Os compositores que Jimi Hendrix queria seguir e estudar profundamente, mas não deu tempo
Por Bruce William
Postado em 04 de julho de 2025
No final dos anos 1960, Jimi Hendrix já era reconhecido como um dos nomes mais inovadores da guitarra elétrica. Mas apesar do sucesso, ele não se via como um artista completo. Pouco antes de morrer, Hendrix demonstrava um desejo crescente de ir além do rock psicodélico e mergulhar em um novo universo musical.
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Em entrevista registrada pelo The Guardian, ele revelou planos ambiciosos para um futuro que infelizmente não chegou. "Minha fama inicial foi um passo na direção certa, mas foi só um passo", disse. "Agora eu quero entrar em muitas outras coisas. Estou pensando em fazer uma pausa de seis meses para ir a uma escola de música. Quero aprender a ler partituras, ser um aluno exemplar, estudar e refletir." Hendrix relatava a frustração de tentar escrever suas ideias musicais e perceber que não dominava as ferramentas técnicas para isso. "Quero montar uma big band. Não estou falando de três harpas e 14 violinos, mas sim de uma banda grande, com músicos competentes, que eu possa reger e para quem eu possa compor."
Ao falar sobre suas novas influências, Hendrix mandou: "Curto Strauss e Wagner, esses caras são bons, e acho que eles vão formar a base da minha música." Mesmo vislumbrando um novo horizonte sonoro, ele deixava claro que o blues continuaria presente, "flutuando no céu" sobre a música orquestral. Além disso, mencionava elementos como "música do céu do oeste" e "música doce de ópio" (dizendo, com bom humor: "traga o seu próprio ópio!"), compondo um mosaico de sons que, segundo ele, levariam o ouvinte a outros mundos.
"Com essa música, vamos pintar imagens da Terra e do espaço, para que o ouvinte possa ser transportado. Você precisa dar algo para as pessoas sonharem", declarou. Hendrix queria reunir as descobertas musicais dos trinta anos anteriores e transformá-las em uma nova forma de música clássica, algo que abrisse um novo sentido na mente das pessoas.
A morte precoce de Hendrix, em setembro de 1970, interrompeu esse e outros projetos antes que pudessem ser desenvolvidos. Mas suas palavras mostram que, mesmo no auge da fama, ele já mirava bem além da guitarra distorcida e dos palcos lotados. Fica claro que ele não queria apenas fazer parte da história da música - proeza que ele efetivamente conseguiu com tão pouco tempo ativo - mas sim que ele queria também expandir a música. Ao abrir a mente para a possibilidade de mesclar composição erudita, regência e experimentações sonoras que uniriam o blues a elementos sinfônicos e psicodélicos, ele vislumbrava um caminho ousado, onde sua arte pudesse tocar dimensões ainda não exploradas, e que nunca ficaremos conhecendo, infelizmente...
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