Cinco álbuns que irritaram os fãs antes mesmo de serem lançados
Por Bruce William
Postado em 15 de junho de 2025
Nem toda polêmica no rock surge quando o disco toca na vitrola. Às vezes, o fiasco começa bem antes, com decisões que colocam fãs de cabelo em pé antes de ouvir uma nota sequer. Foi o que aconteceu com os cinco exemplos a seguir, selecionados de uma lista maior publicada pela Far Out. Cada um virou alvo de birra por motivos que vão de capa provocativa a mudanças drásticas de som (ou de estratégia de marketing nada discreta).
Melhores e Maiores - Mais Listas

"Two Virgins", John Lennon/Yoko Ono
Quando Lennon posou nu com Yoko para a capa do álbum, o choque foi imediato. Quem esperava algo minimamente melódico encontrou barulhos experimentais que nem todo beatlemaníaco estava pronto para engolir. Foi o primeiro grande susto da fase solo de John e o começo do ranço de parte do público com a influência de Yoko.
"Chinese Democracy", Guns N' Roses
Demorou tanto para sair que virou piada. Axl Rose gastou uma fortuna, trocou de guitarrista toda semana e alimentou rumores por anos. Quando finalmente chegou, o disco até tinha bons momentos, mas não justificava tanta espera nem tanto drama nos bastidores.
"Load", Metallica
Aqui a polêmica começou com uma tesoura: os cabeludos mais temidos do thrash apareceram de visual repaginado, cabelos curtos e pose de galãs alternativos. O som também ficou mais suave, mais groove e menos peso, o que bastou para muitos fãs berrarem "traidores!" antes mesmo de dar play.

"Dark Side of the Moon Redux" - Roger Waters
Refazer um dos álbuns mais cultuados da história é tarefa delicada, mas Waters decidiu revisitar o clássico do Pink Floyd tirando solos e inserindo falas sobre política. O resultado soou mais como palestra do que como disco, irritando quem só queria reviver a viagem psicodélica original.
"Songs of Innocence", U2
Nem foi o conteúdo que pegou mal: foi o jeito de entregar. A banda meteu o álbum à força na biblioteca de todo mundo que tinha iPhone, sem pedir licença. A invasão digital irritou quem nunca pediu por isso, e ofuscou o fato de que, no fundo, o disco é até bem decente.
No fim, todos esses álbuns ainda têm quem os defenda, mas provam que, no rock, a melhor forma de lançar um disco é deixando o público decidir se quer ou não ouvir. Forçar a barra, mudar de cara sem aviso ou cutucar polêmicas só garante uma coisa: confusão antes mesmo do play.

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