A música do Led Zeppelin que Robert Plant se envergonha de ter escrito
Por Bruce William
Postado em 02 de junho de 2025
Robert Plant nunca teve medo de explorar caminhos fora do comum nas letras do Led Zeppelin. Em meio a canções baseadas em blues e mitologia, ele inseria poesia, misticismo e até elementos da literatura fantástica. Mas nem sempre essas experiências agradaram ao próprio vocalista com o passar do tempo — e há uma faixa em especial que ele admite encarar com certo constrangimento.
Gravada no quarto disco da banda, "The Battle of Evermore" marcou uma guinada acústica e sombria, cheia de referências épicas. Sem bateria e com estrutura folk, a canção foi construída sobre o dedilhado de mandolim de Jimmy Page, com participações marcantes de John Paul Jones nos arranjos e de Sandy Denny nos vocais — a única colaboração feminina da discografia oficial do grupo.

Apesar de ser vista por muitos fãs como uma das obras mais diferentes e atmosféricas do Led Zeppelin, Plant revelou anos depois que não se sente confortável com a letra. Em conversa com Alison Krauss, durante as gravações do disco "Raising Sand", ele foi direto ao ponto: "Falei pra Alison: 'Tenho vergonha disso.'" Segundo ele, o excesso de referências a Tolkien e C.S. Lewis o faziam se sentir deslocado ao revisitar a faixa. "Eu vivia num sonho naquela época", admitiu, conforme relata a Far Out.
Krauss tentou aliviar a autocrítica, dizendo que a canção refletia a visão de mundo de um jovem imerso na fantasia e na cultura daquela geração. E de fato, há uma autenticidade nessa composição. Mesmo que o vocalista a encare hoje como um retrato juvenil e talvez ingênuo, ela não soa forçada ou caricata. O clima misterioso, quase ritualístico, que se forma ao longo da música sustenta a proposta da letra com coerência.
Ao invés de tentar reescrever o passado ou defender a canção a qualquer custo, Plant optou pela honestidade: reconheceu que a composição representa um momento específico de sua vida, entre clubes de blues e livros de fantasia, quando buscava algo que fosse maior do que ele mesmo. Essa franqueza — rara entre artistas de sua estatura — torna a reflexão tão interessante quanto a música em si.
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