A notável semelhança entre o funk e o movimento punk inglês, segundo Rafael Bittencourt
Por Gustavo Maiato
Postado em 02 de abril de 2022
O movimento punk nasceu na Inglaterra e foi caracterizado pelas letras de protesto e pela simplicidade em termos de arranjos de guitarra, se comparado a outras vertentes como o rock progressivo. Já o funk carioca surge como um estilo musical oriundo das favelas do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Mas qual seria a semelhança entre esses dois gêneros, segundo Rafael Bittencourt (Angra)?
Durante um episódio de seu podcast Amplifica, em que entrevistou o funkeiro MC Guimê, Rafael Bittencourt disse que quase chorou ao confrontar um comentário que dizia que o funk não era música.
"O Amplifica é a realização de um sonho. Hoje temos o primeiro artista de funk aqui. Quando anunciei esse projeto de unir diferentes estilos, fiz um post e veio um cara e disse: ‘Legal Rafael, mas por favor, menos funk, porque funk não é música’. Sou um cara emotivo, tenho um lado sensível, então nessa hora meu olho começou a lacrimejar de tristeza. Como vamos vencer essa pobreza de espírito? Você achar que o estilo que você gosta está acima de outros. Achar que o estilo X ou Y não é música só porque dentro dos seus parâmetros aquilo não mexe com você", disse.
Em seguida, Rafael Bittencourt explicou como que, em sua visão, o funk do Brasil se compara ao movimento punk oriundo da Inglaterra.
"O movimento punk nos anos 1970 na Inglaterra tinha muito disso. Era completamente incompreendido. De um lado tinha os hippies da ‘paz e amor’, com o mundo em Guerra Fria. A Inglaterra queria se vender como um país de conto de fadas. Do outro lado, os punks eram pessoas desempregadas dizendo que a realidade não era bem assim. Eles contavam outra história e muitas pessoas disseram que aquilo não era música. Esse movimento se espalhou pelo mundo, inclusive no Brasil. É algo real, de uma expressão de um grupo. Vejo o funk brasileiro como algo semelhante. Essa é nossa voz. É uma urgência, um papel social. E alguém falar que não é música porque não tem guitarra ou acordes, isso me deu tristeza. Fiquei angustiado e com vontade de chorar".
Confira a entrevista completa abaixo.
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