Entre a cruz e a espada; a difícil decisão de Paul McCartney após o fim dos Beatles
Por Bruce William
Postado em 19 de abril de 2025
O fim dos Beatles já foi esmiuçado por livros, documentários e artigos dos mais diversos. Mas por trás da disputa judicial e das divergências criativas, havia um rompimento mais profundo: a separação de um grupo que também era uma amizade intensa e uma parceria criativa única. Para Paul McCartney, lidar com isso foi mais complicado do que parecia do lado de fora.
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Enquanto George Harrison rapidamente canalizou seu material acumulado em um álbum solo de sucesso, e John Lennon mergulhou em novos projetos com Yoko Ono, McCartney ficou paralisado. Chegou a questionar se continuaria fazendo música. Ele carregava não apenas a carga emocional da separação, mas também boa parte da culpa aos olhos do público, especialmente após se opor à gestão de Allen Klein e levar a banda à Justiça para resolver os negócios pendentes.
O momento seguinte foi de recolhimento. Paul se refugiou com a família, montou um estúdio caseiro e começou a gravar sozinho, sem banda, sem colaboradores. Surgia ali o álbum "McCartney" (1970), uma obra crua, marcada mais pela necessidade de seguir adiante do que por uma direção clara. A questão que o atormentava era outra: como encontrar um som que não parecesse uma cópia dos Beatles - mas que ainda fosse genuinamente dele?
"Você pensa: 'E agora, vou fazer discos que soem como os Beatles? Ou vou tentar seguir por outro caminho completamente diferente?'", relembrou McCartney, em fala resgatada pela Far Out. A resposta, naquele momento, foi buscar algo distante. E assim nasceu o Wings, com a proposta de criar algo novo, sem a sombra direta da antiga banda. "Pensei: ‘Que se dane, vou escrever o que quiser escrever e manter longe do que os Beatles poderiam ter feito com isso'."
Mas com o tempo, ele percebeu que não tinha como fugir de si mesmo. Sua maneira de compor era parte essencial do som dos Beatles. "Depois que estabelecemos o Wings com alguns sucessos como 'Jet' e 'Band on the Run', achei que estava tudo bem fazer coisas dos Beatles de novo. Eu já tinha provado meu ponto para mim mesmo", disse. Depois, nos palcos, ele passou a misturar faixas de todas as fases, algo que, no início, ele admite, foi difícil de aceitar.
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