O significado da palavra "Juvenília", que batiza megahit do RPM repleto de críticas
Por Gustavo Maiato
Postado em 03 de fevereiro de 2025
A canção "Juvenília", da banda RPM, saiu no álbum "Revoluções Por Minuto" (1985) e é um dos marcos do rock brasileiro dos anos 1980. A palavra que dá nome à música tem origem no latim e significa "conjunto de obras produzidas na juventude de um autor", conforme o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Mas a composição vai além da definição literal, carregando críticas sociais e existenciais.
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De acordo com Leonardo Daniel, no site Recanto das Letras, a música retrata "um poeta cujo olhar é exótico e incompreendido", que se vê preso entre a aventura da juventude e as limitações impostas pela sociedade. A letra traz versos marcantes como: "Sinto um imenso vazio e o Brasil / Que herda o costume servil / Não serviu pra mim" A crítica ao conformismo social e à falta de perspectivas ecoa ao longo da música. A metáfora "grades de aço" sugere uma juventude sufocada pelas imposições culturais e políticas do país.
Para o Letras.Mus, a canção expressa desilusão e resistência. O verso "um pedaço do meu coração é teu, destroçado com as mãos, pelas mãos de Deus" pode ser interpretado como uma entrega emocional e espiritual que foi traída. A menção ao "protestantismo europeu" sugere uma reflexão sobre a influência cultural e religiosa estrangeira na formação da identidade nacional.
Já o site Nossa Brasilidade explica que a música insere a religiosidade no imaginário da MPB, explorando arquétipos espirituais. Segundo a pesquisadora Sarah Ferreira de Toledo, que analisou 100 discos da música brasileira com vocabulário religioso, "Juvenília" se destaca por trazer referências ao cinismo filosófico e à influência religiosa europeia no Brasil. A música também aborda a ideia de partida e despedida, com versos como: "Parte o primeiro avião e eu não vou voltar"
Essa passagem pode simbolizar a vontade de deixar um ambiente opressor. No entanto, há um reconhecimento de que os problemas persistem, como na menção à "terra linda" que "sofre ainda a vinda de piratas, mercenários sem direção". Isso reforça a crítica aos exploradores e corruptos que, segundo a canção, continuam a prejudicar o país.
A conclusão da música traz um apelo à responsabilidade coletiva: "Vem pedir desculpas, vem sangrando, dividir a culpa entre nós" Esse trecho sugere que a mudança só acontecerá com o reconhecimento dos erros e a ação conjunta da sociedade.
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