O verdadeiro "serial killer" das grandes bandas, nas palavras de Robert Plant
Por Bruce William
Postado em 23 de agosto de 2025
O Led Zeppelin surgiu no final dos anos 1960 e, em pouco tempo, já estava no topo do rock mundial. Entre 1969 e 1976, a banda lançou uma sequência impressionante de discos, praticamente um por ano, além de turnês que entraram para a história. O auge criativo costuma ser associado ao início da década de 1970, quando nasceram clássicos como "Stairway to Heaven", "Rock and Roll" e "Black Dog". Já em termos de grandiosidade, o ponto culminante veio em 1975, com o lançamento de "Physical Graffiti" e a série de cinco shows no Earls Court, em Londres.
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A partir dali, o fôlego começou a se perder. Álbuns como "Presence" (1976) e "In Through the Out Door" (1979) ainda contam com defensores fiéis, mas raramente são lembrados no mesmo patamar dos primeiros registros. A morte de John Bonham, em 1980, selou o destino da banda, e desde então Robert Plant vem resistindo a qualquer tentativa de recriar a velha glória.
Em entrevista ao The Guardian em 2005, Plant explicou seu raciocínio: "Esse é o grande perigo. Você se torna bem-sucedido e passa a ter de repetir esse sucesso para agradar as pessoas que te colocaram lá. Vira um 'mais do mesmo'." Para ele, muitas bandas se tornam reféns do próprio público, trocando relevância artística pela previsibilidade de manter a máquina funcionando.
O cantor reconhece que existe algo quase viciante no aplauso coletivo, mas alerta: essa "dependência do sucesso" é o verdadeiro serial killer das grandes bandas. "Existe algo viciante em ouvir a plateia rugir. Mas também há quem espere eternamente o retorno dos quatro cavaleiros do apocalipse. É preciso um mínimo de bom senso para perceber que isso ficou no passado, os tempos são outros."
Talvez resida aí a força do Zeppelin. Ao encerrar a trajetória no auge, a banda não correu o risco de virar refém da própria sombra. Quem ainda espera pelo "retorno dos quatro cavaleiros do apocalipse" vai ter de se contentar com as memórias e, claro, com o volume no máximo.
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