que foi tumultuada por alguns que promoviam um empurra empurra na pressa de ingressar na Cidade do Rock. Esse tumulto fez encerrar prematuramente o show da banda Diesel, que venceu o concurso Escalada do Rock. A atração seguinte foi o grupo cearense O Surto, que na época era conhecido pela faixa A Cera, cujo refrão era "um rosto lindo e um sorriso encantador/e um jeitinho de falar que me pirou/que me pirou o cabeção". A primeira atração internacional dessa data foram os americanos do Deftones. Em seguida veio a última atração nacional do Rock in Rio, o Capital Inicial, que promovia o seu Acústico MTV, mas que naquele dia voltou a utilizar as guitarras. Os australianos do Silverchair vieram em seguida e fizeram uma apresentação memorável com as baladas Ana’s Song e Miss You Love, além de encerrar com Freak. Seu único defeito foi a ausência de Tomorrow no setlist. Maior vendedor de discos entre as atrações carro-chefe graças ao disco Californication (1999), os americanos do Red Hot Chili Peppers ficou encarregado de encerrar o festival. Porém a performance apática do quarteto fez muita gente pegar no sono e aos poucos deixavam a Cidade do Rock.

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20) Cidade do Rock pós-Rock in Rio 3

Após o termino da terceira edição do Rock in Rio, Roberto Medina anunciou o Rock in Rio 4 previsto para 2003. Porém nenhuma atração foi anunciada para a quarta edição e para a tristeza do público brasileiro o Rock in Rio ganhou a sua primeira edição estrangeira, que foi o Rock in Rio Lisboa em 2004. O evento ganhou continuidade em Portugal desde então e depois ganhou três edições em Madrid (2008, 2010 e 2012), na Espanha e uma em Las Vegas (2015), nos Estados Unidos. Enquanto o Rock in Rio não ganhava uma quarta edição, a velha Cidade do Rock recebeu outros eventos como o Coca-Cola Vibezone e o Claro Que é Rock. Em 2007 foi erguido no terreno um campo de beisebol e outro de softbol para os Jogos Pan-Americanos. Quando o Rio de Janeiro foi escolhido sede das Olimpíadas de 2016, foi anunciado que a antiga Cidade do Rock dará lugar a Vila Olímpica (o alojamento dos atletas). Quanto ao Rock in Rio 4, ele já foi prometido pelos Medina para 2005, 2007 e 2014, mas eles foram convencidos a trazer o evento de volta em 2011 pelo então prefeito carioca Eduardo Paes. Uma nova Cidade do Rock foi erguida em um terreno vizinho a antiga. Além da quarta edição, a nova Cidade do Rock recebeu o evento em 2013 e 2015 e hoje se encontra abandonada, já que a edição de 2017 ocorreu no Parque Olímpico.

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