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Total Fucking Destruction: O grindcore como um gênero cada vez mais subversivo

Resenha - #USA4TFD - Total Fucking Destruction

Por Ricardo Cunha
Postado em 31 de outubro de 2019

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Surgido das cinzas dos mestres do grindcore Brutal Truth, o Total Fucking Destruction foi fundado em 1999 por Richard Hoak (vocal/bateria) que está acompanhado de Dan O'Hare (vocal/guitarra), também do Brutal Truth e do músico Ryan Moll (vocal/baixo).

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Natural da cidade de Filadélfia (Pensilvânia/USA), o som do TFD situa-se nas origens punk do grindcore. A banda lançou poucos álbuns ao longo dos seus 20 anos de carreira, mas, a despeito do estilo, os caras demonstram grande senso de humor e isto é facilmente percebido através dos títulos de alguns de seus discos, como por exemplo: Zen and the Art of Total Fucking Destruction (2007), Peace, Love and Total Fucking Destruction (2008) e Our Love Is A Rainbow (EP, 2015).

Faz oito anos desde o último full-length, mas de alguma forma os caras conseguiram manter o pique e continuam fazendo uma música ríspida e maluca - marca pessoal de Hoak para o estilo - que mescla a raiva do grindcore com a atitude do metal. Aliás, se o grindcore é considerado um dos estilos mais brutais da música extrema, o TFD ainda consegue subvertê-lo com mais insanidade do que de costume. Para tanto, contribui o fato de que todos na banda atuam como vocalistas e alternam-se na tarefa de gritar e urrar. Essa sacada permitiu que a banda ganhasse em versatilidade e capacidade de chocar, pois cada vocal tem sua característica e juntos, criam algo híbrido e, em alguns momentos, surpreendente.

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Porém, toda essa loucura seria inútil se as estruturas não tivessem a capacidade de se sustentar musicalmente, e felizmente, têm. Nesse sentido, uma das coisas mais difíceis em se analisar um álbum desse estilo é que geralmente todas as músicas são muito concisas e parecidas entre si, o que faz com que, apontar destaques seja algo como "enxugar gelo", por isso, nossa atenção se voltou para a ênfase da diferença. Então nos pareceu apropriado destacar as seguintes músicas: 1) Word War 4, 2) Mothers' Meat, 3) A Note to My Future Self, 4) Is Your Love A Rainbow, 5) Bugs e 6) Hallucinaut.

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Como nenhuma obra está livre de críticas – e estas são importantes para o crescimento do artista - nem tudo se salva. Algumas músicas são dispensáveis. Por exemplo: há diversas maneiras de se criticar falsas lideranças, mas gravar uma música de quatro segundos chamada "Anal Trump Is Gay" não é uma forma legítima. E mais: são 23 músicas distribuídas em 27 minutos, sendo que, das 23, 10 figuram nos EPs Our Love Is a Rainbow e Monsters e para nós, isso denota pressa em apresentar material novo.

Nessa perspectiva, o álbum teria verdadeiramente, apenas 13 faixas que, isoladas totalizariam menos de 15 minutos. Seria curto demais até para um disco de grindcore, mas - pelo menos - considerando as qualidades essenciais de canções idealizadas para o estilo em questão, seria mais coerente lançá-las em formato de EP que, aí sim, seria um disco extremamente poderoso.

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Por fim, de um modo geral, os pontos acima listados não visam desqualificar, mas apenas, salientar os motivos pelos quais o álbum não atingiu a nota máxima nesta ocasião.

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