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Avenged Sevenfold: banda volta às suas raízes no bom "The Stage"

Resenha - Stage - Avenged Sevenfold

Por Igor Miranda
Postado em 27 de outubro de 2016

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Para uma banda relativamente inventiva como o Avenged Sevenfold, o que seria "experimental" em sua trajetória?

"Hail To The King", lançado em 2013, pode ser considerado um disco experimental para os padrões da banda. Nele, o grupo praticou heavy metal tradicional, sem tirar e, especialmente, nem pôr. Um bom trabalho, que agradou ao meu gosto particular, mas, sim, de pouca ousadia.

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"The Stage" vai contra esta orientação artística. O sétimo álbum de estúdio do Avenged Sevenfold retoma a identidade criativa do grupo com um ingrediente adicional: experiência. A banda soa madura. Talvez este disco não se sobreponha aos clássicos lançados na década passada, porém, em termos estritamente musicais, é o melhor registro do A7x. De longe.

Os motivos para chegar a esta conclusão são distintos - e todos passam pela vivência dos envolvidos, mas têm origens diferentes. Em "The Stage", o Avenged Sevenfold deixou de tentar soar virtuoso, como o fez em discos como "City Of Evil", e ganhou robustez em sua sonoridade, algo já não tão encontrado em registros como o álbum autointitulado, de 2007.

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Não há mais tantos refrãos batidos, nem as guitarras gêmeas que, na pegada de Synyster Gates e Zacky Vengeance, não me agradavam. Ainda há de se considerar que, em termos de criação, a banda ainda não supriu a ausência do baterista The Rev, falecido em 2009, que. também era um dos principais compositores. No entanto, em "The Stage", enxerga-se caminhos para superar este problema.

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A opção pelo baterista Brooks Wackerman também foi sensata. O músico tem um background artístico curioso: já gravou com Avril Lavigne, Suicidal Tendencies, Infectious Grooves, Glenn Tipton, Tom DeLonge e Korn, além de ter integrado o Bad Religion por quase 15 anos.

Experiente, Brooks Wackerman conseguiu aliar seu estilo próprio à pegada de The Rev. Como resultado, a banda soa mais à vontade do que em seus dois álbuns anteriores, quando gravaram com Mike Portnoy ("Nightmare") e Arin Ilejay ("Hail To The King"). Por mais que não tenha a mesma colaboração autoral que Rev, Wackerman se saiu bem por aqui.

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Na abertura, a faixa título mostra o Avenged Sevenfold na pegada ousada que o consagrou na década passada. Mais progressiva, a faixa de mais de oito minutos conta com mudanças rítmicas, momentos virtuose, sequências de bateria com pedal duplo... basicamente, os elementos que colocaram o A7x no topo 10 anos atrás.

Na sequência, a incrível e pouco convencional "Paradigm" destaca Brooks Wackerman, que chega a lembrar The Rev ao optar por caminhos tão pouco usuais na bateria. As variações rítmicas são o destaque. "Sunny Disposition" é recheada de momentos distintos, com direito a instrumentos de sopro após o primeiro refrão. Outra faixa de andamento ousado.

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Faixa mais curta do disco, "God Damn" chega a soar extrema pelos riffs e pela seção rítmica - com exceção do refrão, tipicamente melódico. Até o tímido baixo de Johnny Christ aparece. "Creating God", mais reta, destaca a guitarra do sempre afiado Synyster Gates. Boa música, mas fica um pouco atrás das anteriores.

Primeira balada do álbum, "Angels" é comedida em suas harmonias. Não soa tão melódica ou emotiva como outras lançadas pela banda no passado. Os solos são ótimos. "Simulation", que começa lenta, me provocou o seguinte questionamento: "por que outra música lenta na sequência?". A resposta vem a partir dos 48seg, quando o instrumental entra em peso. Afunda-se o pé no acelerador. Volta-se ao "lento" e retoma-se a velocidade. Há um clima de guerra ao meio da música. Muito bom.

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A gradual "Higher" demora para engrenar e não convence tanto quando se consolida. Filler razoável. A seguir, "Roman Sky" se mostra uma legítima balada do Avenged Sevenfold, pelo bom trabalho com os arranjos. Instrumentos clássicos de corda dividem a atenção com voz e guitarra clean. Nada de distorção, baixo e bateria na maior parte desta boa canção. "Fermi Paradox" alterna entre o thrash e o melódico com maestria sem grandes surpresas. É o momento mais "heavy tradicional" do álbum.

O disco chega ao fim com a longa "Exist", que não precisava durar quase 16 minutos. Demora para começar, tem um trecho instrumental (que dura cerca de 2min) e depois paira um quase-silêncio. O vocal entra mesmo só após o 7° minuto. Boa parte da faixa conta com guitarra limpa, sem distorção, mas não chega a ser uma balada. A parte final, com mais velocidade e um teclado/órgão na linha de frente, chama atenção, mas também enjoa - são quase cinco minutos com o mesmo arranjo e uma voz de narração ao fundo.

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"The Stage" é um ótimo recomeço para o Avenged Sevenfold. Digo "recomeço" porque o grupo ainda parece não ter sanado, por completo, a ausência de The Rev. Ele era importante para o grupo. Apesar disso, o álbum agora lançado mostra que há, sim, vida após o falecido baterista. Dá para voltar ao ritmo e ao padrão de qualidade da década passada.

O repertório de "The Stage" pode não ser de todo genial. No entanto, a evolução dos integrantes do Avenged Sevenfold em seus postos é notável. E, especialmente na primeira metade do disco, o grupo oferece um material muito, muito bom.

M. Shadows (vocal)
Zacky Vengeance (guitarra)
Synyster Gates (guitarra)
Johnny Christ (baixo)
Brooks Wackerman (bateria)

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01. The Stage
02. Paradigm
03. Sunny Disposition
04. God Damn
05. Creating God
06. Angels
07. Simulation
08. Higher
09. Roman Sky
10. Fermi Paradox
11. Exist

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Sobre Igor Miranda

Jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital pela Universidade Estácio de Sá. Começou a escrever sobre música em 2007 e, algum tempo depois, foi cofundador do site Van do Halen. Colabora com o Whiplash.Net desde 2010. Atualmente, é editor-chefe da Petaxxon Comunicação, que gerencia o portal Cifras, Ei Nerd e outros. Mantém um site próprio 100% dedicado à música. Nas redes: @igormirandasite no Twitter, Instagram e Facebook.
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