Raul Seixas explica por que chamou Paralamas do Sucesso de "Para-choques do Fracasso"
Por Gustavo Maiato
Postado em 01 de fevereiro de 2024
O guitarrista Sylvio Passos, que tocou com Raul Seixas por muitos anos, disse em entrevista a Julio Ettore que o cantor e compositor baiano costumava se referir aos Paralamas do Sucesso como "Para-choques do Fracasso".
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Essa declaração vai ao encontro da fama de Raul Seixas de não curtir muito o rock praticado n Brasil nos anos 1980. O período predileto da história do estilo para Raul, na verdade, sempre foram os anos 1950 e 1960.
Em entrevista concedida para a revista Bizz em 1986 e resgatada pelo site "Raul Seixas", o roqueiro foi questionado diretamente sobre o motivo que o fez conceder essa alcunha irônica à banda de Herbert Vianna. Confira abaixo.
BIZZ – Numa entrevista recente, você chamou os Paralamas de Parachoques do Fracasso. Por quê?
Raul – Foi uma brincadeira. Eu gosto deles sim, mas naquela linha que não é rock..n..roll. O que os conjuntos atuais precisam entender é que eles não têm de acompanhar o processo a que estão sendo induzidos inocentemente. Eles não têm uma estrutura sólida, estão aceitando ir com a corrente, totalmente disponíveis. Foi o que aconteceu com os hippies que, com o tempo, passaram até a comprar roupas "hippies" nas lojas do Sistema.
Raul Seixas e o rock dos anos 1980
Raul Seixas, figura emblemática diretamente vinculada aos primórdios do rock, testemunhou a chegada desse estilo ao Brasil na década de 1950. Nos anos subsequentes, o cenário se desdobrou, dando origem a diversas bandas.
Em uma entrevista de 1987 veiculada pelo canal de Reginaldo Gomes, Raul Seixas ponderou sobre o panorama do rock na década de 1980, caracterizando essa geração como portadora de uma certa ingenuidade.
"Na era dos Beatles, experimentamos o psicodelismo, imerso na atmosfera das drogas e afins. Contudo, nos anos 1980, percebo que pouco está ocorrendo, exceto por questões mais pessoais em cada país. Há o rock na Rússia e no Brasil, com o surgimento dessas bandas. Existe todo esse movimento, mas é uma perspectiva histórica. Estão cantando sobre o que existe, embora de maneira romântica. Acredito que houve uma regressão musical. Eles parecem um tanto ingênuos! [risos]. Para mim, o rock n’ roll como movimento morreu em 1959. O que sobrou foi o marketing. Cerca de 10 anos depois, surgiu outro movimento com os Beatles".
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