Metallica: Hardwired tem potencial para ser clássico
Resenha - Hardwired... To Self-Destruct - Metallica
Por Hugo Leonardo
Postado em 04 de dezembro de 2016
Peso clássico e verdadeiro aliado a uma sonoridade moderna só poderia resultar em uma lindeza de trabalho.
Os caras definitivamente lançaram um disco memorável. Está cheio de refrões pegajosos, grandes e bonitas harmonias de guitarra entre James Hetfield e Kirk Hammett. James Hetfield exibindo uma performance digna de aplausos de pé, tá cantando barbaridade e de muito bom gosto e certeiro nos riffs cortantes como nos grooveados. Lars Ulrich competente, se não impressiona mais, não atrapalha em nada, ele dá a consistência que a guitarra do James pede sem problemas, e tá pesada a batida do pequeno gênio dinamarquês. Trujillo encorpando o som como poucos, dando aquela bela gordura pras músicas. Kirk Hammett veio com a atitude de vanguarda, daqueles que metem o solo em pouquíssimos takes e me soa agradável na maioria das vezes, ele não vem com necessidade de querer impressionar ninguém mais.
Os caras passearam por tudo que fizeram desde o Kill em All até o Death Magnetic, pra quem é fã e nunca se importou com as novas propostas de som deles, esse disco é um belo presente, pois apresenta tudo isso e ainda algo que soa totalmente novo.
Há influências bem presentes da NWOBHM, Black Sabbath, Alice in Chains, pra quem curte som sem frescura de estilo é um prato cheio. E aí que está a graça maior desse disco, ele não cansa. Cada música tem uma personalidade e vida muito própria. Eu particularmente prefiro ouvir um disco que apresenta várias nuances e facetas do que um disco que preza pela mesma levada em todas as músicas, questão de gosto pessoal mesmo. É ótimo ter músicas mais rápidas e outras com mais cadência, mas todas primando pelo peso sem excessões. Então nesse ponto, o Metallica me agrada desde sempre por isso, seus discos são sempre bem heterogêneos mesmo que dentro de uma proposta definida.
Esse disco tem potencial de se tornar clássico sim, acredito que essa garotada que tá chegando aí agora curtindo som com seus 16/17 anos receber um disco desse agora, deve ser uma baita sensação, pelo menos deveria ser. Melhor disco desde o Black Album. Destacar música por música eu acho chato, prefiro que escutem por si só, mas só ressalto que Spit Out The Bone saciou a sede daqueles fãs que sentem saudade da voz e pegada dos tempos de And Justice For All e mostra que o Hetfield ainda tá com muita, mas muita lenha pra queimar. Liricamente forte, atual e reflexivo.
Recomendadíssimo.
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