Matérias Mais Lidas


Summer Breeze 2024
Bruce Dickinson

Mindgames: Ótimos atores da cena prog rock da Bélgica

Resenha - Actors In a Play - Mindgames

Por Roberto Rillo Bíscaro
Postado em 17 de dezembro de 2018

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

O Mindgames foi formado na pequenina Bélgica, e, desde 1997, vem angariando respeito na comunidade prog porque mistura elementos sinfônicos setentistas com neo prog à Clepsydra. Seu segundo álbum, Actors In a Play (2006), é um dos favoritos entre os fãs. Á época, o Mindgames era Bart Schram (vocais, violão), Rudy Vander Veken (guitarras), Tom Truyers (piano, synths, Hammond), Eric Vandormael (baixo) e Benny Petak (bateria e percussão).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Actors In a Play tem meia dúzia de faixas intensas, a maioria encorpada. Há muito Neo Prog aguado por aí, mas disso o álbum não pode ser acusado; o som é vivaz, dramático mesmo, graças à inserção dos elementos de prog sinfônico dos anos 1970.

Se você não gostar da faixa de abertura, The Benefit Of Anxiety, nem adianta seguir ouvindo. A influência genesiana ou do Marillion já é escancarada nos fortes acordes iniciais. A predominância da guitarra dá lugar a interplay entre ela e teclado e o vocal entra apenas lá pelo minuto terceiro. A voz de Schram não estranhará fãs do Rush, mas quem não curte tons mais agudos pode levar um tempinho para se ajustar. Não é Jon Anderson, mas também não é voz fortona, lembra um pouco a do vocalista do holandês Sillouette. Mas, cumpre a missão, é dramática e canta em inglês com sotaque (em mais de um sentido) britânico. Seus nove minutos atendem as exigências de prog melódico, com mudanças de andamento e viagens de guitarra e teclado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Dramatis Persona começa em clima de music hall britânico, com historieta de personagem excêntrica e no meio tem até madrigal flauteado. Quer mais Genesis do que isso? Sorte que a maior parte dos dez minutos não fica no tal music hall metido a cômico: também é corredeira de teclado/guitarra.

Os densos 16 minutos de The Statue começam com órgão eclesiástico, Barroco total. Segue orgia guitarreia plangente e teclados corrediços, que bem poderiam estar em A Trick Of The Tail, talvez em Dance On a Vulcano. Baixistas deveriam ouvir esse álbum para conferir o exímio trabalho de Erik Vandormael, que brilha também em outras faixas, inclusive até em interplay com teclado, como na igualmente genesiana e ótima Royalty In Jeopardy, sobre um rei que perdeu a importância.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

O clima pastoral de violão de Sagitarius – faixa mais curta, com "apenas" quase sete minutos – soa meio como filler, quando contrastada com a primeira parte do álbum. Both Sides Of The Show, canção de encerramento, é irregular. Há momentos meio folk à Jethro Tull, mas daí escorrega para o defeito de muito do Neo Prog: soam como momentos meio aguados da banda de Ian Anderson. Mas, nas partes – a maioria – em que é boa, Both...é muito boa.

Esses momentos menos densos, todavia, se tomados no todo, acabam representando uma espécie de repouso para o deslizar prog que é a maioria do álbum.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Tracklist:
1. The Benefit Of Anxiety (09:03)
2. Dramatis Persona (10:05)
3. The Statue (16:29)
4. Sagittarius (06:47)
5. Royalty In Jeopardy (11:53)
6. Both Sides Of The Show (12:35)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Jethro Tull
Stamp

Grave Digger: Ceifando a vida dos incrédulos da Terra Santa

Resenha - Aurora do Triunfo Herétiko - Sevo

Resenha - Black Bible - Judas Iscariotes

Resenha - Master Executor - Warfield

Resenha - Ocean - Holdark

Resenha - SupremeInstinctNumb - Malice Garden

Varathron: A hegemonia do caos

Resenha do álbum "Eu Sou a Derrota", da banda Sangue de Bode

Resenha - Gates Of Metal Fried Chicken Of Death - Massacration

Guns N' Roses: Resenha de "Chinese Democracy" na Rolling Stone

Dream Theater: Falling Into Infinity é um álbum injustiçado?

Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Roberto Rillo Bíscaro

Roberto Rillo Bíscaro é professor universitário e edita o Blog do Albino Incoerente desde 2009.
Mais matérias de Roberto Rillo Bíscaro.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS