Deluge: Preenchendo vazios
Resenha - Æther - Deluge
Por Vitor Franceschini
Postado em 05 de fevereiro de 2016
Nota: 9
Impressiona a qualidade destes franceses com seu Post-Black Metal, estilo que não é de fácil digestão. Este é o primeiro disco do quinteto e logo de cara a arte gráfica do digipack chama atenção por sua diferenciação de cores e atiça mais ainda a curiosidade em ouvir o que ali contém.
Com uma aura que mescla angústia e euforia, o disco começa avassalador com a faixa Avalanche, que faz jus ao nome. Intensa, ela abre uma cratera para que o ouvinte possa descer ladeira abaixo (no bom sentido) e desfrutar de uma sonoridade atípica, mas muito interessante.
Durante as seguintes composições, principalmente Appât e Mélas | Khōlé, a banda mantém o nível, com guitarras ríspidas que se alternam com passagens mais ‘Ambient’ com dedilhados e momentos mais viajantes. A partir da sua metade o disco dá uma acalmada, mas não perde em qualidade, soando apenas mais burocrático.
Como o leitor pôde perceber, a banda opta por cantar em sua língua pátria e os vocais são simplesmente a cereja do bolo do trabalho, já que os berros são insanos mesclando influências de Hardcore com Sludge (ouça a faixa Houle e comprove isso, chega a dar agonia). Destaque também para Hypoxie.
Projetado e produzido pela própria banda, "Æther" possui uma sonoridade de alto nível e ao mesmo tempo orgânica, que se encaixa perfeitamente à proposta do Deluge. Este debut é simplesmente uma das melhores surpresas de 2015, principalmente pra quem procura algo diferente e mais emocional.
https://www.facebook.com/wearedeluge
http://wearedeluge.bandcamp.com/
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