"Show No Mercy" - Slayer: 35 anos, Bodas de enxofre
Resenha - Show No Mercy - Slayer
Por Mateus Ribeiro
Postado em 13 de janeiro de 2018
Nota: 10
O ano era 1983, e o mundo da música estava de cabeça pra baixo. Bandas de hard rock e heavy metal estavam pipocando em todo o planeta, quando de repente, sem aviso, um estilo cru, rápido e apaixonante começou a empestear a cena. Estou falando do Thrash Metal.
A Bay Area, localizada na Califórnia, foi o berço de inúmeras bandas que começaram a chocar o mundo com um som até então nunca visto. O METALLICA fez um grande favor para o mundo ao apresentar "Kill´Em All", em julho de 1983.
Porém, o baque maior viria já no final do ano, em dezembro. Uma banda formada por jovens sedentos por Metal lançou o seu primeiro disco. A banda em si é o SLAYER, e o disco, o magnífico "Show No Mercy".
O disco de estreia da banda mais desgraçada do planeta mistura influências de Iron Maiden, Venom, Mercyful Fate e demais bandas da New Wave Of British Heavy Metal. Guitarras cortantes, bateria acelerada, e Tom Araya se virando bem pra cacete no baixo e vocal mostraram ao planeta que se existissem pessoas prontas pra fazer a trilha sonora do Apocalipse, essas pessoas eram os integrantes do Slayer.
As letras tratam de assuntos clichês, como anticristianismo, satanismo, e tudo aquilo que deixou mães, pais, e a galera da censura de cabelo em pé. Apesar do satanismo até certo ponto infantil (para os dias de hoje), letras como a de "Evil Has No Boundaries", ou "Black Magic" foram o suficiente para causar um impacto gigantesco.
E o que dizer da capa? Uma afronta sensacional aos bons costumes. Um desenho tosco, primitivo, mas assustador, o que combina bem com o álbum.
Apesar de parecer ter sido gravado dentro de um bueiro, por adolescentes que só queriam colocar pra fora toda a maldade interna dentro de cada um, "Show No Mercy" se tornou um clássico absoluto do Metal. Influência gigantesca até os dias de hoje para qualquer banda de Thrash, Death ou Black Metal que se preze.
Do começo ao fim, tudo, ABSOLUTAMENTE TUDO presente no disco é aterrorizante, no melhor sentido da palavra. O coro do refrão de "Evil Has No Boundaries", o refrão de "The AntiChrist", o peso de "Dye By The Sword", o clima de "Black Magic", e as guitarras a lá IRON MAIDEN em "Crionics" são o puro creme da pestilência.
Em 2018, o debut dos reis da pestilência completa 35 anos. Celebre as bodas de enxofre ouvindo essa obra da desgraceira no volume máximo!
Obrigatório!
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