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O que significa "Todo Amor Que Houver Nessa Vida", do Cazuza/Barão Vermelho

Por Bruce William
Postado em 01 de abril de 2025

Gravada originalmente pelo Barão Vermelho no álbum de estreia da banda, lançado em 1982, a música "Todo Amor Que Houver Nessa Vida" e tornou um dos grandes marcos da parceria entre Cazuza e Frejat, que disse em um post nas redes sociais: "Ele tinha 23 anos quando escreveu essa letra e eu acho essa música muito especial pra alguém dessa idade compor. Gosto muito dessa canção".

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Foto: Divulgação
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A música teve papel importante na consolidação do grupo, tanto pela qualidade da composição quanto pela forma como foi recebida fora do circuito rock. Ney Matogrosso foi o primeiro a dar visibilidade à banda ao gravar "Pro Dia Nascer Feliz", mas o empurrão decisivo veio de Caetano Veloso, que interpretou "Todo Amor..." em seu show no Canecão em 1983 e declarou publicamente que Cazuza era "o maior poeta de sua geração".

Segundo Maurício Barros, tecladista do Barão, Caetano frequentava os primeiros shows da banda em pubs de São Paulo e sempre demonstrou interesse genuíno pelo trabalho do grupo. Após cantar a música em um de seus shows, Caetano ajudou, mesmo sem intenção direta, a atrair atenção da grande mídia: "No dia seguinte o Cazuza me ligou porque o pessoal do Jornal Hoje queria gravar conosco, com os compositores da música que era a novidade do momento", contou o músico ao canal Corredor 5. A combinação do prestígio de Ney Matogrosso com a chancela de Caetano consolidou o Barão Vermelho no cenário nacional.

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A letra da canção mistura suavidade, erotismo e intensidade emocional. Cazuza canta o desejo por um amor tranquilo, mas com gosto de fruta mordida - doce, mas marcado pela experiência. A imagem da rede embalada, da sede saciada na saliva e dos gestos cotidianos compõem uma atmosfera íntima. Ao mesmo tempo, há uma busca por transcendência: o amor como refúgio contra a monotonia, o cotidiano e o tédio. O artista quer ser o sustento do outro, física e emocionalmente: "Ser teu pão, ser tua comida / Todo o amor que houver nesta vida".

Um dos trechos mais comentados da canção está na parte final, onde Cazuza canta: "E se eu achar a tua fonte escondida / Te alcanço em cheio, o mel e a ferida". A "fonte escondida" remete tanto à intimidade quanto aos segredos do outro, com o "mel" representando o prazer e a "ferida" o sofrimento inevitável do amor. Essa dualidade aparece também na repetição de elementos corporais - "boca, nuca, mão" - que antecedem a exclusão da "mente", cantada separadamente, sugerindo que o amor ali é mais instintivo que racional.

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A análise presente na dissertação de mestrado "Segredos de Liquidificador", de Rafael Barbosa Julião, destaca que a canção trabalha com um campo semântico fortemente erotizado, especialmente na imagem do "comer" presente em "ser teu pão, ser tua comida". O corpo surge como furacão, o beijo é representado pela saliva, e a batida da música remete ao ritmo do sexo. A mente racional é deixada de lado, reforçando o aspecto instintivo da entrega amorosa.

Essa relação entre arte e cotidiano também aparece nos versos: "Pra poesia que a gente não vive / Transformar o tédio em melodia". Para Cazuza, a arte é um antídoto contra a monotonia, mas o amor também pode cumprir esse papel, desde que venha com intensidade. Por isso ele pede "algum veneno anti-monotonia" e "algum remédio que me dê alegria". O amor é visto como força vital, cura, mas também risco — algo que envolve entrega, desejo e descontrole.

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A força da canção é tamanha que ela foi a única música da fase Barão Vermelho a ser regravada por Cazuza no disco "O Tempo Não Para", de 1989. A nova versão, mais suave e introspectiva, reforça o caráter lírico e sensível da letra, em contraste com a sonoridade rock da versão original. O tema amoroso aparece em todos os álbuns de Cazuza, mas aqui ele assume um tom ao mesmo tempo físico, poético e existencial.

"Todo Amor Que Houver Nessa Vida" é, acima de tudo, um manifesto de entrega. Cazuza canta a fome, a sede, o desejo, o corpo e o alívio - tudo misturado num mesmo verso. A canção é uma síntese de sua poética: direta, intensa, sensual e consciente das dores que acompanham o prazer. Não por acaso, continua sendo uma das músicas mais regravadas de sua obra.

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Quando Socram chegou no Whiplash.net era tudo mato, JPA lhe entregou uma foice e disse "go ahead!". Usou vários nomes, chegou a hora do "verdadeiro". Nunca teve pretensão de se dizer jornalista, no máximo historiador do rock, já que é formado na área. Continua apaixonado por uma Fuchsbau, que fica mais linda a cada dia que passa ♥. Na foto com a Melody, que já virou estrelinha...
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