Paul McCartney relembra a dificuldade de superar o fim dos Beatles com The Wings
Por André Garcia
Postado em 12 de março de 2023
Enquanto George Harrison fez sucesso em carreira solo com "All Things Must Pass" (1970) e John Lennon atingiu a estratosfera com Yoko em "Imagine" (1972), Paul McCartney parecia ficar para trás amargando consecutivos fracassos comerciais.
Beatles - Mais Novidades
![Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal](https://whiplash.net/reclames/anunciar_diabo_336x280.gif)
Que caminho seguir aos 28 anos após deixar de fazer parte da maior banda de rock do planeta? Esse foi o dilema vivido por ele ao formar o The Wings, buscando um novo começo. Conforme publicado pela Cheat Sheet, no livro The Lyrics: 1956 to the Present, Paul definiu The Wings como um experimento para ver se "havia vida após os Beatles", e se aquele "sucesso poderia ser continuado".
"[The Wings] foi resultado de eu me perguntando, 'Vou parar agora?' Afinal, os Beatles foram tão maravilhosos e abrangentes, tão bem-sucedidos… Agora eu devo parar e procurar outra coisa para fazer? Mas pensei: 'Não. Eu gosto demais de música, então o que quer que eu faça tem que ser relacionado a música'."
![Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal](https://whiplash.net/reclames/anunciar_diabo_336x280.gif)
Foi assistindo ao programa de Johnny Cash na TV em 1971 que o baixista tomou sua decisão: "Pode ser que não sejamos tão bons quanto os Beatles, mas podemos ser uma outra coisa." Ele decidiu "começar fazendo o que parecesse bom, e tentar crescer a partir daquilo, como os Beatles fizeram."
Após tomar coragem para dar um salto de fé com o The Wings, Paul logo descobriu que aquela empreitada "era um saco no começo". Ele não queria tocar as músicas dos Beatles, mas sua banda ainda não tinha suas próprias músicas… o que tocar, então?
Quando os produtores exigiam que McCartney tocasse músicas como "Yesterday", ele batia o pé: "Foi contra aquilo que tivemos que lutar. É simplesmente quem eu sou; detesto duplicar qualquer coisa ou pessoa, então eu queria que o Wings fizesse sucesso por conta própria. Desde o início, ficou óbvio que teríamos que estar cientes do fato de que levaria tempo."
![Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal](https://whiplash.net/reclames/anunciar_diabo_336x280.gif)
De fato, levou alguns anos (e álbuns), mas eventualmente ele chegou lá. Com "Band on the Run" (1973) e "Venus and Mars" (1975) ele voltou a chegar ao topo das paradas no não só no Reino Unido como nos Estados Unidos, recuperando o respeito da crítica e interesse dos fãs.Se reconciliando com seu passado como ex-beatle, no álbum ao vivo "Wings Over America" (1976) ele tocou clássicos do Fab Four como "The Long and Winding Road", "Yesterday" e "Blackbird".
A carreira de Paul McCartney com o The Wings foi uma jornada marcada por altos e baixos. Se por um lado houve pontos (muito) altos, também tiveram trabalhos dispensáveis, tensões internas e constantes mudanças de formação. A banda finalmente acabou em 1981, após o baixista ser preso no Japão por porte de maconha. Dali em diante, ele partiu em busca de um novo recomeço, dessa vez por conta própria, como artista solo.
![Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal](https://whiplash.net/reclames/anunciar_diabo_336x280.gif)
Siga e receba novidades do Whiplash.Net:
Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps