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Slash: músico comenta indústria musical e autobiografia

Por Ana Paes
Fonte: Guns N' Roses Brasil
Postado em 12 de setembro de 2008

Em recente entrevista para o site VanityFair.de, o guitarrista Slash falou sobre o "Chinese Democracy" e sua autobiografia, dentre outras coisas.

(Traduzido por Ana Paes e Davi Pablos e publicado originalmente no www.gunsnrosesbrasil.com; uma versão simplificada desta matéria já saiu aqui no Whiplash!)

VanityFair.de: Uma autobiografia, na maioria das vezes, marca o fim de um certo período. No seu caso, qual foi o período que marcou?

Slash: "A era do Guns N’ Roses. Muitas vezes, eu lutava com o conceito de escrever um livro, mas eu nunca o tinha feito, porque eu não gostaria que soasse como o fim da minha carreira e um plano para me aposentar. Mas eu realmente achei necessário, para colocar um limite em todos os rumores falsos sobre Guns N’ Roses. Há muitas pessoas que escrevem livros sobre nós e não têm idéia do que era na verdade".

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VanityFair.de: No entanto, você não lavou nenhuma roupa suja...

Slash: "Não. Eu não queria que o livro fosse um veículo para divulgar minha frustração. Eu só quis ser justo e honesto, porque eu sei que o meu ponto de visto é só um ponto de vista".

VanityFair.de: Vamos imaginar que o "Appetite for Destruction" fosse lançado hoje. Você acha que ele poderia ter o mesmo impacto que teve em 1987?

Slash: "Essa é uma questão muito boa. Eu acho que se o 'Appetite For Destruction', tivesse sido lançado nesse momento, ele teria tido tanto impacto quanto na época, ou até mais – no abismo que a indústria da música se tornou. Se existe um momento que você precisava de uma gravação como 'Appetite...', seria agora. E é por isso que se tornou tão popular nos anos 80, porque estavam sendo dadas aos garotos poucas opções de rock n’ roll. Foi tudo ficando bem incorporado à época. E o Guns N’ Roses era a resposta para aquilo, a antítese sobre o que eram os anos 80. Então uma banda como o Guns N’ Roses com a sua angústia e sem ganância seria exatamente o que todos precisam nesse momento".

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VanityFair.de: Como você acha que o "Chinese Democracy" - o álbum que o seu ex colega de banda Axl Rose tem trabalhado por 10 anos agora - soará?

Slash: "Para te dizer a verdade, eu já o ouvi. Inicialmente eu achava que nunca iria ouví-lo até ele ser lançado, mas alguém entregou-o para mim e eu estava no meu carro, e eu fui tipo 'Ok, vamos tentar'. Então eu o ouvi. É realmente uma boa gravação. É bem diferente do som do Guns N’ Roses original, é um manifesto do Axl. Agora dá pra entender onde ele estava trabalhando todo esse tempo. É uma gravação que o Guns N’ Roses original nunca faria. E ao mesmo tempo nos mostra o quão brilhante é o Axl. Portanto, ouví-lo, foi um alívio pra mim".

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VanityFair.de: Muitas das músicas já vazaram na internet e, recentemente, um blogueiro foi preso pelo FBI, por que ele publicou o material em seu site...

Slash: "Todas as coisas divulgadas no Napster [programa de compartilhamento de arquivos] e todas aquelas pessoas que falam que o compartilhamento de arquivos ilegais na internet está matando a indústria da música e pegando o dinheiro do bolso dos artistas! Isso talvez seja verdade. Mas, o Napster é só uma reação pelo fato da indústria da música não se atualizar com o desenvolvimento da internet. Napster é inevitável. Mas quando alguém pega o trabalho de alguém e lança ele prematuramente só pra ficar famoso, é uma coisa incrivelmente egoísta e criminal para se fazer. Um disco é uma obra de arte. E não deveria ser lançado até o criador decidir lançar - E não importa quanto tempo isso vá demorar pra acontecer".

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VanityFair.de: Você usa a internet?

Slash: "Eu sou um cara da velha escola. Eu só comecei a usar laptop nos últimos cinco anos - e eu odeio isso. A única tecnologia que eu uso regularmente é o meu Blackberry. Eu me viciei nele. Não é surpresa que ele seja chamado às vezes de 'Crackberry'".

VanityFair.de: Seu vício em álcool e drogas - algo que te acompanhou em grande parte da sua vida - pertence ao passado agora...

Slash: "Sim. Eu interrompi o ciclo do 'paro e volto, paro e volto'. Eu estou cansado disso".

VanityFair.de: Você aparenta ficar entendiado/cansado muito facilmente...

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Slash: "Eu acho que toda a minha existência tem sido uma luta contra o tédio".

VanityFair.de: Quais são seus próximos planos?

Slash: "Ainda estamos procurando um novo vocalista para o Velvet Revolver e estamos sendo muito cuidadosos em relação a isso, porque não queremos ter quaisquer compromisso desta vez. E estou trabalhando no meu disco solo e duas outras coisas que não estou me preocupando muito".

VanityFair.de: Obrigado pela conversa.

Slash: "De nada. Ainda estou pensando sobre a questão 'Appetite For Destruction'"...

VanityFair.de: Por que?

Slash: "Os artistas costumavam ter alguma coisa a dizer. Mas agora todo mundo se conforma com os padrões da indústria. Não há rebeldia, não existem verdadeiros manifestos, nem mesmo políticos. Eles só tentam ser famosos. Portanto, não vejo muitos artistas surgindo hoje em dia. Mas há artistas que estão por aí e, eventualmente, eles vão dominar novamente. As coisas vão mudar dramaticamente. Vão pegar toda essa energia negativa para construir algo, antes de alguma coisa acontecer".

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