O que Raul Seixas quis dizer com "sombra sonora de um disco voador" em "Ouro de Tolo"
Por Gustavo Maiato
Postado em 09 de março de 2025
Raul Seixas apresenta em seu repertório diversas canções que até hoje inspiram e fazem refletir sobre seus significados ocultos. O clássico "Ouro de Tolo", lançado no disco "Krig-ha, Bandolo!", de 1973, é uma dessas composições que cada verso merece uma análise própria.
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A canção fala abertamente sobre a necessidade de se viver uma vida sem conformismos e no refrão, no trecho final, Raulzito dispara: "no cume calmo do meu olho que vê assenta a sombra sonora de um disco voador". Mas o que ele quis dizer com esse jogo de palavras?
Segundo análise do Letras.mus, Raul usa essa metáfora para mostrar que não se conformava com a vida tradicional e repetitiva. O disco voador seria algo diferente e inusitado que poderia acontecer em sua vida caso ele saísse desse marasmo.

A letra denuncia a busca incessante por uma felicidade inalcançável e a alienação de uma sociedade que valoriza status em detrimento da liberdade individual. Para o portal Nova Brasil FM, o "disco voador" simboliza um novo despertar, uma sociedade alternativa em que as pessoas podem viver de forma mais autêntica, sem se prenderem a padrões impostos.
Já de acordo com o Psicanálise Clínica, a frase representa um desejo inalcançável, algo que está sempre no horizonte (como o tal OVNI), mas nunca pode ser plenamente desfrutado — assim como a própria ilusão do ouro de tolo, um metal que parece valioso, mas não tem o mesmo valor do verdadeiro ouro.

Já o trecho imediatamente antes, que fala das cercas embandeiradas que separam quintais, pode ter também múltiplas camadas de interpretação, como do Letras.mus: "Para ele, não faz sentido nos preocuparmos com essas barreiras e nos dividirmos por elas; ele acredita que deveríamos nos unir e nos preocupar com algo maior, algo que está além de tudo isso"

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