O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
Por Bruce William
Postado em 02 de dezembro de 2025
Poucos artistas brasileiros seguem despertando tanta identificação quanto Raul Seixas. Décadas depois de misturar baião com rock, flertar com misticismo, propor "sociedade alternativa" em LP e até gravar música infantil, cada fã tem um disco preferido para chamar de seu. Em 2014, quando completavam 25 anos da morte do cantor, o UOL colocou essa discussão em números: qual é o melhor álbum de Raul, segundo o público?
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A enquete contabilizou 114.775 votos e incluiu praticamente toda a discografia de estúdio, das primeiras experiências com Raulzito e os Panteras até os trabalhos finais, já nos anos 80. Não havia separação por fase "mística", "política" ou "radiofônica": a ideia era simples, deixar que os leitores escolhessem em qual LP a obra de Raul atinge o ponto mais alto. O resultado mostrou que, mesmo com vários discos clássicos, alguns títulos seguem em vantagem na memória afetiva do público.
Os álbuns menos lembrados na votação foram justamente os que costumam aparecer menos em listas de favoritos: "Raulzito e os Panteras" (1968), "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10" (1971), "Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!" (1987), "A Pedra do Gênesis" (1988), "A Panela do Diabo" (1989, com Marcelo Nova) e o registro "Ao Vivo - Único e Exclusivo"" (1984). Todos ficaram entre 1,96% e 4,87% dos votos, mostrando que, embora tenham seu público, ainda não são os "campeões de simpatia" na base mais ampla de fãs.
Subindo alguns degraus, aparecem trabalhos importantes da fase de fim dos anos 70 e começo dos 80. "Mata Virgem" (1978) recebeu 5,19% dos votos, seguido pelo homônimo "Raul Seixas" (1983) com 5,87% e por "Metrô Linha 743" (1984), que ficou com 6,23%. Um pouco acima deles surgem "Por Quem os Sinos Dobram" (1979), com 6,30%, e "Abre-te Sésamo" (1980), com 6,90%. São discos que marcam uma fase mais tardia, já distante do auge comercial, mas ainda assim bastante lembrados.
A faixa de cima da tabela, como era de se esperar, ficou com a sequência de álbuns lançados entre 1973 e 1977. "O Dia em que a Terra Parou" (1977) recebeu 8,18% dos votos, logo atrás de "Novo Aeon" (1975), com 8,39%. Em seguida aparece "Krig-Há, Bandolo!" (1973), com 9,08%, muitas vezes citado como estreia "definitiva" de Raul em carreira solo. Em segundo lugar, com 9,45%, ficou "Há 10 Mil Anos Atrás" (1976), álbum que concentra boa parte do repertório mais lembrado da fase setentista.
No topo, porém, quem levou vantagem foi "Gita" (1974). Com 11,41% dos votos, o LP lançado um ano depois de "Krig-Há, Bandolo!" foi escolhido pelos leitores como o melhor disco de Raul Seixas. Dentro daquele recorte de 2014, em uma amostra grande de votantes, o álbum que leva a faixa-título inspirada em textos sagrados acabou se firmando como o trabalho que melhor representa o "maluco beleza" na visão do público.
A votação do UOL não encerra o debate, basta qualquer roda de fãs para surgirem defensores de "Novo Aeon", "Há 10 Mil Anos Atrás" ou "Krig-Há, Bandolo!" como "verdadeiro" número 1. Mas o levantamento ajuda a medir o peso que esses discos ainda têm na memória coletiva e mostra que, pelo menos naquela enquete, é em "Gita" que a maioria enxerga o ponto alto da discografia de Raul Seixas.
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